Textos e Sermões


O Estado laico

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O.Carm.

Nos tempos atuais, existem alguns temas que são muito recorrentes nas rodas de discussões e debates, nas academias e também na televisão. Um dos temas muito discutido é sobre a laicidade do Estado.

O grande problema nas discussões deste tema específico é que o conhecimento que a grande parte da população tem sobre este, é que o Estado Laico é aquele que reprime a manifestação religiosa. Na verdade, existe muita gente mal-intencionada que pretende colocar na cabeça dos menos esclarecidos que o Estado laico deve se opor à religião. Mas a verdade é que o Estado laico é aquele que não tem vínculo com religião, mas também não é detrator delas.

O Estado Laico deve prover que todos os credos sejam livremente praticados e respeitados, um Estado laico não é aquele que persegue as religiões como se elas fossem um mal para a sociedade, mas é justamente assim que os defensores do Estado laico querem que os governos vejam as religiões.

O desejo desenfreado de defender o Estado laico nada mais é que uma tentativa de instaurar o Estado Ateu. Essa é a única explicação para tanta manifestação em defesa do Estado laico no Brasil por exemplo, como podemos aceitar algum tipo de manifestação em defesa de uma coisa já conquistada? Não é normal por exemplo se fazer uma manifestação em defesa do voto para as mulheres, uma vez que há muitos anos esse direito já fora conquistado, e ninguém o colocou em perigo de retrocesso.

Assim entendemos que é um despropósito se organizar protestos em todo o país em favor da laicidade do Estado, até porque esse direito não corre o risco de ser abolido, embora fosse melhor que o Estado fosse confessional, que laico, pois, desde que foi decretada a laicidade do Estado, nada de bom aconteceu na sociedade. Analisemos um só ponto: a Educação. Antes de o Estado ser laico, a Educação era de qualidade e o ensino de religião e civismo eram pilares na construção de uma sociedade equilibrada, daí se tirou o direito do ensino religioso nas escolas, e do civismo, a vida da sociedade começou a claudicar, resultado: a violência nas escolas virou uma disciplina, as crianças não mais sabem o que é continência à Bandeira Nacional, não fazem ideia de quem seja o autor do Hino Nacional, não sabem quem é Deus e qual o seu papel em nossas vidas.

O Estado Laico trouxe a desgraça para nossas famílias, a proliferação de religiões, trouxe a confusão para a cabeça das pessoas, muitos perderam completamente o juízo, com a entrada de 'religiões' que não têm o objetivo de religar nada, mas, pelo contrário, desligar.

O lugar da religião e do amor à pátria foi ocupado pelo uso de drogas, pela prostituição e pela violência; os professores que outrora gozavam de respeito pelos alunos, eram tidos como seus grandes mestres, quase santos, em dias hodiernos, teve o respeito trocado pela ofensa, e os alunos que amavam seus mestres, hoje os odeiam, não são poucas as crianças que mataram seus professores e quando não os mataram, os tornaram inválidos. O pior de tudo isso é que os defensores do Estado laico não são honestos suficientemente para reconhecer que essa manobra na vida do Estado foi um verdadeiro 'tiro no pé', vejam como a adesão às coisas nefandas nos deixam como que cegos, e não nos permitimos ter uma virtude muito proveitosa para a nossa vida, chamada Humildade, para poder reconhecer e dizer, ainda há tempo, vamos reconstruir a civilização nos dada pelo Cristianismo Católico, mas, a falta de humildade é tão desgraçada que prefere ver toda uma nação perecer, a reconhecer o mal causado.

É como podemos comparar os erros cometidos pelos petistas em nosso país, eles preferem ver toda a população se suicidar por causa da desgraça causada na vida de todos, por meio da corrupção deslavada que esse partido empreendeu e que causou e está causando mal em muitos lares brasileiros. Todos os petistas preferem todos ir parar atrás das grades do que reconhecer que destruíram o país. Nosso país está aos cacos, os empresários que não sabem o que fazer para manter suas empresas com centenas de empregados, veem no suicídio a solução de seus problemas. Assim como os petistas não reconhecem o mal causado, os defensores do estado Laico também não, e sabem por que? Porque são os mesmos petistas que defendem esse tipo de Estado, pois são comunistas e comunistas não conseguem conviver com Deus na sociedade.

Eles se empenham muito mais para promover construção de presídios, para onde irão as crianças que eles privaram do ensino religioso e de civismo, do que prover que nossas crianças tenham amor a Deus e à pátria.



O que o Vaticano II não mudou

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O.Carm.

Atualmente, a Igreja vive sob a orientação do último Concílio realizado entre 1962-1965, o Concílio Vaticano II, que se findou há quase 60 anos.

No entanto, esse Concílio não teve quase nada colocado em prática na vida da Igreja. Ele foi muito mal interpretado. É claro que há muitos pontos que podemos dizer que são negativos e até contrabalançar à fé católica, mas, no decorrer deste texto, tentaremos mostrar os vários pontos distorcidos das decisões do Concílio.

Vamos fazer nosso trabalho da seguinte maneira: expor um tema que se diz ter sido decisão do Concílio e destrinchá-lo, dando a verdadeira interpretação que a Igreja deseja, mas que não foi empreendida.

O uso da batina como sendo facultativo.

Qualquer pessoa minimamente honesta intelectualmente e que tenha conhecimento dos documentos do Concílio não terá a condição mínima de sustentar esta falácia, pois o Concílio não diz uma palavra sobre a proibição do uso do hábito talar e nem da sua posição em ser de agora em diante de uso facultativo. Se fosse verdade, o primeiro a errar seria o próprio Vaticano, pois, a começar pelo Romano Pontífice, todos usam batina no dia a dia na Santa Sé. Além disso, o Código de Direito Canônico, reformado depois do Concílio, em 1983, não modificou nada a respeito dessas obrigações, e ainda tem o agravante de que há pouco tempo a Santa Sé voltou a pedir para que os padres usem o hábito talar.

A concessão do latim na liturgia

O documento conciliar sobre a liturgia, o Sacrossanto Concílio, não proíbe o uso do latim. O documento permite o uso do vernáculo (língua do lugar) e deixa expressa a importância da língua latina na liturgia. Inclusive, existem orações que não podem ser feitas em vernáculo, como os exorcismos. Mais uma vez, vamos recorrer ao Vaticano como parâmetro. Caso o latim fosse proibido, o próprio papa não rezaria a missa em latim no Vaticano e em outros lugares do mundo em que celebrou a Santa Missa. Todos os documentos oficiais da Santa Sé são escritos em latim e depois traduzidos para as diversas línguas.

A concessão da Missa Antiga

Desde o fim do Concílio Vaticano II, que se pode rezar a Missa no Rito Romano Antigo, aquela hoje conhecida pela Missa Tridentina. O Concílio nunca proibiu celebrar a Missa no Rito Antigo, e isso fica bastante claro quando o Cardeal Ratzinger faz uma visita à Fraternidade Sacerdotal São Pio X, em 1985, e lá rezou uma Santa Missa no Rito Antigo. Além disso, é sabido de todos que, todos os anos, no mês de setembro, se celebra na Basílica de São Pedro, no Vaticano, um pontifício Romano no Rito Antigo para comemorar o aniversário da promulgação do Summorum Pontificum. Sabemos também que no Ano da Misericórdia (2015-2016) o Papa Francisco decretou que é lícito aos católicos assistirem à Missa nas igrejas da Fraternidade Sacerdotal São Pio X e depois se confessarem e receberem o sacramento do matrimônio assistido por eles. No fim do Concílio Vaticano II, o frei padre Pio de Pieltrecina solicitou à Santa Sé a faculdade de só celebrar a missa no Rito Antigo e a Santa Sé prontamente atendeu ao seu pedido. Agora, como poderia a Santa Sé autorizar um sacerdote a celebrar uma missa "proibida"?

O uso do confessionário

Também não foi decidido pelo Concílio que, a partir de então, estava proibido o uso do confessionário nas roupas e que o sacramento da penitência (confissão) seria agora uma conversa. O próprio Papa, na Basílica de São Pedro, usa o confessionário para atender confissões, e, além dele, outros sacerdotes também o fazem, e não somente na Basílica de São Pedro, mas em

todas as igrejas de Roma.

Proibição da Missa Versus Deum

O Concílio Vaticano II não proibiu a Missa Antiga e nem tampouco a Missa Versus Deum. O próprio Missal do Novus Ordus está prescrito o rito versus Deus, basta analisar as rubricas, quando orientar, por exemplo, na hora do Cordeiro de Deus, que o sacerdote deve voltar-se para o povo e dizer: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Ou seja, está prescrito que é para o sacerdote se voltar para o povo, subentende-se que ele é específico para o sacrário. Novamente, voltamos para o Papa: se a missa versus Deum é proibida, por que o próprio papa a reza?

A autorização para leigos fazerem a auto comunhão

A reforma da liturgia não era o objetivo do Concílio, pois se o Papa João XXIII queria uma reforma da liturgia, não teria feito uma pequena alteração no Missal de São Pio V em 1962, antes do início do Concílio. Mas nos atenhamos ao tema. Nunca foi liberada a auto comunhão por parte dos fiéis. Pela lei da Igreja, nem os diáconos devem se servir por conta própria da Santíssima Eucaristia, e também não autoriza que o sacerdote deixe no cálice um pouco do sangue de Cristo para que os outros se sirvam dele, mas que o sacerdote deve consumir todo o cálice. Portanto, é um erro grave os fiéis subirem ao presbitério e se servirem do corpo de Cristo sem o auxílio do sacerdote, que deve dar o Santíssimo a cada um dos fiéis.

O sacrossanto concílio não autorizou a comunhão na mão

Ao contrário do que muitos pregaram, o conselho não autorizou a comunhão na mão. A comunhão deve ser administrada sempre na boca dos fiéis. Também não se proibiu o ajoelhar-se para receber a comunhão. A comunhão diretamente na mão é uma concessão que o papa Paulo VI deu em alguns lugares. Não é um direito. A lei da Igreja diz que não se deve receber a comunhão na mão, mas diretamente na boca.



Santa Maria Madalena de Pazzi 

Biografia 

Nasceu em Florença no dia 2 de abril de 1566, numa família nobre, piedosa, recebeu todo ensinamento cristão por meio de sua mãe, aprendendo assim a desde tenra idade a amar Nosso Senhor.

Filha de Camilo de Pazzi e Maria Buondelmonti

Foi batizada no dia 3 de abril, recebendo na pia batismal o nome de Catarina de Pazzi

Morreu no dia 25 de maio de 1607

Foi beatificada em 1626, pelo Papa Urbano VIII

E canonizada em 1669, pelo Papa Clemente IX

1° Santa Maria Madalena de Pazzi e a Palavra de Deus

Na vida monacal as religiosas eram (na época da santa) privadas do acesso irrestrito a Sagrada Escritura, nossa santa, no entanto, tinha como fonte da busca do sobrenatural, as leituras breves da Liturgia das Horas e nas leituras da Santa Missa.

2º Madalena de Pazzi e a intimidade com a Eucaristia

O desejo de está intimamente ligada a Deus, nossa mística nutria especial devoção à Santíssima Eucaristia, desde criança tinha forte desejo de comungar do Corpo de Cristo, no entanto não era possível por causa da norma da Igreja, criança não podia comungar, mas quando ela completou dez anos, o seu pároco vendo a devoção da criança e seu belo comportamento cristão, pediu licença ao bispo para que ela pudesse receber a Eucaristia.

Sua mãe relatou que ela antes de poder comungar, tinha um costume que muitas vezes lhe tirava a paciência, pois depois da comunhão a criança ficava agarrada a suas pernas, depois de muito tempo a mãe resolveu pedir explicações a menina, e eis que ela respondeu, " Já que não posso comungar, eu quero pelo menos sentir o cheiro de Jesus".

"Sinto o perfume de Jesus!"

Desde a infância, Catarina deu mostras de ser uma alma eleita. Quando pequena, encontrava maior prazer no silêncio, na oração e nas práticas de piedade do que nas brincadeiras próprias à idade, e era para ela a recreação mais agradável ensinar o Credo, o Pai Nosso e a Ave-Maria às crianças camponesas. Dotada de grande força de vontade e de um temperamento ardoroso e veemente oriundo de seu sangue toscano, mostrava-se, no entanto, sempre obediente e afável com seus pais e superiores.

Antes mesmo de completar a idade requerida naqueles tempos para receber a Eucaristia, nutria ela excepcional devoção ao Santíssimo Sacramento. Certa vez, sua mãe, intrigada com as atitudes da filha, interrogou-a sobre a razão pela qual passava alguns dias inteiros a seu lado, sem separar-se sequer por um instante. Respondeu com candura a pequena: "É que nos dias em que comungais, sinto em vós o perfume de Jesus!".

Considerando o fervor e a maturidade da menina, seu confessor consentiu em abrir uma exceção, concedendo-lhe fazer a Primeira Comunhão em 25 de março de 1576, quando contava apenas 10 anos. A consolação e o gozo de Catarina não conheceram limites. E, tendo uma vez degustado o Pão dos Anjos, cresceu ainda mais em sua alma a piedade eucarística, conforme a frase da Escritura: "Os que comem de mim terão ainda fome" (Eclo 24, 29). Deste modo, obteve autorização de comungar todos os domingos, para o que ela contava os dias e até mesmo as horas.2

3º Madalena de Pazzi e a vida de penitência

A vida de penitencia era muito cara a nossa santa, desejosa de se unir aos sofrimentos de Nosso Senhor, nossa monja carmelita buscava por meio das penitências viver mais intensamente a vida de Nosso Senhor, encontrando no exercício da Via Crucis, seu prazer espiritual.

Também via muitas graças na vida espiritual, na meditação da vida dos santos.

Na ânsia de salvar almas, oferecia-se a Deus para sofrer todas as enfermidades, a morte e ainda os sofrimentos do inferno, se isto fosse realizável, sem precisar odiar e amaldiçoar a Deus. Em certa ocasião disse: "Se Deus, como a São Tomás de Aquino, me perguntasse qual prêmio desejo como recompensa, eu responderia: 'Nada, a não ser a salvação das almas'".

Os dias de Carnaval eram para Maria Madalena dias de penitência, de oração e de lágrimas, para aplacar a ira de Deus provocada pelos pecadores.

Para o corpo era de uma dureza implacável; não só o castigava, impondo-lhe o cilício, obrigando-o a vigílias, mas principalmente o sujeitava a um jejum rigorosíssimo; durante vinte e dois anos teve por único alimento pão e água.

Não menos provada foi sua alma; Deus houve por bem mandar-lhe grandes provações. Durante cinco anos sofreu ininterruptamente os mais rudes ataques de pensamento contra a fé, sem que por isso se tivesse deixado levar pelo desânimo. Muitas vezes se abraçava coma imagem do crucifixo, implorando a assistência da graça Divina.

Nos últimos três anos de vida, sofreu diversas enfermidades. Deus permitiu que nas dores ficasse privada ainda de consolações espirituais. Impossibilitada de andar era forçada a guardar o leito. Via-se então um fato extraordinário: quando era dado o sinal para a Missa ou Comunhão, ela se levantava, ia ao coro e assistia a Missa toda. De volta para a cela, caía de novo na prostração e imobilidade. Quando lhe aconselharam abster-se da Comunhão, declarou ser-lhe impossível, sem o conforte deste Sacramento, suportar as dores. No meio dos sofrimentos, o seu único desejo era: "Sofrer, não morrer". Ao confessor, que lhe falou da probabilidade de um fim próximo dos sofrimentos, ela respondeu: "Não, meu padre, não desejo ter este consolo, desejo poder sofrer até o fim de minha vida".

4º Santa Maria Madalena de Pazzi – Modelo para a vida religiosa

No ano de 2007, o papa Bento XVI escreveu ao arcebispo de Florença uma carta pela passagem dos 400 anos da morte de Santa Maria Madalena de Pazzi, na ocasião o papa apresentou a santa como Modelo para a vida religiosa.

Na trajetória desta santa carmelita, chamam poderosamente a atenção os padecimentos que acabamos de descrever, bem como seus contínuos êxtases, sua virtuosa atuação como mestra de noviças e subpriora, e os grandes milagres por ela operados em vida, como a cura de muitos doentes e a multiplicação de alimentos no mosteiro.

Durante cerca de vinte anos suas irmãs de hábito do Convento de São Frediano recolheram cuidadosamente as palavras brotadas de seus lábios "com tal abundância, que uma só pessoa não seria suficiente para escrever tudo quanto o Espírito Santo lhe dizia". 6 Tornou-se necessário, então, escalar seis religiosas para tal serviço, de maneira a não perder as preciosas revelações pronunciadas por ela, quando era arrebatada. Tais anotações resultaram em numerosas obras de profundo conteúdo teológico e místico.

Nos santos encontramos pessoas extraordinárias que deixaram um legado que perdura há tantos anos e perdurará parece que por toda a existência do mundo, eles que de maneira, época e processos tão diferentes, encontraram o caminho para serem verdadeiramente felizes. Mas vejamos alguns pontos semelhantes em todos:

  1. Fidelíssimos ao Evangelho de Cristo;
  2. Tomavam suas dores, sofrimentos e cruzes como oportunidade de serem santos e de salvarem as almas.
  3. Viviam na certeza e esperança da felicidade eterna e não a terrena.

Foi assim com Santa Maria Madalena de Pazzi, cuja festa celebramos hoje. Uma mística monja carmelita católica italiana, nascida em Florença no ano de 1566. Seu nome de batismo, Catarina. Nome que no dia de sua entrada no convento foi mudado para Maria Madalena.

Maria Madalena tinha em seu coração desde pequenina um projeto claro de vida, ser esposa de Cristo até a morte, ser santa. Ela mesma sempre dizia a cada pretendente que se dirigiam aos seus pais para obter-lhe a mão: "já escolhi um Esposo mais nobre, mais rico, ao qual serei fiel até a morte".

Vencidas muitas dificuldades, Maria conseguiu sua entrada no convento das Carmelitas em Florença, após o investimento de hábito, se prostrou aos pés da mestra do noviciado e pediu-lhe que não a poupasse em coisa alguma, e a ajudasse a adquirir a verdadeira humildade.

Conta-se que no dia da Santíssima Trindade ao fazer sua profissão religiosa, a fez com tanto amor, que durante duas horas ficou arrebatada em êxtase.

Todos os dias ela oferecia a Deus orações e penitências, pela conversão dos infiéis e pecadores, e às Irmãs, pedia, que fizessem o mesmo. Na ânsia de salvar almas, oferecia-se a Deus para sofrer todas as enfermidades, a morte e ainda os sofrimentos do inferno, se isto fosse realizável, sem precisar odiar e amaldiçoar a Deus.

Em certa ocasião disse: "Se Deus, como a São Tomás de Aquino, me perguntasse qual prêmio desejo como recompensa, eu responderia: 'Nada, a não ser a salvação das almas".

Maria desejava ter sua voz de uma força tal, que fosse possível ser ouvida até os confins do mundo pregando apenas uma coisa: "Amai a Deus!"

Santa Maria Madalena de Pazzi, faleceu em 25 de maio de 1607. Cinquenta e seis anos depois, em 1663, quando se abriu o túmulo, foi-lhe encontrado o corpo sem o menor sinal de decomposição, percebendo-se ainda o celeste perfume.

Sempre perguntamos ao Senhor: "Senhor o que queres de mim?". Deus quer a nossa santidade. E às vezes, costuma-se pensar – disse o Papa Bento XVI – "que a santidade é uma condição de privilégio reservado a uns poucos escolhidos. Na realidade, ser santo é tarefa de todo cristão, de todo homem!".

Mas para ser santo é preciso abraçar à cruz. O caminho é estreito e doloroso… Foi o próprio Cristo que não só nos falou, mas como nos provou com sua própria vida à porta para a verdadeira felicidade: "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram." (Mateus 7:13).

Digo isso, porque hoje vivemos em uma sociedade líquida que quer tudo fácil, instantâneo. "Tem pílula da felicidade? Manda uma caixa!". Esse pensamento não poderia ser mais enganoso… Isso não existe! Muitas das vezes nos soterramos com estímulos externos, que nos bombardeiam incessantemente, com modelos de vidas perfeitas nos cegando e afastando-nos da nossa essência, sermos santos!

Pedimos a intercessão de Santa Maria Madalena de Pazzi para que sejamos dóceis a este chamado de sermos santos. Seja na vida religiosa, na família e na sociedade como um todo.

5º As visões místicas da monja carmelita

Durante muitos anos nossa santa foi agraciada por Nosso Senhor Jesus Cristo, com inúmeras visões místicas.

Essas visões eram muito diversificadas, delas 40 foram exclusivamente com o próprio Divino Salvador, também teve experiencias místicas com a Santíssima Virgem Maria, com Santo Agostinho, (essa apenas uma vez), com o Espírito Santo, com os anjos.

Maria Madalena sofreu durante cinco aos, as mais terríveis tentações de desespero, contra a fé e a pureza; clamando a Deus por socorro, com a graça venceu todas as dificuldades. Satanás costuma molestar com tais tentações as pessoas que se dedicam ao serviço do Senhor. Diz São Gregório: "Se sois perseguidos por tentações, não desanimeis. Pedi a Deus a graça e Ele não vos deixará cair. Deus é fiel e não permite que sejais tentados mais do que podem as vossas forças" (I Cor 10,13). Oferece-vos a graça, para que possais vencer a tentação. Além disto, tendes a vossa vontade, que não pode ser forçada por ninguém. "Eis a fraqueza do inimigo", diz São Bernardo, "que não poderá vencer senão àquele que o consentir. O inimigo pode excitar a tentação, mas de nós depende consenti-la ou rejeitá-la".

Na Quaresma de 1585, os fenômenos extraordinários chegaram a um auge de intensidade. No dia 25 de março, apareceu-lhe Santo Agostinho que gravou em seu peito as palavras "Et Verbum caro factum est". Na segunda-feira da Semana Santa, recebeu os sagrados estigmas de Cristo, contudo não de forma visível.


Na Quinta-Feira Santa, Irmã Maria Madalena entrou num êxtase que durou vinte e seis horas. Ao longo de todo o período no qual se comemora a Paixão do Divino Redentor, ela sentiu em si, fisicamente, as mesmas dores, as mesmas angústias, os mesmos tormentos de Jesus. Surpresas e maravilhadas, as demais religiosas puderam contemplá-la percorrendo as diversas dependências do mosteiro, ora acompanhando o Divino Mestre em sua agonia, ora em seu julgamento, ora ainda na dolorosa coroação de espinhos. Por fim, viram-na entrar, com uma cruz aos ombros, na sala do Capítulo onde se estendeu no chão para ser pregada no madeiro, depois se recostou na parede e, de braços abertos, repetiu as sete últimas palavras do Crucificado. Alguns dias depois, foi-lhe dado assistir à descida de Cristo aos infernos, à sua Ressurreição e, finalmente, à sua gloriosa Ascensão.

6º A contribuição de Madalena de Pazzi para a Igreja

Nossa santa deu a sua contribuição para o bem da Igreja, primeiro como toda monja, ela contribuiu pela vida de oração, mas não foi só assim, ela interveio por meio de cartas ao Romano Pontífice para poder favorecer a reforma da Igreja, pedindo ao papa por meio de cartas, em torno de 21 cartas, com vários temas, entre eles pedindo a reforma da vida religiosa, e a reforma da Igreja.

As cartas foram direcionada ao Papa Sisto V.

O preconceito de alguns por falta de conhecimento da vida e obra desta santa, leva a disseminar muitas coisas negativas a respeito dela. Há quem diga que ela vivia nas nuvens, sem muita preocupação com as realidades aqui da terra, e isso obviamente não é verdade.

Preocupada com a vida da Igreja, nossa santa viveu um jejum de pão e água durante 21 anos, oferecendo esse sacrifício pelo bem da Igreja em todos os sentidos.

Santa Maria Madalena de Pazzi, filha de pais ilustres, modelo perfeito de vida e santidade, nasceu em Florença no ano de 1566. No batismo foi chamada Catarina, nome que no dia para a entrada no convento foi mudado para Maria Madalena. É uma das eleitas do Senhor, que desde a mais tenra infância dera indícios indubitáveis de futura santidade.

Menina ainda, achava maior prazer nas visitas à Igreja ou na leitura da vida dos Santos. Apenas tinha sete anos de idade e já começava a fazer obras de mortificação. Abstinha-se de frutas, tomava só duas refeições por dia, fugia dos divertimentos, para ter mais tempo para ler os santos livros, principalmente os que tratavam da sagrada Paixão e Morte de Jesus Cristo. Assim se explica o grande amor a Jesus Cristo, que tantas coisas maravilhosas lhe operou na vida. Não tendo ainda a idade exigida, não lhe era permitido receber a sagrada Comunhão.

O desejo, entretanto, de receber a Jesus na sagrada Hóstia era-lhe tão grande, que os olhos se enchiam de lágrimas, quando via outras pessoas aproximarem-se da santa mesa. Com dez anos fez a primeira comunhão foi indescritível alegria que recebeu, pela primeira vez, o Pão dos Anjos. Ela mesma afirmou muitas vezes que o dia da Primeira Comunhão tinha sido o mais belo de sua vida. Logo depois da Primeira Comunhão, se consagrou a Deus, pelo voto de castidade perpétua.

Quando contava doze anos, nos seus exercícios de mortificações, chegou a usar um hábito grosseiro, e dormir no chão, a por uma coroa de espinhos na cabeça e a castigar por muitos modos o seu delicado corpo, manifestando assim o ardente desejo de tornar-se cada vez mais semelhante ao Divino Esposo. Quando diversos jovens se dirigiram aos pais de Maria, para obter-lhe a mão, ela pode declarar-lhes: "Já escolhi um Esposo mais nobre, mais rico, ao qual serei fiel até a morte". Vencidas muitas dificuldades, Maria conseguiu entrada no convento das Carmelitas em Florença.

Após a vestição, se prostrou aos pés da mestra do noviciado e pediu-lhe que não a poupasse em coisa alguma, e a ajudasse a adquirir a verdadeira humildade. Tendo recebido o nome de Maria Madalena, tomou a resolução de seguir a grande Penitente no amor a Jesus Cristo e na prática de heroicas virtudes.

No dia da Santíssima Trindade fez a profissão religiosa com tanto amor, que durante duas horas ficou arrebatada em êxtase. Estes arrebatamentos repetiram-se extraordinariamente, e Deus se dignou de dar à sua serva instruções salutares e o conhecimento de coisas futuras. O fogo do divino amor às vezes ardia com tanta veemência que, para aliviá-la, era preciso que lavasse as mãos e o peito com água fria. Em outras ocasiões, tomava o crucifixo nas mãos e exclamava em voz alta: "Ó amor! Ó amor! Não deixarei nunca de vos amar!" Na festa da Invenção da Santa Cruz percorreu os corredores do convento, gritando com toda a força: "Ó amor! Quão pouco se Vos conhece! Ah! Vinde, vinde ó almas e amai a vosso Deus!"Desejava ter voz de uma força tal, que fosse ouvida até os confins do mundo. Só uma coisa queria pregar aos homens: "Amai a Deus!".

Maior sofrimento não lhe podia ser causado, do que dando a notícia de Deus ter sido ofendido. Todos os dias oferecia a Deus orações e penitências, pela conversão dos infiéis e pecadores, e às Irmãs, pedia, que fizessem o mesmo.

Na ânsia de salvar almas, oferecia-se a Deus para sofrer todas as enfermidades, a morte e ainda os sofrimentos do inferno, se isto fosse realizável, sem precisar odiar e amaldiçoar a Deus. Em certa ocasião disse: "Se Deus, como a São Tomás de Aquino, me perguntasse qual prêmio desejo como recompensa, eu responderia: 'Nada, a não ser a salvação das almas".

Os dias de Carnaval eram para Maria Madalena dias de penitência, de oração e de lágrimas, para aplacar a ira de Deus provocada pelos pecadores. Para o corpo era de uma dureza implacável; não só o castigava, impondo-lhe o cilício, obrigando-o a vigílias, mas principalmente o sujeitava a um jejum rigorosíssimo; durante vinte e dois anos teve por único alimento pão e água.

Não menos provada foi sua alma; Deus houve por bem mandar-lhe grandes provações. Durante cinco anos sofreu ininterruptamente os mais rudes ataques de pensamento contra a fé, sem que por isso se tivesse deixado levar pelo desânimo. Muitas vezes se abraçava coma imagem do crucifixo, implorando a assistência da graça Divina.

Nos últimos três anos de vida, sofreu diversas enfermidades. Deus permitiu que nas dores ficasse privada ainda de consolações espirituais. Impossibilitada de andar era forçada a guardar o leito. Via-se então um fato extraordinário: quando era dado o sinal para a Missa ou Comunhão, ela se levantava, ia ao coro e assistia a Missa toda. De volta para a cela, caía de novo na prostração e imobilidade. Quando lhe aconselharam abster-se da Comunhão, declarou ser-lhe impossível, sem o conforte deste Sacramento, suportar as dores. No meio dos sofrimentos, o seu único desejo era: "Sofrer, não morrer". Ao confessor, que lhe falou da probabilidade de um fim próximo dos sofrimentos, ela respondeu: "Não, meu padre, não desejo ter este consolo, desejo poder sofrer até o fim de minha vida".

Quando os médicos lhe comunicaram a proximidade da morte, Maria Madalena recebeu os sacramentos da Extrema Unção e do Viático com uma fé, que comoveu a todos que estavam presentes. como se fosse grande pecadora, pediu a todas as Irmãs perdão de suas faltas. O dia 25 de maio de 1607 libertou-lhe a alma do cárcere do corpo. Deus glorificou-a logo, por um grande milagre. O corpo macerado pelas contínuas penitências, doenças, jejuns e disciplinas, rejuvenesceu, exalava um perfume delicioso, que enchia toda a casa.

Cinquenta e seis anos depois, em 1663, quando se lhe abriu o túmulo, foi-lhe encontrado o corpo sem o menor sinal de decomposição, percebendo-se ainda o celeste perfume. Beatificada em 1626 pelo Papa Urbano VIII, foi inserta no catálogo dos Santos em 1669, pelo Papa Clemente IX.



Atrair ou afastar os jovens?

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm.

O mundo em mudança parece ser o motivo pelo qual se têm vários novos comportamentos na sociedade, que se manifestam em diversos segmentos, mas especialmente na Igreja.

Já faz tempo que muitos sacerdotes reclamam sobre a escassez dos jovens na Igreja. Dizem: "Já não sei o que fazer para atrair os jovens para a Igreja. Cada ano que passa percebo que na assembleia a maioria esmagadora é composta de idosos e já não tenho mais nenhum artifício a apresentar para tal problema". O interessante é que esse ponto é observado por sacerdotes de diversas paróquias, em diversas cidades.

Pretendo aqui fazer algumas ponderações aos sacerdotes que fazem tais reclamações. Será que o problema não está nos próprios padres? Claro que logo se espantarão com a indagação, pensando em como pode o problema estar com eles se fazem de tudo para atrair os jovens, como festas com pagode, com funk, com futebol e tudo mais, e nada surte efeito.

Daí se deve fazer outra pergunta: o que o jovem de hoje quer? O que está sendo ofertado nas Igrejas já é ofertado pelo mundo!

O jovem não frequenta a missa porque não quer ouvir o sacerdote usar o púlpito para fazer política e ainda mais a política mais nefasta que pode existir, o comunismo/socialismo. Quando o jovem percebe que o padre não tem nada a falar sobre a doutrina da Igreja, sobre o pecado, sobre o céu e o inferno, ele se afasta.

Outro motivo que afasta o jovem da Igreja é quando ele deseja receber a Eucaristia na boca e enfrenta a pior oposição de sua vida por parte dos sacerdotes. O padre muitas vezes não entende que receber a Eucaristia na boca é o modo normal e tradicional de receber Jesus eucarístico por mais de dois mil anos.

Muitos sacerdotes também ridicularizam as mulheres que desejam usar o véu na cabeça durante a missa, e, por isso, muitas procuram outra paróquia para frequentar.

Muitas pessoas desejam se confessar no confessionário, como manda a Igreja, mas os sacerdotes não querem usá-lo, o que acaba por afastar mais gente ainda da Igreja.

Outro motivo que faz com que os jovens fujam de sua paróquia é que muitos padres perseguem os fiéis pelo fato de eles não baterem palmas na missa, como se isso fosse um preceito divino. Muitos jovens são acusados de serem tradicionalistas por querer a missa celebrada como deve ser, e não como uma festa.

Então, por que os jovens se afastam da Igreja? Porque são impedidos de serem católicos. Vocês reclamam da mulher que está com vestido longo, mas não dizem nada da que vai seminua para a missa; negam a comunhão a uma mulher que está de véu na cabeça, mas dão a comunhão a uma adúltera; proíbem um jovem católico de ser catequista, mas entregam os catequisandos a esquerdistas que ensinam que Jesus é um mito que a Igreja inventou.

Os jovens se afastam da Igreja porque vocês não querem dar a Igreja de sempre para eles, mas querem introduzi-los na sua igreja, que não é a Igreja de Cristo.

Muitos sacerdotes não respeitam o Missal Romano e criam a sua própria liturgia. Os jovens querem a Igreja que os santos tiveram, querem o direito de adorar o Santíssimo Sacramento, querem ver o padre de batina, ouvi-lo falar de Nossa Senhora com amor e devoção. Os jovens querem ver os sacerdotes ter respeito e veneração pelo papa, querem ver o sacerdote combater a ideologia de gênero, defender a Igreja e querem receber os sacramentos com dignidade.

Sabe por que faltam jovens para o seminário? Porque vocês não querem jovens comprometidos com a doutrina católica. Eles precisam ser comprometidos com as causas sociais e tão somente com isso, como se essa missão tivesse sido dada por Nosso Senhor aos seus apóstolos.

Há também os jovens que são escorraçados da Igreja porque querem se consagrar à Santíssima Virgem Maria pelo método de São Luís Grignion de Montfort, por quererem usar a corrente da consagração.

A Igreja está com escassez de jovens porque muitos sacerdotes não querem deixar os jovens serem católicos. Para a grande maioria dos jovens no Brasil, o lugar mais difícil de ser católico é na própria Igreja por causa daqueles que se acham donos da Igreja e querem imprimir uma nova Igreja bem diferente da Igreja de Cristo Jesus.



A guerra dos panos

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O.Carm.

Na história da Igreja, muitas foram as guerras enfrentadas pelo mundo e pela Igreja; muitas delas foram tão nefastas que causaram muitas feridas e mortes corporais e espirituais. Uma delas foi a "guerra das heresias", que é assim chamada por mim, pois compreende o período do surgimento das mais diversas heresias e foi muito prejudicial e penoso ao corpo de Cristo, que é a Igreja.

Hoje, surge e ressurge (digo isso por causa de suas pausas e retornos) uma "guerra" sem causa, o que podemos chamar de guerra dos panos ou guerra das rendas. Volta e meia reaparecem aqueles detratores da tradição que resolvem apontar seu canhão em direção aos sacerdotes que ousam usar vestimentas que a Igreja sempre usou. Existe um sentimento de desprezo às coisas do passado, e o pior de tudo isso é que esse desprezo é acentuado nas coisas sagradas.

Mas como se dá esse dito desprezo? Pois bem, me aterei a citar alguns exemplos que nos mostrarão como se dá essa perseguição aos paramentos dignos empregados na ação litúrgica e não apenas aos paramentos, mas aos sacerdotes que ousam usá-los.

Em primeiro lugar, se faz necessário lembrar que a Igreja começou a fazer uso desses paramentos faz muitos séculos e, portanto, não se pode acusar os sacerdotes que utilizam deles de ficar "criando moda".

Se visitarmos as páginas da história da Igreja, vamos perceber que tais paramentos eram usados para ajudar a elevar nossos pensamentos às coisas divinas.

O Cura d'Ars dizia que "O sacerdote é um camponês que se veste de príncipe para celebrar os santos mistérios".

O uso dos paramentos dignos não foi proibido pela santa Mãe Igreja. O tempo foi passando, e chegou uma época em que a liturgia foi totalmente esvaziada de sua sacralidade. A missa ganhou uma forma simplória, e essa forma favoreceu que os ministros sagrados fossem cada vez mais se "despojando" dos sinais do sagrado, o que tornou um "massacre" ao culto divino. Foi-se tirando tudo que era simbólico e que muito dizia à nossa fé, foi sendo abolido do uso no culto divino, e isso prejudicou em primeiro lugar os próprios sacerdotes, que agiam mais próximo possível do culto divino, pois são os agentes principais da liturgia. Então, os sacerdotes começaram a ver esvaziada sua fé e começaram a não mais crer nas verdades divinas, e o pior, passaram a ensinar erroneamente a sua descrença no sagrado para a assembleia.

Esse esvaziamento foi quase que total, pois o altar que era ornado de velas e cruz, agora traz no máximo uma toalha. Nós olhamos para o altar e vemos nada mais que uma simples mesa, que não remete ao sacrifício redentor de Nosso Senhor. Depois do altar, a revolução veio aos paramentos, e chegamos ao cúmulo de ver sacerdotes celebrarem a missa até sem alva. Casula virou peça de museu, e o padre mais bem paramentado veste no máximo túnica e estola, que nem sempre precisa obedecer à regra litúrgica das cores.

O tempo foi se adiantando, e começaram a empregar paramentos estranhos à liturgia católica, e isso começou a provocar uma nova maneira de lutar contra essa arbitrariedade ao Culto Divino. Foram surgindo sacerdotes que redescobriram a Beleza da Liturgia, e assim começou de novo a se empregar paramentos belos, alvas de renda, uso do barrete e uso do turíbulo. Tudo isso são coisas "antigas", e essas coisas antigas ferem o ego de quem não aceita que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre, e que, portanto, a Igreja fiel ao seu Divino Fundador não pode ser a Igreja da novidade, ela precisa ser a Igreja de Sempre.

Os que se opõem ao uso de rendas na liturgia alegam que isso faz ocultar o Sacerdote por excelência. No entanto, a realidade mostra o contrário. O uso de paramentos afros nos desvirtua do sacrifício celebrado, a vida, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A dignidade dos paramentos serve unicamente para engrandecer o Sumo e eterno sacerdote. A ojeriza aos paramentos dignos não é apenas negação da alva de renda, mas é a negação dos sacramentos, negação da confissão sacramental, negação da adoração ao Santíssimo Sacramento, negação da reza do Rosário, negação das práticas de piedade cristã, negação do uso da batina, negação da consagração pelo método de São Luís Grignion de Montfort.

Nós da era Bento XVI vemos o mundo com os olhos de Deus e queremos utilizar dos meios que Deus nos dispõe para fazer chegar ao coração humano os desígnios de Deus. Queremos utilizar dos meios que sempre foram usados pela Igreja para fazer chegar ao coração humano a mensagem de Deus, o amor do Coração de Jesus!

O emprego de alvas de renda engrandece os Santos Sacramentos e nos coloca em sintonia com o mistério celebrado. Muitos fiéis afirmam que veem na beleza da liturgia o refulgir da glória de Deus.

A Igreja Católica é a Igreja dos símbolos, pois ela viu que esse meio é caminho para fazer entrar sobretudo no coração dos mais humildes a mensagem de Cristo Jesus! Por esse motivo, as Igrejas sempre foram muito bem ornadas de vitrais, imagens e pinturas, tudo com o objetivo de fazer chegar ao coração dos fiéis a sublime mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo.

No mundo atual, tudo é aceitável, até um sacerdote celebrar a missa de sunga sem nenhum paramento dentro do mar, usando uma boia como altar, exceto o uso de paramentos dignos na liturgia.



Padres sofrem censura de rede social

Que tipo de classificação considera Jesus como "conteúdo violento" ou dois padres de batina como imagem ambientalmente agressiva?

A rede social censura padres de batina mediante um efeito que recobre uma foto na qual eles aparecem diante de uma catedral. A imagem, segundo a censura do Facebook, "pode incomodar algumas pessoas" e, por isso, é comum como "conteúdo sensível".

Sobreposta à foto dos dois padres de batina, a imagem contém ainda uma afirmação do Papa São Pio X, escrita em espanhol. Traduzido, o texto afirma:

"O sacerdote dever suas ações, movimentos e hábitos em harmonia com a sublimidade ordenada de sua vocação. Ele, que, no altar, quase deixa de ser mortal… inclusive quando desce do altar. Onde quer que esteja, aonde quer que vá, ele nunca deixa de ser sacerdote".

Rede social censura padres de batina

A foto foi compartilhada pelo pe. Sérgio Muniz , do Rio de Janeiro. Ele comenta a respeito da censura:

"Eles cobrem como 'sensível' a foto de dois padres de batina. Sim, porque para o diabo, tudo o que lembra Jesus Cristo e sua Santa Igreja é muito 'sensível'".

E complementa:

"Esta foto pode incomodar os inimigos da Cruz: os possessos, os imorais, os imundos, os renegados, os malignos, os mentirosos, os adversários do bem".

Menino Jesus já foi censurado como "conteúdo violento" pelo Facebook

Em 2018, outro episódio patético de censura perfeitamente gratuito por parte da mesma rede social já tinha despertado indignação entre internautas. A imagem censurada na ocasião mostrava o Papai Noel ajoelhado diante do Menino Jesus. Sobrepondo-se à imagem censurada, o Facebook exibia o seguinte e absurdo aviso: " Esta foto pode mostrar conteúdo violento ou explícito ".

Para mais que se alegue algum "erro do algoritmo" que teria praticado uma censura automática, é preciso lembrar que o algoritmo se baseia em determinados critérios objetivos. Resta saber que o tipo de intimidação pelo Facebook inclui o Menino Jesus entre os exemplos de " conteúdo violento " ou dois padres de batina como imagem potencialmente agressiva.

Fonte: https://pt.aleteia.org/



Deus se fez criança

Deus se fez criança nunca vimos coisa igual

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O.Carm. 

Caríssimos irmãos, a primeira impressão que nos vem do fato da Encarnação é a ideia de um Deus presente sensivelmente, e muito junto de nós.

Hoje devia ser o dia da adoração, pois, foi esse o primeiro culto prestado ao Menino Jesus que nasceu da Virgem Maria. Hoje Maria, José, os pastores prestaram a homenagem ao Divino infante, também nós somos chamados a prestar nossa adoração ao menino Deus, não à imagem que aqui na frente representa o menino que nasceu para nos restaurar a vida imortal, mas a Jesus realmente presente no Santíssimo Sacramento, um Deus tão amoroso que deseja ser nosso alimento, para dividir conosco a sua divindade. Somos privilegiados, em meio à ingratidão dos homens que preferem papai Noel a Deus, mesmo diante de tanta ingratidão, Nosso Senhor continua querendo nos salvar. Por um lapso, os pastores não deram uma pequena cruz ao Divino Salvador, mostrando desde tenra idade que sua missão era salvar o mundo.

Pois bem, foi justamente para isso que Deus se fez criança e veio viver entre nós, nos ensinando assim a trilhar o caminho do amor perfeito que devemos tributar a Deus. A noite bela em que o amor não amado é rejeitado nas casas e só encontra abrigo no meio dos animais num coxo. Um Deus se rebaixou tanto só por amor à humanidade, a sabedoria eterna já passa por uma grande humilhação ao ter um corpo igual ao nosso. Ele ainda acha pouco e se rebaixa ainda mais, deixando-se ser abrigado na morada dos animais.

Nossa luta interior deve ser constante para que reservemos um espaço em nosso coração, em nossa vida, para que Deus possa reinar, para que o menino Jesus não seja esquecido. A festa de Natal não tem nenhum sentido se nós esquecermos aquele que veio para nos salvar. A razão da festa precisa continuar sendo Nosso Senhor Jesus Cristo.

O amor verdadeiro vem nos ensinar a amar a Deus, que é o princípio da felicidade dos homens. Sem amar a Deus, não adianta querer diminuir o sofrimento do mundo, não adianta querer sanar a fome dos povos. É preciso primeiro amar a quem nos amou primeiro, e isso será o combustível para que nós possamos levar o amor aos mais necessitados. O amor que eles mais precisam é o de Deus.

Não queiramos fazer da vida católica um ativismo político, pois isso não faz parte do plano salvífico de Nosso Senhor. Queiramos ser presença de Deus na vida dos homens, mais do que meros assistentes sociais. Levemos o pão material juntamente com o pão espiritual. Quando abdicamos de levar o pão espiritual aos nossos irmãos, também deixamos Deus com fome, pois, a fome de Deus reside em querer salvar almas.

Ó amor sempiterno, ó amor entranhado de Deus por nós, e nós como havemos de corresponder a tão grandiosidade de demonstração de amor?

A Belém de hoje onde deve ser? Não, não deve ser uma Belém geográfica como a de outrora. A nova Belém deve ser cada um de nossos corações. Nosso Senhor deseja isso, que nossos corações se abram para que Ele possa entrar, expulsando todas impurezas que não devem dividir espaço com Ele.

Nosso Senhor desce das alturas para viver a nossa vida.

Essa visita ou estadia de Nosso Senhor no meio de nós não é aleatória e não é sem razão. Ele veio curar nossas feridas, restaurar a vida antes machucada pelo pecado. Ele veio nos elevar para Deus.

Caros irmãos, neste Natal somos chamados a rejeitar o Natal sem Nosso Senhor. Esta sociedade secularizada nos oferece um Natal das festas, dos presentes, das amizades, dos passeios, mas não nos oferece um Natal de Jesus. Somente a Igreja tem Jesus a oferecer. Não nos deixemos levar pelos Natais dos shoppings, das grandes avenidas e lojas. Nós precisamos reafirmar ao mundo que não queremos outro Natal que não seja o de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nosso Senhor já nasceu na gruta de Belém, mas encontra resistência em nascer nos nossos corações. Nossos corações precisam urgentemente se voltar para Deus, para que assim nossas ações sejam governadas por Deus.

Celebrar o Natal é tomar consciência de que existe um Deus. Ele se fez pequenino, mas é grandioso, é majestoso, é o nosso porto seguro, é a verdadeira paz, o verdadeiro amor.

Não deixemos que a tristeza de não ter ganhado presente destrua a verdadeira alegria que é saber que Deus se fez pequenino numa gruta em Belém, para nos ensinar a reconhecer nossa pequenez. Grande é nosso Deus.

A felicidade tem nome, e somente quem acredita vai ver. Esse Nome é Nosso Senhor Jesus Cristo. Fujamos das "felicidades" do mundo, fujamos das felicidades dos presentes. Nosso Senhor é o maior presente que nós possamos ganhar nesta vida. Ele mesmo quer ser o nosso presente, um presente sem igual, um presente sem preço, ninguém pode pagar por esse presente.

Não teríamos felicidade no mundo se Nosso Senhor não tivesse vindo a nós. Não teríamos felicidade no mundo se Maria Santíssima não tivesse dado seu consentimento a Deus. Portanto, busquemos essa felicidade e não seremos confundidos e nem desiludidos.



Ego sum pastor bonus

Domingo do Bom Pastor

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O.Carm. 

Caríssimos irmãos em Cristo Jesus e Maria Santíssima!

Hoje a liturgia da Igreja nos apresenta a oportunidade de celebrar o domingo do Bom Pastor, Nosso Senhor ao se apresentar ao mundo nos dar a conhecer vários títulos de sua majestade Divina, Ele se nos apresenta como: Eu Sou o caminho, a verdade e a vida, eu sou a porta das ovelhas, eu sou a Luz do mundo, eu sou o alfa e o ômega, enfim, Nosso Senhor atribuiu para si muitos títulos.

Hoje o segundo domingo da páscoa, refletimos sobre o título do Bom Pastor, pastor bônus, de fato Nosso Senhor é tudo para nós, no entanto, o título de bom pastor, nos parece um dos títulos mais próximos de nós, uma vez que nós somos suas ovelhas, Ele mesmo nos reconheceu como ovelhas quando disse ao príncipe dos apóstolos São Pedro, Pedro Tu me amas? E ele responde sim, senhor, tu sabes que te amo, Ao que Cristo lhe diz, Apascenta as minhas ovelhas. (Jo 21, 15-19).

De fato, nós somos as ovelhas de Nosso Senhor e, portanto, devemos viver ouvindo suas orientações. Sabemos que as ovelhas são animais dóceis e tranquilos, são levados para o tosquiador e para o matador sem resistir, pois, esta foi a postura de Nosso Senhor, Ele foi ao matadouro sem resistir e sem reclamar.

No entanto, hoje estamos em posições diferentes, outrora Ele deu a vida por nós, hoje, nós somos chamados a dar a vida pelo Divino Mestre, Nosso Senhor disse que quem tem amor a sua vida vai perde-la, mas quem perde-la ganha-la à.

O Bom Pastor dar a vida pelas ovelhas, como bem sabemos que o fez Nosso Senhor, à Igreja resiste aos séculos, porque Ele nos disse que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos, essa presença de Nosso Senhor não é imaginária, ela é real. Ele está aqui no Santíssimo Sacramento do altar, Ele vive para fazer a Igreja viver, Nosso Senhor, se deu por nós, mas quis ficar conosco noite e dia pela Santíssima Eucaristia, não há maior prova de amor.

Nosso Senhor não é mercenário, Ele não foge com a chegada dos lobos, Ele resiste em defesa das ovelhas, se é a mim que buscam, deixai que eles se vão, Nosso Senhor em nenhum momento pensou nos sofrimentos que iria passar, mas em proteger suas ovelhas, aqueles que o Pai me confiou não perderei.

Nós somos de fato as ovelhas que conduz com sua mão, Ele afasta de nós os perigos, e nos encaminha para os prados celestes, não tenhais medo, eu venci o mundo (Jo 16, 33). O Bom Pastor, além proteger a nossa vida, Ele nos acalenta com a promessa da vida eterna, a vida verdadeira, onde gozaremos da presença de Deus para sempre.

Como Nosso Senhor não foge diante dos perigos, mas fica para defender as ovelhas, também nós somos chamados a defender a causa de Deus, Ele espera que nós resistamos a perseguição a sua Lei divina, que nos introduz na casa de Deus, sejamos, portanto, destemidos, sigamos o Cristo Bom Pastor, afim de reinarmos com Ele no Reino Celeste, onde veremos a glória de Deus com Maria Santíssima nossa Mãe.

Quem portanto é ovelha de Cristo, ouve a sua voz e não fica desorientado, mas crer firmemente que podemos tudo com Ele em nossas vidas, podemos fazer novas todas as coisas, restaurar todas as coisas em Cristo, como erro lema de São Pio X, a sociedade vigente precisa retornar as suas origens, e suas origens são cristãs católicas, são inseparáveis a história do ocidente com a história do Catolicismo, essa Lei de Nosso Senhor precisa mais uma vez voltar a brilhar em nossa sociedade, restaurando assim, o Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Rezemos por todos os pastores de almas, os sacerdotes, os bispos e o Romano Pontífice, para que seguindo os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas, também nós saibamos defender as ovelhas de Cristo do ataque dos lobos ferozes que se cansam de as atingir tentando tirar-lhes a vida que é a Eucaristia.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Em Nome do Pai e do Filhos e do Espírito Santo, Amém!   



Se sujeitar a Santa Igreja Católica

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O.Carm. 

A Santa Igreja Católica é a mãe de todos os cristãos, Nosso Senhor a quis assim, portanto, para início de leitura tenhamos muito claro isso em nossas mentes, se eu por livre e espontânea vontade sou católico, logo, preciso me sujeitar a tudo o que crer e ensina a Igreja Católica, não é muito difícil de se compreender.

Nosso Senhor Jesus Cristo amou tanto a sua Igreja que por ela se entregou (Ef 5, 25). Ora, se Cristo se entregou pela sua Igreja a herança de seu sangue, não devíamos nós fazer o mesmo? Ou não queremos seguir o exemplo de Nosso Senhor? Se não queremos temos esse direito, pois, Deus não nos obriga a nada, mas para exercer esse direito é preciso sair da Igreja, não tem justificativa eu ficar numa Igreja que eu não acredito.

Amar a Igreja é amar a Cristo, pois Cristo é o corpo místico da Igreja, precisamos abrir nossos corações e nossas mentes para compreender essa verdade, Nosso Senhor realiza toda a sua obra na Igreja, sem a qual não podemos ser salvos, foi justamente por isso que Ele fundou essa divina instituição.

Todo católico convicto de sua fé deve buscar conhecer a Santa Igreja Católica, a Igreja não deseja ocultar nada aos fiéis, mas é preciso querer conhecer os mistérios da sã doutrina que levou milhares de homens e mulheres a glória da santidade, pelo contrário, a Igreja deseja que mais e mais fiéis tenham acesso ao patrimônio espiritual da cristandade para melhorar suas relações com Deus.

Quando conhecemos a Igreja passamos a amar mais e mais essa Opus Dei, a Igreja é um tesouro inestimável para a divinização do homem, quem deseja ser o que Deus quer, fatalmente deve se sujeitar a Santa Igreja Católica, A Igreja do Deus vivo.

Assim como um filho que tem consciência da importância dos pais presta-lhe toda reverencia possível, da mesma forma os filhos da Igreja devem prestar-lhe toda honraria que for possível para exaltar aquela por quem Cristo se entregou.

A medida que crescemos no amor a mãe Igreja, crescemos também a sua sujeição, pois um filho que de fato ama sua mãe, sente prazer em fazer a sua vontade e realizar todos os seus desejos, ele (o filho), sempre achará pouco tudo o que faz pela mãe, pois, não sabe como agradecer a maternidade.

Santa Teresinha disse que em amor a Igreja ela desejava morrer num campo de batalha, em sua defesa, isso demonstra claramente que ela sim compreendeu o que era a Igreja, é claro que ela não foi a única, tantos santos mártires do início da Igreja fizeram o mesmo, deixaram seu sangue correr pela terra em amor e fidelidade a Igreja de Cristo, resistindo aos cultos pagãos.

A história da Igreja está repleta de histórias das pessoas que não trocaram a Igreja por nada, nem por ouro e nem por liberdade, mas preferiram se unirem a seu Divino Fundador que derramou seu sangue precioso pelas almas dos fiéis.

Amar a Igreja é um sentimento sem explicação, é uma coisa sobrenatural que invade o coração dos fiéis, que muitas vezem contagiam até as crianças, como o pequeno jovem mexicano que preferiu a morte a renunciar Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Igreja, aquela pequena criança fez uma experiencia extraordinária com o filho da beatíssima virgem Maria, ele caminhou para a cova pisando em brasas e gritando "Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe"! grito mais eloquente nenhuma outra criança havia dado na história.

Como diz o ditado, Ninguém ama aquilo que não conhece, esse ditado serve para nos impulsionar para realmente fazermos uma busca incansável da verdade de Deus que está na Igreja Católica, para podermos de fato, realizar nosso caminho redentor em busca dos frutos espirituais que a Igreja por vontade Divina nos tem a dispensar.

Maria Santíssima é uma escola fidelíssima à santa Igreja, Nossa Senhora continua trabalhando pela santa Igreja, em várias oportunidades Nossa Senhora deixou claro que a Igreja Católica é a única Igreja de Cristo. Na verdade, nós temos fontes suficientes para saber as realidades espirituais que envolve a santa Igreja Católica para podermos trilhar nosso caminho de amor a Igreja.

Quem ama a Maria Santíssima naturalmente ama a Igreja, pois, a mãe de Jesus é a Rainha da Igreja, e ela nos impele ao amor a Igreja quando nos apresenta o santíssimo salvador. Quando nos apresenta seu Filho Jesus, nossa mãe nos chama a Igreja para ali começarmos a crescer no amor a Deus que vamos continuar na vida diária em todos os lugares onde quer que nós estejamos.



O amor à Santíssima Virgem

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O. Carm.

Na vida somos tomados de muitas preocupações, é bem verdade que muitas delas são tolas, não deveríamos gastar nosso precioso tempo com elas e porque gastamos, deixamos de dar passos largos no progresso espiritual.

Uma das preocupações descabidas que muitos católicos têm é o receio de tributar amor a Nossa Senhora, isso com certeza influenciado pelos erros protestantes que vemos por todos os lados na sociedade.

Quando um católico não se empenha em seguir a sã doutrina Católica que é a mesma sã doutrina infalível de Nosso Senhor Jesus Cristo o que resulta disso é trocar o certo pelo errado, e assim, eles pensam, eu não posso ter muito amor a Nossa Senhora, pois isso vai fazer com que Nosso Senhor fique para segundo plano, ora isso é um grande erro, pois, todo amor a Nossa Senhora só existe porque ela nos trouxe Nosso Senhor Jesus Cristo, e é esta a grande razão pela qual queremos Maria Santíssima como nossa Rainha, ela é a mãe do Rei Jesus.

Mas como podemos fazer para reparar esse erro caso o tenhamos cometido? Basta seguir a escola de Maria a virgem que sabe ouvir, sem escutar bem e acolher a Palavra de Deus não saberemos como devemos agir na nossa vida espiritual.

Na verdade, nenhum homem neste mundo é capaz de tributar a Maria Santíssima o amor que ela merece. No dia em que de fato conhecermos verdadeiramente o valor inestimável do Sim de Nossa Senhora e a consequência disso, talvez chegaremos perto de compreender a grandiosidade do bem que ela fez a humanidade, ao dar à luz ao salvador do gênero humano.

É Maria Santíssima quem ensina a Igreja a ouvir a Palavra de Deus, porque foi ela quem primeiro aprendeu a escutar a Palavra de Deus e não apenas a escutar, mas a colocar em prática.

Tendo dado esses passos, prosseguiremos ao encontro do amor de Maria que não quer outra coisa que nos levar a Jesus, ela que amou com amor eterno seu Divino filho, ela que o trouxe em seio puríssimo, ela que o alimentou com seu leite sagrado, ela que o ensinou a dar os primeiros passos, ela que o ensinou a rezar. Sabendo de todos esses feitos não tem como pensar que amar a Maria é excluir Nosso Senhor, pois é impossível amar a Maria Santíssima, sem, contudo, amar a Deus, pois foi Deus quem a fez para nós e nola entregou como mãe e medianeira.

Mergulhemos no mar de Maria Santíssima e encontremos Jesus Nosso Senhor, Ele jamais nos recriminará por tela amado, pois todo filho sente orgulho de saber que as pessoas gostam de sua mãe, com o Filho por excelência não seria diferente, pois, se os filhos pecadores gostam que amem as suas mães, quanto mais o Filho de Deus.

Diante de tudo isso, meus leitores, busquemos insistentemente coroar nossa Senhora com nosso amor filial, rezando o rosário, o ofício da Imaculada Conceição, confessando e assistindo a Santa Missa, pois, não existem coisas que mais agradam a mãe de Deus do que ver seus filhos procurarem Nosso Senhor constantemente.

"A santa Mãe de Cristo, que se reconhece mãe dos cristãos em virtude desse mistério, mostra-se também sua mãe pelo cuidado e amor que tem por eles. Não é insensível para com os filhos, como se não fossem seus; suas entranhas, fecundadas uma só vez, mas nunca estéreis, jamais se cansam de dar à luz frutos de piedade"[i]

Amemos a Maria com amor terno, amemos a Maria Santíssima com toda certeza de que em nada isso desagrada a Deus, pois Deus a amou por primeiro, quando a Escolheu dentre todas as mulheres da terra para ser a mãe do verbo encarnado, para ser a única mulher capaz de reparar o erro de Eva que por sua desobediência trouxe a desgraça ao mundo, ao passo que Maria Santíssima por sua submissão a Deus, resgatou a graça perdida e é por isso a Toda cheia de Graça.

Salve Maria Santíssima, nossa mãe!



A importância dos símbolos

Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm.

O símbolo é um instrumento não meramente ilustrativo, mas ele tem uma missão: transmitir uma mensagem. A Igreja Católica muito sabiamente sabendo disso usou deles para fazer a mensagem do santo Evangelho chegar a um número cada vez maior de pessoas e a ordem de Nosso Senhor se cumprisse com destreza, "Ide por todo o mundo a todos pregai o Evangelho". (Mc 16, 15).

O emprego dos símbolos é uma forma fascinante de fazer as pessoas aguçarem uma coisa em sua vida intelectual que é a imaginação, e como isso se dá? A pessoa observa uma determinada imagem e a imagem leva a pessoa a se questionar sobre aquilo, exemplo: quando um católico observa um sacerdote usando um barrete, a sua primeira intenção é saber o que significa aquele "chapéu"? Daí ela pode percorrer dois caminhos: ou pesquisa na internet ou alguns livros, ou pergunta ao sacerdote. O barrete é o chapéu que mostra o poder de jurisdição do sacerdote, ele o usa como juiz de Deus, sobretudo quando atende confissões, o barrete tem quatro pontas para lembrar que o ministro sagrado tem de pregar o santo Evangelho aos quatro cantos do mundo, ele tem três abas para lembra as três pessoas da santíssima Trindade, o sacerdote pega sempre na aba do meio para lembrar a segunda pessoa da santíssima Trindade.

Portanto, os símbolos têm uma missão importante na Igreja, sabemos que nos séculos passados eram muito pouco as pessoas alfabetizadas, e com isso era difícil o emprego da leitura, e para resolver esse problema a Igreja ensinou a ornar as igrejas com vitrais, o que eles fazem? Trazem passagens da Sagrada Escrituras e reproduzem imagens das verdades da fé, como os dogmas.

Mas o emprego dos símbolos não para por aí, mas segue adiante, pois, cada coisa usada na igreja, tem seu valor e seu objetivo, e o objetivo principal de todo símbolo na igreja, é lavar-nos a Deus.

São João Maria Vianney nos diz, "Quando virdes um sacerdote, lembrai de Nosso Senhor", mas para podermos elevar a nossa mente a Nosso Senhor ao encontrar um sacerdote é preciso que ele esteja usando sua batina, hábito talar, pois, de outra forma não saberá que se trata de um ministro sagrado.

Mas para que um sacerdote usa uma batina preta? A batina preta é um grito do sacerdote ao mundo dizendo, eu estou de luto para o mundo, eu sou um homem morto para o mundo, na verdade, é Nosso Senhor dizendo: eu estou morto para o mundo, o mundo me rejeita, mesmo sabendo que eu dei a vida pelo mundo. A batina deve ser usada para distinguir o sacerdote dos demais homens do mundo, pois, ele foi tirado do meio do povo para oferecer dádivas a Deus.

A mitra dos bispos, ela tem também seu significado, primeiro é o chapéu da verdade, para que todos os que odeiam a verdade sejam aterrorizados por ele, a mitra traz na parte de trás duas pontas (ínfulas) que ficam nas costas de quem a usa, aquilo significa o Novo e o Antigo testamente, pois, o bispo prega toda a verdade de Deus e não somente uma parte, na prática, as mitras deveriam todas ser brancas, para simbolizar Cristo Ressuscitado, mas nas ordenações o bispo deve usar dourada para transmitir a realeza do sacerdócio.

Os três degraus do altar também é uma referência as três pessoas da Santíssima Trindade, porém, o altar pode ter sete degraus em referência aos sete dons do Espirito Santo e uma dupla significação: ao mesmo tempo, cabe os três degraus a Santíssima Trindade e os quatro restantes as quatro virtudes cardeais, que são: prudência, justiça, fortaleza e temperança.

Antigamente as igrejas eram construídas assim com uma torre para distinguir a Matriz das capelas, a Matriz sempre tinha duas torres. Ao entrar na igreja o fiel se deparava com a pia batismal, pois, o batismo é a porta de entrada na vida católica, e a cerimônia do batismo começava na porta da igreja e terminava no altar onde está o Cristo Vivo para sempre.

Acima da porta das igrejas, especificamente a porta principal tinha sempre uma rosácea, que é um vitral redondo, ele servia para projetar no altar a luz do sol, fazendo o povo lembrar do Sol da justiça que é Nosso Senhor Jesus Cristo. Além disso, as igrejas eram construídas sempre de frente para o oriente, pois, como nos diz a Sagrada Escritura é do oriente que virá o Senhor.

O emprego dos símbolos é de salutar importância mesmo quando a pessoa sabe ler e escrever, pois, não é o fato de saber ler e escrever que significa que a pessoa sabe refletir, infelizmente a educação que temos não nos dar esse privilégio a todos, alguns sim outros não, às vezes por sermos pusilânime e não nos esforçamos para avançar no conhecimento e com isso ficamos privados do avanço no conhecimento e às vezes por nos entregarmos as frivolidades da vida e deixamos os bens do intelecto solto e dispersos na nossa vida, não descobrimos ainda o valor da leitura para o nosso crescimento.



Como ser bom sacerdote e bom seminarista

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O. Carm. 



A vestimenta própria dos sacerdotes

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O. Carm.

Ser ou não ser sacerdote? A pergunta parece que foge do tema do texto proposto a reflexão. Mas a pergunta é sim pertinente ao tema que vamos discorrer, embora a falta do hábito não faz do padre menos padre, mas o impede de ser reconhecido como sacerdote, isso nata tem a ver com "reconhecimento", que a sociedade tanto busca nos tempos hodiernos.

O hábito talar para os sacerdotes diocesanos e o hábito próprio da ordem ou congregação religiosa é a vestimenta oficial do sacerdote e não somente do sacerdote, mas dos religiosos não clérigos também.

Em muitos lugares do Brasil e do mundo se espalhou uma falsa explicação a respeito do uso da batina, a que essa foi suprimida para aproximar o povo, isso desculpe quem acredita, é uma desculpa muito furada, não condiz com a realidade, todo padre que usa batina sabe muito bem que é realmente o contrário que acontece, onde ele chega os católicos o reconhece como sacerdote.

A indumentária própria das mais diversas funções na sociedade são de grande importância, você já parou para pensar se todos os policiais andassem nas ruas sem sua farda? Já pensou se todos os médicos não usem sua roupa própria? Já pensou se não existissem nenhuma farda para nenhuma função? Realmente não seria tão fácil como as pessoas pensam.

Muitos sacerdotes não sabem o bem que fazem a sociedade ao se vestir como padres, ao testemunhar diariamente que é um homem de Deus e que não segue a moda do mundo, esse aparente bem menor, é realmente um grito de Deus para o mundo, chamando a conversão, pois, quando uma pessoa encontra um sacerdote devidamente identificado nas ruas ela é obrigada a lembrar de Deus.

A veste própria do sacerdote fala por si, ele não precisa sair gritando na rua que é um ministro de Deus, as pessoas percebem sem que ele precise abrir a boca, isso é um bem extraordinário. A veste do sacerdote impõe a ele a aos outros uma postura de respeito e veneração, já dizia o patrono dos párocos, são João Maria Vianney: "Quando virdes um sacerdote, lembrai de Nosso Senhor".

Mas num mundo onde os sinais que lembram a Deus estão cada vez mais escasso, uma luz no fim do túnel é possível enxergar, surgem em várias cidades do Brasil e do mundo, novos sacerdotes que se decidem a usar diariamente a veste talar, é um novo momento na história recente da Igreja, o povo reza e Deus chama santas vocações para o serviço do altar, empenhados em salvar almas.

O destemor aqui é alusão ao não medo do mundo e o que as pessoas irão falar, o que importa não é tanto o que as pessoas vão falar ou pensar, mas o que Deus irá achar deste ato de demonstração de amor a sua vida sacerdotal e ao santo serviço a que foi investido na sagrada ordenação presbiteral.

O mundo em que vivemos é carente de sinais, ele não está sedento de discursos, que se calem as bocas e falem o testemunho, pois, um homem devotado ao serviço de Deus é um grito a este mundo, dizendo acordai, voltai-vos para Deus.

Devemos nos empenhar no testemunho de vida cristã, não somente os sacerdotes, mas todos os fiéis. Muitas vezes os fiéis ficam muito empenhados em ver se o sacerdote está vivendo como deveria, mas não se empenha em viver a vida cristã como se deve.

A vida sacerdotal é um presente de Deus para a humanidade, aquele homem, que aparentemente é um homem comum traz grandes dádivas a terra pelas suas mãos ungidas para realizar a obra redentora de Nosso Senhor.

Infelizmente muitos sacerdotes não usam a sua veste própria, por causa de seus próprios superiores que não permitem, e também por causa de outros sacerdotes que ridicularizam aqueles que usam, existe também aqueles que tem medo de ser ridicularizado pelas pessoas inimigas da fé que temos na sociedade.

A verdade é que um sacerdote de batina ou um religioso de hábito faz tremer os infernos e revolta o satanás, pois a veste é sagrada e tudo que é sagrado causa ojeriza ao demônio.

O sacerdote precisa saber que ele jamais deve ter temor do mundo, quanto ao mundo deve sempre ser destemido, o temor devemos ter somente a Deus, nem ao satanás devemos temer, ele não pode nada conosco se nossa alma estiver unida a Deus.



A retidão na fé

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O. Carm. 

Existem passos que devem ser observados na vida católica? Sim, é preciso observar algumas orientações para que possamos prosseguir no nosso caminhar para Deus.

Em primeiro lugar tenhamos consciência de que o Deus que seguimos é um Deus ciumento, sim, por mais que isso pareça estranho esta é uma verdade bíblica, em Tiago 4,5b; 1Coríntios 10,22b.

Com base nisto sabemos que ao católico é proibida a mistura de fé, de crenças, Deus é único e não precisamos de "ajuda", tendo Ele conosco.

Por isso é lamentável saber que há católicos que comungam de outras crenças contrárias a fé verdadeira, diante de Deus é abominável um fiel que divide o culto com outras "divindades", sabe aquele "católico" que vai a missa e também no centro espírita? Aquele "católico" que diz que é católico, mas frequenta o terreiro de candomblé? Aquele "católico" que diz acreditar na Doutrina da Igreja, mas frequente o budismo? Sim, todos esses precisam ter um verdadeiro encontro pessoal com Jesus Cristo, o único Deus verdadeiro, para saber que está prostituindo a fé, está em grave falha com o Deus que nos salvou, e que, portanto, precisa urgente se converter.

Tento o Deus maravilhoso que temos, não necessitamos de nenhum outro "deus", pois o Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo nos basta, é a Ele que devemos devotar toda a nossa vida cristã, nosso coração precisa ser indiviso, ou seja, sem lugar para outro "deus", pois não há santo como é santo o nosso Deus, ninguém é santo a semelhança do Senhor.

São santos, ó Senhor, vossos caminhos; haverá deus que se compare ao nosso Deus? Sl 76, tendo as luzes da palavra de Deus, caminhamos com olhos fixos em Jesus, Ele é quem pode preencher nosso vazio, Ele é quem pode nos dar a verdadeira alegria, tenhamos essa consciência e vamos deixar os costumes do homem velho que não conhecia a verdade de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Portanto, meus irmãos, façamos um caminho novo, abandonemos aquilo que ofende a majestade divina, caminhamos com Jesus e descubramos que com Ele não precisamos de amuletos, não precisamos de adivinhos, não precisamos de ciganos, não precisamos de ninguém que queira nos apresentar um outro caminho, ou outro evangelho.

O que Deus nos pede é somente isso, ser reto no agir, na sinceridade da fé, seguir Jesus sem mistura com nenhum tipo de crença, seja ela qual for, pois, Nosso Senhor fundou uma religião para que os homens por meio dela trilhassem o caminho de Deus.

O amor verdadeiro a Deus, nos impulsiona a seguir a retidão da fé, buscando sempre está aprimorando a nossa fidelidade a Nosso Senhor, buscando sempre corrigir as faltas que cometemos ao longo dos dias e dos tempos, muitas vezes, o aprofundamento da fé, nos faz descobrir que no passado cometemos alguns pecados e que não tínhamos consciência, mas que agora desejamos levar uma vida nova a luz da verdade de Deus.



Beato Carlo Acutis, Um sinal de Deus para a juventude de nosso tempo

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O. Carm. 

A Santa Igreja Católica adicionou a lista dos beatos da Igreja, um jovem que falecera há 14 anos, mas que já tem sua vida conhecida por todo o mundo, um jovem que tinha grande vontade de estar com Deus, buscou fazer com que os jovens lutassem contra o pecado, fugir das ocasiões de pecado, ensinava que devemos procurar sempre o sacramento da penitência, para assim, nos tornar mais próximos de Deus.

A juventude católica, tem visto neste filho da Igreja uma nova luz que ilumina o caminho de Jesus, um jovem que buscava em tudo está focado em Deus. Um jovem que ao descobrir que tinha uma doença grave, não pensou em pedir a Deus a sua cura, mas em oferecer sua doença pelo ministério petrino do papa Bento XVI, só isso é uma ação extraordinária no pensamento cristão de um jovem católico.

A Igreja sempre assistida pelo Espírito Santo, mais uma vez, vê neste filho, um caminho para reconduzir os jovens para Deus, e não só os jovens, mas todo homem e mulher de boa vontade que deseja ser na Igreja um exemplo de seguimento de Jesus. Com o beato Carlo Acutis, vemos nossa esperança reacender, na perspectiva de fazer deste mundo, um mundo cheio de Deus, e assim, expulsando as trevas do pecado, fazendo a vida dos homens reviver o amor de Deus.

Esse jovem realizou com a vida um verdadeiro apostolado em defesa da adoração eucarística, da reza do terço e do sacramento da penitência, instigando os jovens a fazerem uma experiência com Jesus Nosso Senhor no íntimo de suas vidas.

Todas essas ações podem parecer pouca coisa, mas Deus nos pede para fazer as pequenas coisas de forma extraordinária, então o beato realizou com prontidão aquilo que todo católico devia observar no dia a dia da vida cristã.

Meu alimento é estar na presença de Deus, esse era o lema que animava a vida de Carlo Acutis, mesmo que se por ventura ele nunca tenha dito essa frase, ele a pronunciou com a vida, e nos tempos em que nos encontramos, as palavras ditas com a vida, são mais preciosas que as ditas com a língua, pois, discursos, já existem muitos, queremos ver a prática.

Na vida de São Francisco, o beato buscou encontrar um norte para guiar sua vida cristã, e assim, ele sempre que podia visitava a cidade de Assis, para recarregar as forças espirituais, na batalha para alcançar a vida santa, o objetivo de Carlo era apenas esse, ser santo como Deus deseja que todos nós sejamos, e ele encontrou na Eucaristia a sua auto estrada para o céu, como ele mesmo dizia. Se todos nós descobríssemos essa auto estrada, o céu estaria muito mais povoado de almas e o inferno estaria vazio.

A devoção do beato Carlo Acutis a santíssima Virgem, a adoração eucarística, a reza do rosário, ao sacramento da penitência, é o que falta hoje para grande parte da Igreja, para que nós possamos voltar a colocar Deus no centro de nossas vidas. Esse exemplo do beato é de salutar importância para que esse mundo possa novamente se voltar para Deus, e cada um de nós somos convidados a dar nossa colaboração para que isso aconteça o mais rápido possível, busquemos no silêncio do sacrário a fortaleza de nossa alma para realizar essas obras espirituais que nos edificam, pois, os santos foram o que nós somos, para que nós possamos ser o que ele são.



A arquitetura das igrejas

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O. Carm. 

 A beleza revela Deus, por isso a Igreja sempre usou muita beleza para adornar a casa de Deus, existem muitos objetivos a serem cumpridos na arquitetura da igreja, por isso tem uma razão daqueles vitrais estarem ali na parte superior das igrejas, primeiro as coisas belas normalmente ficam no alto para nos remeter que devemos elevar nosso olhar para o céu, no intento de comtemplar a Deus.

A verdade é que na Igreja Católica até a arquitetura fala de Deus, nos impulsiona para Deus. Certa feita, um homem estava catequizando um recém-convertido, e ele lhe falava do reino dos céus, o homem explicava o sentido das escrituras e a doutrina da Igreja e caminhava, mostrava a beleza de Deus na natureza, e caminhava e explicava, dai chegou perto de uma bela catedral, o catequista disse, bem agora é a hora de entrar pela primeira vez numa igreja católica, ao entrar na catedral, o recém-convertido olhava para todos os lados maravilhado com o que via, e admirava as imagens, os vitrais, as pinturas e por fim olhou para o teto, vendo uma maravilhosa pintura onde aparecia Nosso Senhor, Nossa Senhora rodeado de anjos e santos, o recém-convertido exclamou, é aqui o céu de que tanto me falou?

Pois bem, eis para que serve a arquitetura das igrejas católicas, servem para evangelizar, servem para falar da beleza do céu sem dizer nenhuma palavra.

Primeiramente é preciso ter em mente a importância da arquitetura na igreja, a Igreja é mater et magistra, ela sabe o que é melhor para todos os homens e assim a Igreja sabendo que deve usar de todos os meios possíveis para atrair o povo para Deus. As pessoas que entram numa igreja católica de antigamente, na verdade essa pessoa entra numa atmosfera de mística, a arquitetura deve falar de Deus, por isso o ambiente é ricamente adornado com belas pinturas de passagens da sagrada Escritura, passagens da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, passagens da vida de Nossa Senhora e dos outros santos.

A beleza da arquitetura nas igrejas antigas, não tem outro objetivo, senão elevar as almas a Deus, a beleza das igrejas não é um mero ponto de estética, mas ali está um ponto muito importante, pois na igreja não tem só letrados, tem muita gente que não sabe ler, e essas pessoas aprendem sobre o mistério de Cristo pelas imagens e pinturas das igrejas. Pois a presença da imagem ali não tem um objetivo de estética, mas sim o objetivo de evangelizar, não só os iletrados, mas também os letrados, pois uma imagem fala mais que mil palavras.

Para poder se beneficiar daquela beleza, é preciso ver e refletir, as imagens demonstram a piedade que todos nós devemos ter diante de Deus, e não só diante de Deus.

A Igreja deseja que todo homem seja levado a Deus, a Igreja acredita que o ambiente seja apropriado para contribuir com a pregação ali feita, o ambiente deve favorecer ao objetivo ali buscado, assim como para que os alunos tenham um melhor aprendizado, ele deve dispor de uma boa estrutura em sala de aula.

Infelizmente hoje a arquitetura das igrejas modernas não levam os fiéis ao transcendente, mas pelo contrário, os tira da transcendência, hoje uma igreja nova parece mais com igreja protestante e também com a nossa própria casa, e às vezes a nossa casa pode parecer mais igreja do que a própria igreja é uma perda lamentável para as novas gerações.

A Igreja sábia procura em tudo tirar um proveito em benefício das almas, e não é diferente na elaboração da arquitetura, seria muito bom se nesse pequeno artigo, tivéssemos a possibilidade de enriquecer com fotos de igrejas antigas, para mostrar com imagens o que aqui queremos fazer entender.

O mínimo que se podia esperar na arquitetura moderna é a presença do crucificado no centro do altar, na parede atrás do padre e no altar defronte ao padre, existem padres que não admitem que o crucifixo fique no meio, pois o centro não é Cristo, mas o padre, quem tem que aparecer é o padre, e Cristo é uma figura insignificante.



Comprometidos com Cristo

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Nosso Senhor Jesus Cristo nos chama para trabalhar em prol do seu reino, esse trabalhar pode ser mal entendido, pois, podemos ter receio de nos entregar a esse trabalho por pensar ser muito penoso, mas o trabalho a que Cristo Jesus nos chama é muito mais testemunhal do que braçal, é evidente que quem se compromete com Cristo também terá que arregaçar as mangas, mas nada do que nós não tenhamos condições de realizar.

O compromisso com cristo cresce na medida em que nós descobrimos que tudo o que fizermos nunca será o suficiente, diante de tudo que Ele nos deu, e ainda nos dá. Quando o amor a Deus é grande, é grande também nosso empenho nas coisas concernentes a Cristo, se nosso amor ainda é pouco, isso significa que ainda podemos evoluir no seguimento de Nosso Senhor, e que nada está perdido, ainda podemos manifestar com gestos concretos e com a devoção nosso amor àquele que tanto nos amou e nos ama.

Ser comprometido com Cristo é ter a consciência de que nossa vida é dEle, e a Ele nós devemos devotar todo nosso amor, sendo assim, vamos aos poucos progredindo na perfeição cristã, nada que si consiga do dia para a noite, mas que Deus vai realizando em nossas vidas conforme sua santa vontade, que as palavras de Cristo no horto das oliveiras ressoem sempre em nossos corações, Pai que seja feita a sua vontade.

Infelizmente nós nos empenhamos muito facilmente nas coisas do mundo, ao passo que, colocamos empecilho nas coisas de Deus, devemos ter também a consciência de que devemos lutar contra as vontades da carne, pois ela luta contra o Espírito.

A vida do cristão para ser autêntica deve ser uma vida a serviço de Cristo, caso contrário é inútil usar o nome de cristãos, e muito menos de católicos, pois sabemos ser a Igreja Católica uma instituição divina, sendo assim nos devemos submeter a seu Divino Fundador.

O cristão que se dispõe a colocar a sua vida a serviço de Nosso senhor deve ter claro na mente que o mundo se voltará contra ele, isso não pode ser nunca esquecido, mas lembremos de que Nosso Senhor disse, quando vos injuriarem, lembreis que primeiro odiaram a mim.

Assim como um homem casado deve ser todo de sua esposa, o fiel que segue a nosso Senhor deve ser todo de Cristo, o coração do cristão para agradar a Deus de verdade tende a ser indiviso, foi assim o coração dos santos, e se os corações dos santos foram assim, o nosso também pode ser não existe impedimentos para nós também possamos dar a Deus um coração semelhante ao coração de Santo Antônio, por exemplo.

A vida cristã tende a ser uma vida de sacrifício, porque foi assim a vida de Nosso senhor, não queiramos nos enganar achando que nesta terra existe vida livre de sofrimentos, nosso Senhor não prometeu essa vida a ninguém, Ele nos promete sim, mas nos ajudar a carregar a nossa cruz.

Busquemos no, entanto, alimentar nossa vida espiritual com o pão vivo descido dos céus, Deus não nos abandona, busquemos no nosso compromisso fiel com Nosso Senhor por meio de sua Santa Igreja, manifesta nossa gratidão por tudo que Deus realiza em nossas vidas.

Ser cristão comprometido é colocar Cristo em primeiro lugar na nossa vida, uma vida de cristão sem Cristo no centro, é uma enganação, não queiramos brincar de ser cristão. Nosso Senhor é sério conosco, sejamos também com Ele e com certeza a nossa felicidade será completa.



Não sejas como quem diz uma coisa e faz outra

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Somos todos fracos, confesso, mas o Senhor Deus nos entregou meios com que, se quisermos, poderemos ser fortalecidos com facilidade. Tal sacerdote desejaria possuir uma vida íntegra, que dele exigida, ser continente e ter um comportamento angélico, como convém, mas não se resolve a empregar estes meios: jejuar, orar, fugir das más conversas e de nocivas e perigosas familiaridades.

Queixa-se de que, ao entrar no coro para a salmodia, ao dirigir-se para celebrar a missa, logo mil pensamentos lhe assaltam a mente e o distraem de Deus. Mas, antes de ir ao coro ou a missa, que fez na sacristia, como se preparou, que meios escolheu e empregou para fixar a atenção?

Queres que te ensine a caminhar de virtude em virtude e como seres mais atento ao ofício, ficando assim teu louvor mais aceito de Deus? Escuta o que te digo. Se ao menos uma fagulha de amor divino já se acendeu em ti, não a mostres logo, não a exponhas ao vento! Mantém encoberta a lâmpada, para não se esfriar e perder o calor, isto é. Foge, tanto quanto possível, das distrações; fica recolhido junto de Deus, evita as conversas vãs.

Tua missão é pregar e ensinar? Estuda e entrega-te ao necessário para bem exerces cura de almas? Não negligencies por isso o cuidado de ti mesmo, nem dês com tanta liberalidade aos outros que nada sobre para ti. Com efeito, é preciso te lembrares das almas que diriges, sem que isto te faça esquecer da tua.

Entendei, irmãos, nada mais necessário aos eclesiásticos do que a oração mental que precede, acompanha e segue todos os novos atos: Salmodiarei, diz o profeta, e entenderei, (Sl 100,1). Se administras os sacramentos, ó irmão, medita no que fazes; se celebras a Missa, medita no que ofereces; se salmodias no coro, medita a quem e no que falas; se diriges as almas, medita no sangue que lavou e, assim, tudo o que é vosso se faça na caridade (1Cor 16, 14). Deste modo, as dificuldades que encontramos todos os dias, inúmeras e necessárias (para isto estamos aqui), serão vencidas com facilidade. Teremos, assim, a força de gerar Cristo em nós e nos outros.

São Carlos Borromeu



Cuidado com o apego demasiado

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Saber dá o devido lugar as coisas na nossa vida é um grande aprendizado, e nos conduz ao crescimento espiritual e humano. A nossa vida é feita de afetos. Há quem diga que esse, ou aquele, é carente, como sabemos, na verdade todos nós seres humanos somos carentes, não existe um homem sequer neste mundo que não seja carente, e por que não há? Não há, porque todos nós fomos feitos para o amor, para os afetos, ninguém foi feito para o ódio. O amor é a força que nos impulsiona a levar amor por todos os lados, porque Deus é o amor.

No entanto, não podemos confundir amor, com apego demasiado, nem às coisas, e, muito menos as pessoas. Esse mal acompanha muitas pessoas nesta sociedade hodierna, e isso vem causando um grande prejuízo as relações humanas. Há quem pense que muito apego é muito amor, não é.

O apego demasiado é prejudicial primeiro a alma, e depois ao corpo, pois, uma pessoa que se deixa apegar demasiadamente às pessoas, correm o risco de tirar o lugar de Deus de suas vidas e dedicar o espaço àquela pessoa "querida", causando grave prejuízo a alma de quem o faz.

Falar sobre o mal do apego demasiado, não significa que se prega o total desprezo das pessoas e nem dos familiares, muito pelo contrário dá o verdadeiro sentido aos afetos aos amigos e familiares é caminho certo para reajustar os afetos, afetos esses que são constantemente contaminados pelos erros espalhados pela sociedade contemporânea, essa mesma sociedade que nos leva a buscar no prazer a cura dos afetos.

Em primeiro lugar os afetos não são uma doença para que precise ser curado, e, em segundo lugar, também não é a sociedade quem deve nos ensinar os caminhos a percorrer na solução dos nossos problemas, mas, a nossa madura compreensão do que vem a ser aqueles sentimentos que nos assaltam, muitas vezes estimulados por nós mesmos.

Portanto, os desafios de curar os apegos demasiados devem começar desde a família e se estender aos amigos. Uma mãe ou um pai que não se previne contra isso, pode sofrer muito na perda, por exemplo, de um ente querido, ele ou ela, precisa entender que isso mais cedo ou mais tarde vai acontecer, e quando chegar o dia, o acaso os encontre preparados.

Um marido deve ter em mente que, nem sua mulher e nem os seus filhos, podem ocupar o lugar de Deus em nossas vidas, Nosso Senhor disse: quem ama mais a seu pai ou a sua mãe que a mim, não é digno de mim. (Mt 10, 37). Então o que significa não ter apego demasiado? Significa que nós amamos às pessoas, mas temos plena consciência de que um dia ela pode nos faltar, se esta consciência nos acompanha, significa que mais facilmente vamos aceitar a vontade de Deus, caso venhamos a perder nosso parente ou amigo.

O casamento católico é indissolúvel, mas, infelizmente pode acontecer que um homem casado, ou uma mulher casada um dia venha a desistir de viver juntos por algum motivo, não desejamos isso a ninguém, mas se caso venha a acontecer, as partes envolvidas precisam saber como lidar com essa situação, não se pode agora uma das partes parar de viver por causa desta lástima, mas é preciso reencontrar o meio de continuar dedicando a Deus a sua vida.

Os afetos sempre vão existir, eles precisam ser canalizados, para uma melhor vivência da nossa carência, pois voltando a esse tema, carência só não tem quem já morreu.

O exercício de colocar Deus no centro de nossas vidas, nos ajuda a vencer o apego demasiado, e a ter a plena certeza que a nossa felicidade não é dada pelos homens, mas por Deus.

Quem sofre de apego demasiado às pessoas ou às coisas, pode até, fazer com que uma pessoa sofra mais que o necessário, por exemplo no caso de um doente terminal, que está prestes a morrer e nós com o nosso apego, "seguramos" a pessoa fazendo-a sofrer ainda mais.



Julgar ou orientar

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Nos tempos modernos virou moda às pessoas apegadas aos seus erros acusar quem queira ajudar a corrigi-los de está "me julgando". Boa parte dessas pessoas não tem o pleno conhecimento do que vem a ser um julgamento, e falam somente num tom de vitimismo.

A obrigação de quem tem o conhecimento da verdade é passar para frente, as pessoas que estão em erro. Aquele que por ventura perceber que, por exemplo, um católico que diz que não confessa com um padre, mas que confessa diretamente com Deus, o católico convicto de sua fé, tem obrigação de fazer o outro entender que isso é mentalidade protestante e não católica, e, portanto, quem pensa assim precisa se converter.

Outro exemplo, se um católico pensa que não existe nada de mais passar a mão no ostensório na hora que o padre passa com o santíssimo sacramento, também é obrigação de quem sabe, informar ao que pensa assim, que isso é um sacrilégio, pare para pensar, se o sacerdote que consagra o corpo e sangue de Cristo, não pode pegar o ostensório diretamente com as mãos, como é que o leigo pode? Será que alguém tem alguma noção de lógica?

Pois é, a barreira que encontramos quando tentamos ajudar nossos irmãos na fé é a acusação de que estamos julgando, e dizem só Deus pode me julgar, ou seja, para não ser acusados de julgadores, devemos deixar a pessoa no erro.

Uma coisa que precisa está sempre nas nossas mentes é o seguinte, quando ensinamos uma coisa, não significa que somos perfeitos, pois perfeito é só Deus, mas quando ensinamos uma coisa, estamos exercendo nossa obrigação, ninguém aprende as coisas para guardar para si.

O desejo de orientar uma pessoa numa questão, sobretudo numa questão de fé, é também um ato de misericórdia, pois desejamos que o erro seja corrigido, como por exemplo, uma pessoa conseguiu conscientizar a uma catequista de que não se deve fazer coreografias dentro das missas, pois a Santa Missa não é um espetáculo, não é um teatro, não é um divertimento, mas é o Sacrifício de Cristo Jesus. Ao conseguir este feito, aquela pessoa teve dois ganhos, um que a catequista conseguiu perceber que aquilo não condiz com a santa Missa, e outro que ela não vai mais levar os catequisandos a realizar aquele ato inadequado na Santa Missa.

Se a vida do católico não consistir em orientar a vida dos outros e a dele mesmo, ela será uma vida inútil. Do que adianta sabermos alguma coisa e não colocarmos em prática, o que adianta você saber ler, se você não ensina uma pessoa que não sabe e deseja aprender?

Se nossa vida não for colocada a serviço dos irmãos nos vários aspectos, ela não é digna de ser vivida. Deus espera isso de nós, não decepcionemos a Deus. Sempre que possível mostre as pessoas que julgar e orientar não é mesma coisa.

Orientar as pessoas no caminho está na linha do amor e da justiça. Só quem está aberto às inspirações de Deus consegue perceber isso. Nosso Senhor Jesus Cristo veio até nós para nos orientar para Deus, Ele orientou até o extremo dando sua própria vida por cada um de nós, devemos fazer o mínimo por Ele, levando as pessoas a enxergarem nEle o nosso salvador.

Para termos forças para enfrentar todo tipo de vitimismos no momento em que tentamos mostrar a uma pessoa que o jeito de pensar dela está errado (se de fato estiver), precisamos nos alimentar nas fontes da oração, pode parecer que bato muitas vezes nesta mesma tecla, mais é isso mesmo, não deixemos a oração pessoal de lado, e assim vamos conseguir instrumentos necessários para poder levar a frente nosso intento.

A profunda inclinação para a vida de oração também é uma orientação para nossos irmãos, muitas vezes nosso rezar, leva outras pessoas a rezarem também, ao passo que nosso mau testemunho também pode levar muitas pessoas a enveredarem no caminho do erro, nunca caminhe só, peça o auxílio da santíssima Virgem Maria.



O perigo do vazio espiritual

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Existe um perigo constante na vida espiritual, e que muitas vezes não nos damos conta desse perigo, é o perigo de entrar num vazio espiritual, esse mal pode vir, mas precisamos nos preparar para vencer com as armas da fé.

Uma coisa nunca pode se apagar na nossa consciência, é saber que nós somos fracos, e, se somos fracos devemos nos armar com as armas da fé para lutar em defesa de uma vida espiritual cheia de Deus, para que assim nós possamos transmitir Deus para os outros.

Nós temos todos os meios possíveis para lutar contra o vazio espiritual, são eles, a leitura espiritual contínua, a Igreja nos oferece muito material para isso, os santos são uma benção de Deus na vida do católico, os católicos precisam descobrir este tesouro da espiritualidade cristã, tesouro este que serve para a edificação de nossa alma. Nós podemos fazer uso de materiais que outros santos também fizeram, como por exemplo, a Imitação de Cristo, Santa Teresinha e Santa Teresa beberam dessa espiritualidade e sabemos que serviram para elas, será que não serve para nós? Pense nisso.

Outro meio muito eficaz de combate espiritual, rezar o terço em latim, as orações em latim são um flagelo para o satanás, procure aprender a rezar o terço em latim, e reze todos os dias. Se possível aprenda a rezar o ofício da Imaculada Conceição também em latim.

Na busca da vida santa temos que sempre nos considerar iniciantes, sempre muito iniciantes, isso significa que temos um longo caminho a percorrer, assim vamos ganhando forças para construir um edifício espiritual bem alicerçado para que o Bem Amado possa habitar em nós.

Nosso Senhor Jesus Cristo sendo Deus estava sempre em oração, será que não devíamos imitar Cristo? Se Ele é o caminho do Pai, nos dediquemos a buscar intensamente seu pastoreio, que Ele seja sempre o norte de nossas vidas, pois sem Ele nada podemos fazer.

Nossa Senhora é outra ponte que nos leva ao seu Divino Filho nos apoiemos na gloriosa intercessão de Maria Santíssima para podermos agradar a Deus, lembrando sempre que Deus não nos pede nada impossível, o impossível é Ele mesmo quem realiza, a nós é pedido àquilo que podemos fazer, pense bem nisso.

O conhecimento da verdade nos faz fugir da mentira, o amor à verdade nos faz odiar a mentira, sabemos que a mentira não vem de Deus e que Nosso Senhor Jesus Cristo é a Verdade do Pai, portanto, peçamos insistentemente a Cristo Jesus que nos ajude a vencer o pecado da mentira, para progredirmos no combate espiritual.

Nossa vida cristã deve ser cumulada de Deus, para transmitirmos Deus para todos que se encontrarem conosco. Quando Deus é o princípio na nossa vida, as coisas começam a deslanchar, procuremos dá o leme da nossa vida a Cristo deixe que Ele conduza sua vida, assim você descobrirá que Deus realmente tem o melhor para a sua vida, e assim você também vai procurar dá o melhor de si aos outros.

Nós não temos motivos para ter medo do satanás ele é que tem que ter medo de nós, pois nós temos nada mais, nada menos que Deus ao nosso favor, ou seja, a luta do inimigo contra nós é inútil, porém isso não significa que nós não precisamos lutar, é preciso lutar sempre contra o pecado, raiz do problema do vazio espiritual.

Todos os dias renovemos nossa adesão a Deus por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, pedindo a Ele que tome todos os espaços do nosso ser, e que Ele seja o Rei de nossas vidas, nos submetamos ao Rei dos reis e Senhor dos senhores, e Ele saberá nos conduzir aos prados eternos.

A vida de oração não deve ser encarada como uma perda de tempo, a vida de oração é o progresso na intimidade com Deus. Busquemos sempre nossa conversão completa, busquemos preparar nosso coração para uma habitação para Deus, nosso coração nunca será uma digna habitação como foi o da santíssima virgem, mas isso não deve nos impedir de fazer sempre uma faxina espiritual, para que Deus seja bem acomodado no intimo dos nossos corações.

Arregacemos as mangas, busquemos as armas espirituais para que Deus nos ajude a lutar contra as forças do mal, e que são Miguel Arcanjo príncipe da milícia celeste nos ajude a vencer o mal, a pisar na cabeça da serpente infernal juntamente com Maria Santíssima a mãe do Senhor.



Em defesa da família

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

A sociedade, como todas as coisas que partilham da Existência, são causadas, possuem um princípio criador, uma célula mater. A família, enquanto instituição primeira dos homens, é o fator potencial de gerar uma boa ou má sociedade. Tal como numa construção uma fundação mal calculada faz o prédio ruir, uma família mal estruturada faz uma sociedade valetudinária. Não precisa se ter dois olhos para constatar que nossa sociedade não está boa. Qual será, então, sua solução? Logicamente a resposta será a valorização e proteção da família.

A família não é, e nunca será uma instituição falida, ao contrário do que defende os detratores desse organismo vital da sociedade. O homem honesto intelectualmente jamais compactuará com as "verdades" que defendem aqueles que pretendem destruir a família, os que defendem o fim dessa instituição, promovem um caos na mente das crianças que têm que aprender que devem enxergar numa união do mesmo sexo, a imagem que outrora era diferente, a maioria das pessoas tem pai e mãe, mas agora se pleiteiam a existência de uma família formada por dois homens, duas mulheres, ou quem sabe até um homem e uma árvore, por que não?

Longe de ser uma defesa da chamada "homofobia", a defesa da família tradicional se constitui na luta pela sobrevivência do gênero humano e a perpetuação do projeto de Deus. Os que defendem que um casal de homens deve ter o status de família precisam entender que a defesa da família tradicional não significa que eles não têm o direito de viver em suas casas do jeito que quiserem, mas que eles não podem impor ao mundo um novo "modelo" de família, mas eles podem responder dizendo que a nossa pretensão é descabida, querer ser o modelo de família, e a resposta a isso é, nós não pretendemos ser o modelo por excelência, nós o somos, pois Deus assim o quis.

A família é o maior patrimônio de Deus, pois o homem é a obra prima do Criador, Deus quer que os homens cresçam e submetam a Terra, mas, como isso será possível se a militância LGBT insiste em impor um "modelo" de família que é o de não reprodução? Isso significa que a humanidade está ameaçada, daí eles acusam os defensores do modelo tradicional de família de neurose, pois eles acreditam que nós pensamos que as pessoas serão obrigadas a serem homossexuais, é claro que não se trata disso, mas, que o ensino da ideologia de gênero nas escolas, sobretudo nas primárias, constitui numa incitação do método deles, que resultará na proliferação de novos casais do mesmo sexo, isso não é neurose, mas, lógica. Crianças são influenciáveis, e as escolas são como uma extensão da formação familiar.

Enfim, a defesa da família proposta pela Igreja é a defesa do projeto de Deus, pois a Igreja sendo Religião de Deus defende seus interesses, nada mais natural que os integrantes de uma instituição defendam os interesses do seu fundador, mas os ideólogos podem dizer: E nós, não temos o direito de defender nossos "direitos"? E responderemos que sim, mas, defender direitos, não significa impor-se à maioria. O direito que defendemos é o de preservação da família, o direito de que nossas crianças sejam criadas como sempre foram, e quando forem adultas decidam o que querem na vida, mas não que sejam doutrinadas numa nova visão de família.

A doutrinação de ideologia as crianças se constitui uma forte agressão aos direitos das crianças, pois elas têm o direito de viver e crescer como todas as outras crianças de outrora, negar isso é matar a infância das crianças e obriga-las a serem adultas, não pode existir coisa pior para uma criança, lhe ser negado o direito de ser criança.

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Dedicados a Liturgia

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

A liturgia é a vida da Igreja. O cume da vida cristã católica é a celebração do culto Divino, onde o Senhor nos dá seu corpo e seu sangue como alimento de nossas almas. Celebrar a sagrada liturgia é entrar em comunhão com Deus, por essa razão se faz necessário viver intensamente e solenemente este encontro.

Para que a liturgia seja bem celebrada, ela não precisa de nada além do que está prescrito no Missal Romano. Muitas vezes os leigos que ajudam nas paróquias pensam em muitas coisas que, acreditam ser bons elementos para "incrementar" a liturgia, mas isso é uma perda de tempo, a liturgia não é capenga, ela não precisa ser aprimorada para ficar melhor, ela apenas precisa ser respeitada. Por isso, se faz necessário algumas orientações acerca da liturgia. Primeiro não se deve usar tecidos coloridos para enfeitar o ambiente, as cores litúrgicas devem apenas aparecer nos paramentos dos sacerdotes, em segundo lugar, não se deve colocar cartazes no ambão da palavra, o ambão deve ser ornado com um tecido ou até mesmo nu. Também não se devem preparar símbolos no chão, Igreja não é terreiro de candomblé para colocar coisas no chão na hora da Santa Missa.

Evitar ornar a igreja com balões de aniversário, mesmo que o aniversário seja de Jesus, nosso Senhor, também é salutar evitar bater parabéns para alguém que faz aniversário dentro da missa, se quiser pode fazê-lo depois da bênção final, pois os parabéns para você, não faz parte do rito da Santa Missa.

Olhando assim, podemos achar que são muitas prescrições para desenvolver na Santa Missa, e até, podemos achar que é difícil, não é não, para isso existe o Missal Romano, siga o que ele diz, as letras pretas são as palavras que devem ser ditas, as vermelhas os gestos que devem ser feitos, fácil assim, basta saber ler e tudo vai sair direitinho.

Mas por que o padre não pode usar da criatividade? Porque a missa não é do padre, mas de Nosso Senhor, se o padre quiser usar criatividade, use-a na casa paroquial, na hora do almoço por exemplo, deixe de usar a mesa e use o chão como mesa, coloque a comida num papel ao invés do prato, jogue o suco no chão, ao invés do copo, lá ele pode fazer tudo isso, já que é amante das criatividades, mas na Santa Missa não.

Quem deve aparecer na Santa Missa, é o Cristo, e não o padre e nem os que ajudam na liturgia, por isso se você tem dotes de teatro se escreva numa escola de teatro, igreja não é palco para shows. Nossa! Mas isso parece muito duro, não? Não. E por que não? Porque ninguém está dizendo que você tem que enterrar seus talentos e não os desenvolvê-los, só está se dizendo que a igreja não é lugar para isso.

Não é muito difícil celebrar bem a liturgia como alguns pensam, basta ter boa vontade e humildade para compreender que o autor da liturgia não somos nós, mas Deus, é preciso deixar que Deus tome as rédeas da liturgia e que o padre cumpra seu papel de padre, para que tudo corra na mais perfeita harmonia.

Existem outras coisas que precisam ser observadas para que a liturgia seja bem celebrada, se trata dos cânticos nela executados. Lembrem-se sempre os cantos na liturgia servem para nos ajudar a compreender o mistério celebrado, portanto, não se pode cantar um canto que nada tem a ver com o que está sendo celebrado. Por exemplo, não se pode cantar canto de louvor no lugar de canto de entrada, por dois motivos, primeiro porque o canto de louvor já está dizendo para qual finalidade ele está sendo executado, e a missa não é louvor, mas Sacrifício. Segundo, porque o canto de entrada deve introduzir na celebração.

Se a liturgia do dia fala, por exemplo, da pregação de João Batista, convidando a conversão, não tem porque se executar um canto que fala sobre a descida do Espirito Santo. Outra coisa importante atentar, é que não basta o canto ser "bonito" para que ele sirva para missa, assim como não é concebível músicas protestantes serem executas nas missas.

Não basta falar de Deus, para ser um bom canto, a música não pode ter erros teológicos ou trampolim para heresia. A Santa Missa não é um laboratório de se testar músicas, a santa Missa é o lugar de nos encontrarmos com Deus. E nesse encontro desenvolver quatro finalidades inerentes a Santa Missa, a saber: Adorar a Deus, Pedir a Deus, Agradecer a Deus e louvar a Deus.

Na Santa Missa não precisa de comentário inicial e nem das leituras, basta que se toque um sino todos se levantam e o canto se começa a entoar, enquanto o sacerdote entra para celebrar o augusto sacrifício de Nosso Senhor.

Não se precisa fazer na Santa Missa entrada da bíblia, pois se entrar a bíblia isso quer dizer que o Lecionário no ambão com a Palavra de Deus não quer dizer nada. Na procissão do ofertório não deve se levar o cálice, mas somente a patena com a hóstia e o vinho, pois não se oferta ao Senhor o cálice, pois o cálice já fora ofertado ao Senhor no dia que foi consagrado pelo bispo.

Uma liturgia bem celebrada é um serviço à evangelização, disse certa feita o papa emérito Bento XVI.

E para terminar, mais dois pequenos esclarecimentos, não se põe flores encima do altar e não se coloca imagem na frente do altar. A frente do altar deve estar sempre livre, no máximo, se coloque um arranjo de flores no chão em defronte do altar.



Frutos do Protestantismo

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Muito se fala do protestantismo, mas muito pouco se fala dos frutos que essa corrente herética do cristianismo produz na alma dos fiéis. É justamente desses ales que pretendo discorrer nas próximas linhas.

Em primeiro lugar é preciso dizer que o protestantismo se constitui uma grave agressão a Deus, por se tratar de uma corrente que surgiu no cristianismo original (o catolicismo) e que durante 500 anos provocou uma grande desgraça na vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

Os países que se entregaram as heresias protestantes tiveram como futuro o ateísmo, países que antes gozavam de grandes favores divinos, foram entregues a ignomínia, a Suécia, por exemplo, antes de seguir as heresias de Lutero era um país católico e quase toda a população cria em Deus, depois que apostataram aos poucos os católicos que viraram protestantes começara a definhar, e grande parte deles se tornaram ateus, tornando a Suécia o maior país ateu do mundo, com uma percentagem de mais de 40 % em todos os continentes a percentagem de ateus não passam de 12 % onde tem um grande crescimento, mas a Suécia supera qualquer país do mundo.

Segundo pesquisas extraoficiais no Brasil o islamismo cresce com a "conversão" dos protestantes, isso significa que a "doutrina" de Lutero é um forte meio de levar as almas à perdição, rezemos para que muitos protestantes se convertam a verdadeira religião para que Deus possa nos cumular de bênçãos em todos os sentidos.

Mas continuando a análise dos "frutos" do protestantismo, não tem precedente, o número de famílias destruídas por causa dos protestantes que ao se "converterem" causam grande divisão no seio da família, aquele filho que antes amava a sua mãe, agora a chama de ímpia, e ainda diz que ela vai para o inferno por não deixar de ser católica, existem protestantes que deixam de se relacionar com os parentes só pelo fato deles continuarem católicos.

Também é infinita a lista das pessoas que ficaram loucas por abraçarem o ideal protestante, pois tudo que não vem de Deus leva a loucura, e com o protestantismo não é diferente, nos anos 40 foi feito um estudo que revelou que o espiritismo era a causa de muitos brasileiros irem à loucura, mas com o advento do protestantismo, o responsável pela loucura de muitos brasileiros passou a ser a "doutrina" de Lutero.

A verdade é que nenhum homem tem o direito de corrigir uma obra de Deus, e todo aquele se presta a isso ganha à ignomínia por prêmio, foi o que Lutero ganhou por achar que ele estava acima da Igreja fundada por Nosso Senhor. Assim como acontece com as pessoas que acham que estão acima de Deus e se acham no direito de definir o gênero humano, dizendo que ninguém nasce homem ou mulher, mas que a sociedade é quem vai formá-lo. Isso é mais que prepotência, um simples mortal querer está acima do criador do céu e da terra, e dizer que aquilo que nasce é apenas um bolo de carne nem identidade definida.

Também beira à loucura uma mulher acreditar que tem o poder sobre a vida, só porque a criança está dentro de seu ventre, a vida pertence a Deus e ninguém pode dizer o contrário, pois não foi um homem que criou o ser humano, mas Deus que é o autor da vida, e, portanto, somente Ele tem poder sobre ela.

Todas essas loucuras advém do protestantismo, pois se analisarmos é no protestantismo que nascem as piores práticas da humanidade, vejamos aqui algumas, os primeiros casamentos entre pessoas do mesmo sexo aconteceu no protestantismo, o "direito" de abortar é amparado pelos protestantes, o "direito" de mulher ser "pastora" é empreendido pelos protestantes, a disseminação da divisão é do protestantismo, e aqui não falo apenas da primeira divisão, que ele fizeram no catolicismo, mas das milhares de divisões entre eles mesmos, lembrando sempre que quem divide é o satanás, as inúmeras desobediência a Sagrada Escritura quem empreende são os protestantes e a deturpação da Sagrada Escritura, e se eu continuar falando dos frutos do protestantismo teremos que fundar uma faculdade só com esse objetivo, pois artigo nenhum desse mundo cabem todos os erros protestantes.



A Única Chance

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

A vida que nós temos para ser vivida aqui na terra é a única chance que temos para preparar nossa vida eterna. Não existe outra possibilidade de voltarmos e corrigir o que não foi certo durante nossa estadia neste mundo. A pessoa que se diz católica e acredita que existe a possibilidade de reencarnação, é um pobre coitado, e pior do que isso é um miserável que despreza o sacrifício de Nosso Senhor para nos salvar.

Nós temos uma vida toda para demonstrar nosso agradecimento a Deus por nos ter criado e a Nosso Senhor Jesus cristo nos ter resgatado do poder da morte, é inconcebível que um dito católico viva como se a salvação comprada com o sangue precioso é uma coisa qualquer, é uma sandice um católico achar que reencarnação é o mesmo que ressurreição, nosso Senhor, encarnou, o que isso significa que Ele ganhou carne, se tornou um de nós em tudo exceto no pecado, a encarnação do verbo nada tem a ver com a reencarnação que os espíritas acreditam, pois aquilo nada mais é que loucura.

Uma vez que o Filho de Deus feito homem morreu na cruz por nossa salvação, a nós só uma coisa pode ser pedida, doarmos a nossa vida a Deus, e isso se faz aqui na terra, nossa vida aqui deve ser vivida numa eterna preparação para o céu, não haverá outra chance de voltar aqui para corrigirmos nossos erros, a oportunidade é única, por isso, precisamos valorizar essa oportunidade e quem sabe até fazer com que todos que ainda não tomaram consciência dessa realidade, "caia na real", como dizem os jovens, pois, do contrário, depois nada poderá ser feito.

O livro do Eclesiástico nos diz, louva a Deus enquanto há vida, pois depois o louvor terminou, não terá mais outra forma de manifestar a Deus nosso amor e gratidão por Ele nos ter salvos, o momento oportuno é agora, como diz um ditado, não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje.

O grande erro que os homens cometem é de não saber valorizar o agora, ficam pensando no futuro sem viver o presente, aproveitem que agora você está ciente do amor de Deus, e procure manifestar com a vida sua gratidão, pois, pode ser que você venha a perder os sentidos e não poderá mais manifestar seu amor a Deus.

Liberte-se de pensamentos que nada parecem com o modo de pensar dos cristãos, Cristo não é um espírito elevado, é Deus, Ele é a razão da elevação do espírito, se o nosso espírito sobe para Deus, é por causa do dom de Cristo de nos fazer participantes da sua vida divina, portanto, Cristo teve nossa carne, se encarnou pelo Espírito Santo no seio de Maria Santíssima, como nos diz o credo nicenoconstantinopolitano.

Um cristão que acredita em reencarnação resga o Santo Evangelho, mais que isso, rasga o corpo de Cristo Jesus, não merece ostentar o nome de cristão, pois o cristão é chamado a ser outro Cristo. Como seremos outro Cristo se não estivermos cheios dos sentimentos de Cristo? Como nos diz a carta aos filipenses (Fl 2,5). Se não tivermos a compreensão do que significa o sacrifício de cristo por nós, vamos claudicar e não vamos nos manter de pé, seja Cristo a nossa razão de viver, para que assim nós possamos de fato demonstrar com a vida o que Cristo fez por nós.

Que o nosso entendimento seja permeado pela luz maravilhosa de Nosso Senhor, assim seremos luz para este mundo que está em trevas, e assim vamos dissipar as trevas do mundo com o nosso entendimento, que não trás nossos gostos, mas o gosto de Cristo somos chamados a dar um novo sabor a este mundo, e o sabor não pode ser o outro que o sabor de Deus.

A todos os homens é dada uma única oportunidade de viver nesta terra e aqui preparar a vida futura, se aqui não queremos viver com Deus em nossas vidas, na vida futura será a mesma coisa, sendo assim, se não procurarmos a Deus agora, depois de morto também não vamos procurar, porque não será mais possível.

Portanto, é nesta vida que de acordo com a nossa conduta com Deus preparamos nossa vida futura, se aqui foi com Deus lá também será.




A Função da Pregação

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

É parte integrante da Santa Missa o ofício sagrado da pregação, que antigamente chamava-se sermão, em alusão aos sermões de Nosso Senhor Jesus Cristo. Neste momento o sacerdote ou o diácono deve proferir palavras de exortação à prática da doutrina Católica na vida dos fiéis. Mas antes dos fiéis, a pregação deve falar primeiramente ao próprio pregador.

No entanto, durante a pregação do Evangelho o sacerdote deve ater-se ao objetivo da pregação, nela não se busca pela oratória impressionar os fiéis, mas leva-los ao progresso espiritual, e para isso muitas vezes se deve fazer o uso de palavras que podem ser consideradas duras, mas nada de novidades, a Nosso Senhor Jesus Cristo também reclamaram, essas palavras são muito duras, portanto, não será a primeira vez que isso acontece na história e nem tão pouco será a última.

A sagrada função da pregação que na Igreja é restrita aos clérigos, realiza a continuação da missão de nosso Redentor, Ele mesmo pregou aos discípulos e ao povo, não delegou essa função a outros, mas instituiu os apóstolos para continuar sua obra redentora no transcorrer dos séculos.

Não obstante, a missão deixada pelo divino fundador, muitos sacerdotes cometem o erro de passar a missão de exortar os fiéis a outrem, sem justa causa e muito menos anuência do ordinário local, (o bispo), por isso se multiplicam os abusos cometidos dentro da liturgia, quando qualquer pessoa (qualquer, aqui não significa que se diminuam as pessoas, mas para salientar que não foram instituídas para tal), é chamada para proferir a homilia no lugar do presidente da celebração.

É na sagrada função da pregação, que o responsável por aquelas almas deve instruir com exemplos salutares o progresso daquelas almas a ele confiadas. Não se pode usar o espaço da pregação para se mandar indiretas, mas para desenvolver uma catequese que leve o maior número de almas a perceberem os erros doutrinais e morais que precisam ser corrigidos, quando o sacerdote consegue corrigir as almas, promove festa no céu.

Por meio da pregação, Deus pode falar a seu povo, colocando na boca do pregador as palavras que devem ser dirigidas aquela assembleia dos fiéis, sendo assim, o pregador deve pedir sempre em suas orações o auxílio do Divino Espírito Santo para que naquela pregação seja dito o que Deus quer e não o desejo pessoal do padre.

A homilia não é parte integrante do sacrifício, por essa razão durante a mesma no rito antigo o sacerdote tira a casula e fica só com a alva e estola, pois naquele momento o sacerdote não vai proferir palavras que já estavam previstas no missal, mas fará uso da oratória mediante um estudo da sagrada escritura e tendo pedido o auxílio divino para poder instruir ao povo, não segundo suas vontades, mas segundo a vontade de Deus.

Convém ao fiel, acompanhar com atenção a pregação, pois pode ser que naquele dia Deus pode fazer com que ele tenha uma luz a respeito de algo que antes estava incompreensivo para ele. Não necessariamente vai acontecer que a pessoa vai ter um estalo e de uma hora para outra compreenderá tudo, mas pode ser que Deus use de seu ministro para fazer conhecer melhor a sua santa vontade em nossas vidas.

O amor a Sagrada Escritura deve ser a luz buscada pelo sacerdote para poder proferir palavras sábias aos ouvidos dos fiéis, deve-se sempre está atento que a nossa vontade não pode nunca se sobrepor a vontade de Deus.

Devemos ficar também atentos quanto ao conteúdo da pregação, a pregação não consiste na repetição de tudo o que foi lido momentos antes do início da pregação, mas a exposição do evangelho por meio de interpretação a luz da Verdade, para que melhor seja compreendido pelos fiéis que participam do santo sacrifício de Nosso Senhor.

Ao não compreender algo que foi lido no santo evangelho, e, ou, na pregação, não se deve se desesperar, mas buscar meditar no coração a exemplo da santíssima virgem Maria, para que no momento de Deus, nós possamos colher os frutos da palavra semeada nos nossos corações e assim vamos nos alimentar de tal forma com a Palavra de Deus, que nossas palavras se confundam com a Palavra divina.

Portanto, nunca pensemos que a pregação seja a parte mais importante da santa Missa, nem sempre os sacerdotes são bons pregadores, tiro por mim mesmo, se o povo dependesse de minhas homilias para progredir espiritualmente, estariam realmente perdidos.



Combate Espiritual

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

O desejo de ser de Deus deve nos impulsionar para fazermos as mudanças necessárias para o bem de nossa alma, pois ela deve se adequar as orientações de Deus, ela veio de Deus e deve voltar para Deus, sendo assim o desejo de amar a Cristo nos impele a oferecer um coração semelhante ao dEle, sem mancha do pecado.

Manter a vida espiritual no ritmo certo é uma verdadeira luta, mas nada que não tenhamos a capacidade de realizar. Tudo se consegue com o emprego da perseverança no intento almejado.

A vida espiritual é algo muito importante na construção da vida santa, buscar Jesus de verdade, é lutar para que o nosso interior esteja numa constante "reforma" dos costumes, é preciso buscar a conversão dos costumes para obter o progresso espiritual desejado na nossa alma.

Quando realmente estamos decididos a mudar nossa vida para melhor, normalmente nos empenhamos em realizar mudanças que acreditamos serem necessárias para o nosso crescimento, não se pode considerar um penitente em busca de mudança de vida se ele nada faz para alcançar esse progresso.

Quem deseja ter sua vida unida a Cristo Jesus tem a plena consciência de que é fraco, mas essa consciência não é aquela que muitos pensam, eu sou fraco e Deus sabe disso, ele me entende, não essa compreensão é o satanás que quer nos impor. A verdadeira consciência de que somos fracos, nos leva a buscar a fortaleza, quando temos consciência de que somos fracos, fugimos das ocasiões que podem nos levar a pecar.

Na carta de são Paulo aos coríntios, quando ele nos diz: Por isto, me comprazo nas fraquezas, nos opróbrios, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por causa de Cristo. Pois, quando sou fraco, então é que sou forte. (2 Cor 12, 10). Isso não significa que são Paulo se apoia nas fraquezas, mas que é na fraqueza que entende que deve buscar a fortaleza em Cristo Jesus para suportar todas as tentações, tomando consciência do mal que o pecado causa nas nossas almas, nos fortalecemos para lutar contra ele.

Para que haja frutos no combate espiritual se faz necessário que o penitente se veja necessitado de forças para combater o pecado, tendo esta consciência ele vai prosseguir na busca dos instrumentos para vencer a carne. O combate espiritual será cada vez mais frutuoso, na medida em que o fiel intensifica sua vida de oração. Instrumento para nos ajudar nós temos muitos, o Ofício da Imaculada Conceição, por exemplo, é um forte aliado nesta busca interior, quem sabe rezar todos os dias essa oração. Outra forma muito eficaz e salutar é a reza do santo rosário, o que precisamos é tomar vergonha na cara e lutar pelo bem de nossa própria alma.

E depois de conseguir alcançar os objetivos espirituais, não parar por aí e sair em busca de pessoas que também estejam precisando alcançar os mesmos objetivos. A vida espiritual precisa sempre de sérios cuidados, não podemos nunca achar que somos o suficientemente fortes, pois quando pensamos assim nossa queda se torna maior ainda.

Reconhecendo ser fracos, buscamos a força do alto para alimentar nossa alma. Não tenhamos medo de reconhecer que somos fracos e mais que fracos temos que ser covardes na luta contra o pecado, no sentido de fugir das ocasiões que possa nos levar ao erro.

A vida do católico deve ser consciente que neste mundo travamos um combate espiritual, e o nosso combate não é contra pessoas, mas sim contra o espirito do mal que tenta nos arrastar para os infernos, mas temos os instrumentos necessários para impedir a vitória dele, temos os sacramentos, temos nossa fé e isso basta para vencermos a batalha.



O Poder do Silêncio na Vida

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

O nosso dia-a-dia muitas vezes impõe um barulho infernal. Para quem sabe da importância do silêncio é muito difícil ter que conviver com quem não gosta de aproveitar esse tempo maravilho em que Deus nos fala por meio do silêncio.

O cultivo do silêncio é muito salutar para a vida espiritual, sabemos que é no silêncio que a voz de Deus se manifesta, por isso quem acredita que precisa buscar mais a Deus deve busca-lo no silêncio e na oração, numa visita ao santíssimo sacramento, por exemplo, momento especial para colher às maravilhas de Deus por nós.

Viver em silêncio nos dias de hoje é difícil, mas não é impossível, às vezes pensamos que o barulho faz a pessoa ficar mais "viva", mas não conseguimos entender que no silêncio podemos mergulhar no profundo do nosso ser e ali ter um encontro pessoal com Deus, sobretudo nos momentos que antecedem a comunhão eucarística e logo após, na verdade precisamos ser catequisados da importância da ação de graças pessoal de cada comungante na santa Missa, não basta receber a santíssima eucaristia, é necessário agradecer a Deus pelo direito que ele nos deu de poder receber o pão vivo descido dos céus.

Nossa Senhora a virgem do silêncio sabe bem que se não fosse à prática do silêncio na vida dela, ela não seria cumulada de tantas graças e favores divinos, incluindo aí a graça de gerar o próprio Filho de Deus, e salvador da humanidade. A mãe de nossa senhora tem um nome que significa graça, Ana. Pois bem a ela Deus deu outra graça, a de ser a mãe da cheia de graça, Maria Santíssima. Tudo isso por ser ouvinte atenta da Palavra de Deus e no cultivo do silêncio interior e exterior ter buscado Deus em sua vida.

Para poder compreender melhor a importância do silêncio na vida espiritual, se faz necessário realizar quem sabe um retiro de silêncio, só assim a pessoa que quer rezar e mais que rezar ouvir a voz de Deus, será saciado desse desejo, mas não saciada que não mais precisa cultivar o silêncio, é um saciar diferente, aquele que nos impulsiona a buscar ainda mais esse valor para as nossas vidas.

A palavra de Deus também constitui uma excelente fonte de silêncio, a leitura orante da sagrada Escritura nos leva a aprofundar nossa busca de Deus dentro do silêncio, ao buscar essa prática em nossas vidas, percebemos os frutos se realizarem no nosso dia-a-dia.

Maravilha fez conosco o Senhor, exaltemos de alegria. (Sl 125). Nossa resposta à bondade de Deus para conosco é buscar uma vida mais votada para Ele o possível, esse feito só vamos conseguir se a nossa intimidade com Ele for maior, a vida de silêncio e oração é um passo fundamental para obter isso.



A má interpretação

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Um dos grandes problemas da humanidade chama-se a má interpretação. Se as pessoas soubessem a importância da reflexão, não haveria muitos problemas de interpretação e as coisas seriam bem melhores.

A ausência de interpretação gera um número infinito de problemas para a sociedade. Muitos podem achar que isso não é em tudo um problema, mas o problema é bem maior do que possamos imaginar.

Por exemplo, logo no início de seu pontificado o papa Francisco decretou o fim do título de monsenhor para padres com idade inferior a sessenta e cinco anos. E aqui temos a primeira má interpretação do ato administrativo do Romano Pontífice, ou seja, o papa nunca disse que está extinto o título de monsenhor, mas que não dará mais a sacerdotes novos.

São muitos os erros de interpretação que temos no mundo, mas aqui queremos analisar especialmente os erros cometidos não pela Igreja, pois a Igreja não erra, mas pelos filhos da Igreja.

A vida cristã é a vida verdadeira, ou seja, aquela vida sonhada por Deus para nós, por isso ela deve ser uma vida primada na verdade, para que a verdade seja aquela bússola que nos indica o caminho a seguir Nosso Senhor Jesus Cristo!

Outro ato mal interpretado, o tão falado em dias hodiernos, é o ecumenismo. Mas, será que fizeram boa interpretação do documento Unitatis Redintegratio? Quem defende o ecumenismo com unhas e dentes com certeza não compreendeu direito ou não leu. Pois o documento conciliar diz o seguinte:

"Promover a restauração da unidade entre todos os cristãos é um dos principais propósitos do sagrado Concílio Ecumênico Vaticano II Pois Cristo Senhor fundou uma só e única Igreja"".[1]

[1] Documentos da Igreja. Documentos do Concílio Ecumênico

Vaticano II, pp. 215



A defesa à Santíssima Eucaristia

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O.Carm 

Ultimamente estamos vendo acontecer vários tipos de profanação nas igrejas católicas, especialmente contra o Santíssimo Sacramento e as imagens da Beatíssima Virgem Maria, em partes, podemos dizer que nós católicos temos culpa nisso, por vários motivos, vou elencar alguns. Primeiro não estamos dando o devido testemunho a respeito da Santíssima Eucaristia, muitas vezes se comunga com muitos anos sem confessar-se, depois se pega o Santíssimo Sacramento de qualquer jeito, dando a entender que as pessoas não sabem o que vem a ser aquele pão sagrado.

A defesa à santíssima Eucaristia não se dá com lutas e cruzadas, mas com a demonstração de amor ao Santíssimo Corpo de Cristo, Nosso Senhor é ultrajado pelos próprios "católicos" que não prestam quase nenhuma reverencia ao comungar.

As mulheres que se dizem devotas de Nossa Senhora, não demonstram isso com a vida, em raras exceções, mas se vestem como uma mulher qualquer e com essas roupas vão à Igreja e tomam parte no sacrifício de Nosso Senhor, veja bem, não se trata aqui de moralismo, como normalmente podemos ser acusados, mas da busca da modéstia, para nos assemelhar a Maria Santíssima, modelo de modéstia na Igreja.

Não se pode conceber um devoto da Santíssima Virgem, vivendo como se não a conhecessem, e muito menos um devoto da mãe de Deus relutar contra os atos de piedade a Jesus no Santíssimo Sacramento. Ou somos devotos da virgem Maria e buscamos imitar suas virtudes, ou não somos, pois ser devoto de um santo é o fato de levarmos em nossas carteiras e nossas bolsas a estampa da sua imagem, ou termos em casa sua imagem, mas ser devoto de um santo é antes de tudo imitar sua vida de santidade.

É de clamar aos céus um "fiel" achar que tem direito de receber a Eucaristia de qualquer jeito, pois, essa conduta só reforça aos inimigos da Igreja a tese de que a Santíssima Eucaristia não é Jesus, mas apenas um pedaço de pão. Ao agirmos desta forma estamos oferecendo um desserviço a Igreja, e atraímos os inimigos da salvação para promover profanações ao Santíssimo Sacramento e as sagradas imagens de Nossa Senhora e dos santos.

Será que nós nos importamos com o sacrilégio cometido contra o Santíssimo Sacramento promovido pela seita universal? Será que nos indignamos com a profanação feita contra partículas em uma exposição em Porto Alegre? Isso deve nos levar a pensar onde estão nossos sentimentos de amor e veneração as coisas sagradas da nossa fé.

Por isso, é urgente que nós católicos busquemos instruir nossos irmãos na fé, para que eles tomem conhecimento e mais que conhecimento, eles tomem consciência dos atos de impiedade que vem praticando, sobretudo na participação da santa Missa.

O amor a Deus será maior em nossas vidas a partir momento que redescobrirmos o altíssimo valor do Santíssimo Sacramento, caso contrário estaremos na Igreja como se fôssemos protestantes, pois é assim que eles veem a eucaristia. A nossa missão é árdua, precisamos reposicionar o lugar de Deus na nossa vida.

Busquem, no entanto, demonstrar o máximo possível à verdadeira postura que os fiéis devem ter na santa Missa, profundo silêncio e concentração, eliminar as palmas e o levantar de braços, pois a santa Missa, não é um show, mas lugar de sacrifício e recolhimento.

Na medida em que nós formos nos reeducando na fé, vamos afastar os maus costumes que em nada contribuem para a nossa vida espiritual, nossa relação íntima com Deus, agindo assim vamos alcançar o gozo do céu que nos vem pela participação na santa Missa e que Deus nos quer distribuir com largueza.

Recorramos a salutar reza do Rosário, oração predileta de Nossa Senhora, para poder vencer essa guerra contra o satanás que tem promovido repetida profanações ao Santíssimo Sacramento e as sagradas imagens. Não devemos nos preocupar com a demonstração de amor a Deus por meio de palavras, lembremos que um gesto fala mais que mil palavras, e rezemos pelos sacerdotes que não tem piedade com a Santíssima Eucaristia.

A luta contra o poder das trevas não vai começar, já começou, portanto, nos preparemos para lutar contra o mal, pois Deus conta com nosso empenho e amor para estabelecermos no mundo o amor a Deus e o triunfo do Imaculado Coração de Maria Santíssima, ela que pisa na cabeça da serpente, nos espera na defesa dos valores cristãos católicos.

Ninguém se sinta desanimado, Deus e Nossa Senhora estão ao nosso lado, e se Deus é por nós quem será contra nós? (Romanos, 8, 31-39). Avante com a Bem Aventurada Virgem Maria, ela que avança como a aurora, terrível como um exército em campo de batalha.

Apoiemo-nos em Deus para conseguirmos realizar nosso intento em defesa da fé e da verdade.



A Crise na Igreja

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

A chamada crise na Igreja é um tema muito extenso, queremos refletir um pouco só, abrindo os horizontes para aqueles que por ventura se interesse a aprofundar mais no assunto aqui discorrido.

Em primeiro lugar se faz necessário lembrar que a raiz de muitas dessas crises está dentro da própria Igreja, não como parte essencial da Igreja, mas como uma erva daninha um joio em meio ao trigo. São aquelas pessoas que estão obstinadas a destruir a Igreja de Cristo, e essas pessoas se transvestem de católicos, passam uma imagem de que são parte da Igreja, mas na verdade são os verdadeiros inimigos da Igreja.

Demos nomes aos bois, quem são os inimigos da Igreja? São todos aqueles que querem de toda forma instaurar uma nova igreja a todo custo, eles criam sua nova liturgia, celebram do jeito que acham "melhor", pregam uma doutrina estranha à doutrina da Igreja, pregam a favor do divórcio, a favor da ordenação de mulheres, a favor da dessacralização da Igreja.

A missa não é celebrada como reza o Missal, esse é um dos principais motivos pelos quais os fiéis têm acorrido cada vez mais à santa Missa no Rito Antigo. Muitos sacerdotes não tem o mínimo de noção de sua missão sublime, apascentar as ovelhas do Senhor, tem sacerdotes que diz que se os fiéis quiserem ir para o inferno o problema é dele, (dos fiéis), mas aqui se ver uma clara demonstração de falta de conhecimento da missão do sacerdote, um sacerdote é pároco para cuidar das almas dos fiéis, ele dará conta a Deus de todos os fiéis que por ventura tiver ido para o inferno, a não ser que esse fiel tivesse se obstinado no erro, apesar das correções do pároco. Pois o pároco é cura das almas, e por esse motivo, ele deve fazer o possível e o impossível para que suas ovelhas não se percam.

Se o povo tivesse mais amor à doutrina da Igreja e a estudasse, talvez seria mais fácil identificar quando o pregador, é mal pregador, é um pregador que não prega a Cristo Jesus, mas a si mesmo e seus caprichos, a homilia verdadeira não é aquela que diz o que o povo quer ouvir, mas aquela que diz o que o povo precisa ouvir.

Mas quando nós vamos a Igreja para nos sentir bem e não para prestar adoração a Deus, as correções aos nossos erros se tornam um grande tormento, mas Nosso Senhor disse em seu santo Evangelho que o Reino de Deus será tirado de quem não quer fazer a vontade de Deus e será dado a quem o queira. É forte isso, mas é a verdade, precisamos decidir a quem nós queremos seguir, se é a Deus ou ao mundo.

A Santa Missa não é mais uma coisa na Igreja, a Santa Missa é o céu na terra, portanto, nela se deve participar com a maior reverencia possível, mas o que vemos em dias atuais é justamente o contrário, vemos padres que são os primeiros a incentivar o povo a fazer coisas erradas na Missa, manda o povo rezar partes próprias do sacerdote, tem padres que mandam o coroinha rezar uma parte da oração eucarística, tem padres que mandam o coroinha segurar o cálice na hora da doxologia, ou seja, está um caos a liturgia da Igreja.

Essa é, portanto, a grande crise que a Igreja enfrenta. E por causa desse desastre que acontece na Igreja, os fiéis vão se alinhando aos erros dos padres e aí quando isso acontece esses fiéis, passam a corrigir os padres que buscam realizar o correto, tem ministros extraordinários da comunhão eucarística que pensa que o ofício de distribuir a eucaristia na Missa é deles, e o padre deve ficar sentado.

A crise na Igreja não tem fim. E essa crise piora ainda mais, quando aparece um padre que diz que as pessoas não precisam rezar, não precisam fazer penitências, não precisam se confessar, não precisam participar da missa todos os dias e por aí vai. Ou seja, o padre que devia ser o primeiro catequista do povo, se torna aquele que afasta as ovelhas do Senhor.

A crise na Igreja parece que não podia ser pior, mas se torna justamente quando presenciamos leigo defender padres errados, e desprezar os padres certos. Certo aqui não significa que são padres que não têm pecado, mas são aqueles que não querem ser outra coisa que aquilo que é próprio do ofício sacerdotal.

Diante de tantas coisas ruins, não desanimemos irmãos, o satanás não vai conseguir destruir a Igreja, Nosso Senhor nos prometeu, Nossa Senhora a mãe da Igreja intercede constantemente por nós, avante com Cristo Jesus!

Não digo essas coisas para ficarem tristes, mas para que intensifiqueis as vossas orações!



O progresso espiritual

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Precisamos urgente meditar sobre a vida espiritual, a vida social toma todo o nosso tempo com as coisas que nos rodeiam, na maioria das vezes coisas sem um verdadeiro valor, se podemos dizer no que tange ao progresso da alma.

O amor a Deus deve nos impelir a buscar corresponder-lhe a altura, é bem verdade, que nunca conseguiremos amar a Deus como Ele nos ama, mas, o nosso dever é nos empenhar para que nossa resposta a esse amor não seja um simples ato de retribuição, mas um profundo desejo de oferecer a altura do amor recebido.

Para Deus devemos sempre ter consciência de que podemos oferecer o melhor, e devemos nos empenhar nisto, pois caso contrário podemos cair no comodismo de achar que aquilo que fizemos era o que podíamos fazer, sem, contudo, nos esforçarmos para dá o melhor de si, por aquele que nos deu o seu melhor, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nós facilmente nos acostumamos com as coisas como elas estão, na verdade nós nos empenhamos muito nas coisas passageiras, coisas que em nada acrescentam a nossa vida espiritual, como o acúmulo de bens, a busca de investimentos econômicos e também a busca de novas amizades, no entanto, nós quase nunca nos empenhamos naquilo que realmente nos eleva para junto de Deus.

Daí se faz necessário uma intensa busca das coisas espirituais, nós nunca podemos nos dar por satisfeitos com a nossa vida espiritual, é preciso buscar sempre o progresso espiritual. E como podemos fazer isso? Basta que nos eduquemos a querer as coisas do alto, como nos diz a Escritura Buscai as coisas do alto, onde Cristo Jesus está à direita de Deus (Col, 3,1).

Precisamos nos desestabilizar, não podemos ficar inertes no campo do espiritual, devemos ter a consciência de que nossa vida espiritual está muito aquém do que devia ser na presença de Deus, para isso se deve buscar o incremento da vida espiritual, voltar nosso pensamento para Deus, buscar conhecer novas orações, ou até mesmo orações antigas e que nunca tivemos conhecimento, no campo da vida espiritual devemos ser sempre ambiciosos, ou seja, está sempre buscando onde melhorar.

Para poder alcançar um melhor desempenho na vida espiritual, se devem buscar leituras espirituais, os santos nos tem muito a ensinar, muitas vezes nós pensamos que determinados problemas espirituais, nunca foram discutidos ou desenvolvidos caminhos que devemos trilhar por algum santo. Por isso é necessário se fazer estudos da vida dos santos, descobriremos que não estamos sois, e que alguém no passado, enfrentou aquele mesmo "problema" e, que encontrou uma solução.

Portanto, arregacemos nossas mangas e nos empenhemos nesta busca, o cristão católico não pode levar vida medíocre, achando que assim já está bom para Deus, não está bom nada, corra ao encontro das coisas melhores, pois para Deus devemos oferecer o melhor que pudermos, o nosso amor por Deus deve se manifestar nessas coisas, no amor com que tratamos as pessoas, no amor com que tratamos nossa vida espiritual.

Na nossa vida espiritual devemos sempre nos considerar pobres, e em busca da riqueza, riqueza essa que é muito superior as riquezas desse mundo, nas verdadeiras riquezas encontramos o que a riqueza do dinheiro não pode nos oferecer, pois a riqueza do dinheiro é riqueza passageira, ao passo que a riqueza espiritual não passa, com ela nós podemos trazer luz à vida de uma pessoa pobre de esperança. A busca das coisas do alto deve ocupar o primeiro lugar nas nossas mentes e em nossos corações.

É sempre salutar pedir o auxilio da Bem aventurada Virgem Maria nesta busca, pois, ela sabe bem por onde trilhar, o caminho certo para Nosso Senhor. Que na nossa busca do progresso espiritual esteja sempre ao nosso lado a mãe do Senhor, que ela nos ajude a oferecer ao Senhor Jesus um coração semelhante ao dela, onde Deus sempre teve primazia, onde não havia espaço para o mal. Que Maria Santíssima a filha predileta do Pai nos ensine como ouvir e colocar em prática a vontade de Deus Nosso Senhor.



O combate ao relativismo

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Hoje temos uma Igreja cheia, mas, muitas vezes, superficial. Assim, infelizmente são muitos que se dizem católicos, esses tipos de "católicos", são muito comuns nos dias atuais, àqueles que defendem as ideias do mundo em detrimento das da Igreja, são muito ávidos em defender as modernidades, acreditando ser a solução para este mundo desregrado, mas como a modernidade pode ser a solução para o mundo que temos se foi justamente essa que nos deixou entregue as traças como nos encontramos atualmente?

A situação atual da Igreja é preocupante, pois existem membros que se empenham de tal forma em determinados temas contrários à doutrina da Igreja, que se mostram como sendo verdadeiros inimigos da Igreja, faz lembrar uma fala de Bento XVI que dissera certa feita, que "os inimigos da Igreja estão dentro dela".

Já o padre Antônio Vieira dissera certa feita "Antigamente, batizavam os que eram convertidos; hoje é preciso converter os que são batizados". Essa realidade mostra um grande desafio da Igreja de Cristo, combater os hereges para poder manter intacta a doutrina. Certa feita, num curso de batismo, os que participavam do curso tiveram que responder a seguinte pergunta, vocês acham que uma pessoa ateia ou de outra religião está apta para ser padrinho do seu filho? Um pai respondeu que sim. Daí nos perguntamos onde vamos parar com um tipo de pensamento desses? Como é que um ateu pode ser o padrinho de seu filho? Como esse padrinho vai ajudar a educar o seu filho na fé?

Faz-se mais que necessário o combate ao relativismo, pois esse mal age da mesma forma que o comunismo dentro da Igreja, o relativismo tem a mesma ação satânica que produz a "teologia" da libertação (ideologia da libertação) no corpo místico de Cristo.

Com o relativismo cresce assustadoramente o número de católicos que "lutam" contra a divina instituição, e arriscarei aqui explicar como é que lutam contra a Igreja. Eles lutam, quando forçam mudar a mentalidade de poucos católicos que acreditam que a doutrina da Igreja não deve sofrer influência do mundo, então esses ditos "católicos", tentam fazer com que os fiéis sejam contra as posições do Romano Pontífice, alegando que o papa não conhece nossa realidade, ele fala de seu mundo (Roma), ou Vaticano, pois bem,

o papa não vive em Roma, mas na cidade Estado do Vaticano, mas Deus não é.

influenciado pelo modo de pensar dos homens, o homem precisa compreender que ele deve se dobrar a Deus e nunca o contrário, pois quem quiser que Deus se dobre a ele, com certeza está possuído pelo satanás, só o satanás ousou pedir que Deus ( Nosso Senhor Jesus Cristo) que se prostrasse diante dele. (Mt 4,9).

Em 2015 em são Paulo católicos defendendo a dignidade da família tiveram que se deparar com um grupo de "católicos" que ostentavam cartazes com dizeres assim, "sou católico e apoio a ideologia de gênero", isso até daria uma boa risada, se não fosse trágico, parece piada, não sei se rio, ou choro. A situação é degradante, devemos intensificar as nossas orações, sobretudo, o terço, pois, é a oração predileta a Santíssima Virgem e também por ser a oração que mais causa horror ao satanás.

Católicos de verdade não podem se portar como relativistas, que acreditam que em respeito aos outros modos de pensar, devemos aceitar o "direito" das mulheres de abortar, o "direito" dos homens de casar com outro homem, e assim direitos cada vez mais absurdos, e absurdos por dois motivos: o primeiro, porque agride a soberania de Deus, e o segundo, porque destrói a dignidade humana, os que se empenham em defender tais "direitos", acreditam que esse modo de pensar e de agir deles, promove a dignidade humana, mas a verdade é que, com a inversão de valores, se troca facilmente o certo pelo errado, não diria o certo pelo duvidoso, pois não há dúvida de que esse modo de pensar é claramente errado, e como a Igreja é mãe e mestra da verdade, deve combater com veemência todo ato mau do homem que se opõe à doutrina divina.

Para que um católico não seja relativista, ele precisa urgentemente aderir ao ensinamento do magistério, o magistério católico é infalível, e esse organismo não tem a intenção de tornar a vida do homem sobre a terra impossível, mas justamente o contrário, o Espírito Santo que assiste a sua Igreja, não cessa de iluminar a divina instituição, para que esta leve os filhos dEle à vida plena, mas essa vida plena não vai ser possível se o homem se rebela contra a vontade de divina. A Igreja que é fiel portadora das verdades reveladas tem a receita dada por Cristo para levar os homens ao porto da salvação, a única coisa exigida do homem é a abertura a esse caminho, para que um filho seja feliz ele precisa aprender a obedecer a seus pais, uma criança não tem autonomia para decidir o que é melhor em sua vida, e nós somos eternas crianças diante de Deus, portanto, devemos seguir sempre seus direcionamentos.

Um católico para não ser relativista, precisa ser ortodoxo na sua fé, aquele que não faz concessões à doutrina, o que Cristo nos deixou é o que devemos viver independente de nossas tendências pecaminosas ou modo de pensar, a Escritura diz que devemos mudar nosso modo de pensar, acolhendo o ensinamento da Igreja e das escrituras (At 17, 11). Se percebemos que precisamos mudar, não hesitemos em colocar em prática as moções do Espírito, mas para saber se as moções são do Espírito Santo, ou se é de espírito de porco, é preciso rezar, nada que a oração não resolva.



O amor à verdade

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

A vida espiritual é algo muito importante no seguimento de Nosso Senhor é preciso ter contato com Deus não apenas pela boca, mas também e muito mais pelo coração, isto não significa que agora não precisamos mais rezar em voz alta, mas que o nosso íntimo esteja cheio de Deus, pois só assim vamos transmitir Deus aos irmãos, como dizia um ditado popular, a boca fala do que o coração está cheio.

A busca do progresso espiritual passa necessariamente pelo amor a verdade, pois a verdade é Nosso Senhor Jesus Cristo, sendo assim a vida espiritual será cada vez mais frutífera na medida em que nosso amor à verdade for maior. Mas para ter amor a verdade é preciso se esvaziar de si, e ao esvaziar-se a pessoa vai ter uns desafios a seguir, por exemplo, um fiel comprometido com a verdade ele deve está ciente de que vai perder amizades, pois, ele vai apregoar coisas que as pessoas não querem ouvir, pois infelizmente a grande maioria das pessoas está mal acostumada com o afago ao seu ego, e assim, quando aparece um João Batista, então eles dizem ele é duro demais, ele não tem amor no coração, porém quem se decide por Deus deve ter consciência de que isso é consequência de sua adesão a Deus.

A vida de oração pessoal, no entanto, serve de estímulo à luta espiritual que travamos com este mundo, pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra o espirito do mal, portanto, não descansemos nunca de rezar e pedir as forças do alto para progredirmos na nossa missão árdua em salvar almas, encaminha-las para o Coração de Jesus.

Buscando Deus na oração, seremos capazes de ajudar muita gente com um simples conselho, às vezes você pode achar que não teve nenhum fruto aquele conselho que você deu àquela pessoa que estava precisando, e que te procurou, mas você não sabe o desenvolvimento daquilo na vida da pessoa, pode ser que depois ela venha te agradecer, não que devemos esperar agradecimento, lembrando sempre que trabalhamos para Deus não para os homens.

Por isso é urgente que trabalhemos pelo crescimento espiritual de todos os fiéis, eles não devem estacionar no caminho espiritual, eles devem sempre subir um degrau na vida espiritual, porém a vida cristã católica será sempre uma luta, devemos querer ser soldados destemidos na batalha de Deus contra o mal.

O amor à verdade é a mola propulsora que nos impulsiona para Deus, e nos dá forças para não desistir da batalha. É nossa obrigação lutar contra as forças do satanás, depois da nossa luta será a vez do príncipe da milícia celeste, São Miguel Arcanjo, mas enquanto não chegou a hora dele, sejamos nós soldados de Cristo, defendendo os ideais de Deus, a vida e a família.

Não desanimemos nunca em buscar uma vida espiritual mais autêntica, é o mínimo que podemos oferecer a Deus pelo muito que Ele fez por nós, nos dando o seu Filho que se fez nosso irmão, nos acrescentou muito na vida espiritual o direito nos dado por Nosso Senhor Jesus Cristo, poder chamar a Deus de Pai.

Peçamos ao Espírito Santo que faça a nossa vida uma entrega a Deus de tal forma que nós não tenhamos outra vontade que não seja a de progredir na vida espiritual, buscando expurgar de nossas almas a mancha do pecado, nós não sabemos como rezar é o Espírito que vem ao nosso auxílio. (Romanos 8,26).

À medida que a verdade de Deus encontra lugar em nossa vida, o caminho para o incremento espiritual está aberto em nossa alma, busquemos na gloriosa intercessão de nossa Senhora a graça de poder agradar a Deus com nossa vida e nosso amor a Ele tributado.

A virgem que sabe ouvir nos ajudará a ouvir os apelos de Deus na nossa oração pessoal numa constante intimidade com o Bem Amado, o Senhor da nossa vida, a quem devemos devotar nossa vida e adoração, Nosso Senhor Jesus Cristo!



O católico e a política

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

A vida política é uma das formas de exercer a cidadania em defesa dos menos favorecidos. Há quem diga ser a maior forma de caridade, acredito que seja um pouco de exagero nesta posição, pois Nosso Senhor Jesus Cristo deu a maior forma de caridade sem, contudo ser político.

Mas refletindo sobre a vida política dos católicos e cristãos em geral, é sim um modo salutar de trabalhar pelo bem comum e preservando a essência da sociedade a família.

Hoje urge a necessidade de cristãos comprometidos com a política para poder salvar a sociedade desse mar de erros em que se encontra, sobretudo, pela corrupção e a defesa de costumes que tendem a destruir a família e também a inocência das crianças.

Faz tempo que venho refletindo sobre a necessidade de que haja católicos comprometidos com a decência e compromissados com a ética que precisa ser recolocada no âmbito de nossas ações, a luta para que o político seja correto e justos é árdua, mas não é impossível, da mesma forma que se faz necessário investir em professores de história cristãos para poder contar a verdadeira história para nossos jovens, e não aquela em que Che Guevara e Fidel Castro sejam os heróis da história, pois nós sabemos que não é verdade.

A necessidade de professores de história que conte a verdadeira história do comunismo no mundo inteiro, professores que façam os estudantes entenderem que em nenhum lugar do mundo o comunismo deu certo. Não estamos preocupados com professores de história católicos que vão bolar a "história" que querem para passar para nossos jovens, mas aqueles que vão contar a história sem deturpação, sem víeis ideológico.

A sociedade atual está passando por uma transformação e cresce a cada dia o número dos que querem a verdade norteando nossas ações, não somos um país de bandidos, a grande maioria dos brasileiros desejam que a justiça seja feita e quem cometeu crime seja penalizada com os rigores da lei.

É preciso alimentar o desejo de que tenhamos políticos que estejam lá para defender os nossos direitos, não políticos que se fizeram políticos para defender os direitos deles. Precisamos de políticos que entendam que a grande maioria da população não pode viver

com um mísero salário mínimo enquanto eles recebem 40 vezes mais fora as outras mordomias.

A solução para ajudar nosso país é a seguinte, ou fundamos um partido comprometido com a ética e direita individuais dos brasileiros, ou nos filiamos num partido que defenda os direitos dos brasileiros, preocupados sempre com o bem está da família e o futuro de nossos jovens e adolescentes além da segurança nacional, saúde e educação de qualidade.

Conheço vários católicos que exercem algum tipo de influência nas mídias que foram convidados para filiar-se em alguns partidos com a intenção de começarem essa luta já nas próximas eleições municipais de 2020, intensifiquemos nossa luta para que essas eleições possam oferecer nova gente comprometida com a verdade e o bem está de todos.

E a análise que fazemos é que foi essa geração de cidadãos inconformados com a política suja que trabalharam para que o Brasil possa ter um presidente comprometido com a ética, à decência e a liberdade.

Esperamos que esse movimento possa crescer cada dia mais para que possamos alcançar os frutos desejados para as próximas gerações e reescrever a história do nosso país, sempre colocando os interesses da família acima dos do Estado.

Precisamos redescobrir o valor do trabalho, para deixarmos um legado para as nossas crianças a respeito do que foi feito pelo nosso país e o que ainda pode ser feito.

E o que nós queremos não é nada impossível, com o povo trabalhador e ordeiro que temos, podemos reconstruir a nossa nação e trazer para os nossos filhos aquilo que nos privaram no passado.

Olhando o estrago que a má política levada a cabo pelo PT fez, podemos nortear nosso caminho, reconstruindo o Brasil e nossa história, busquemos entre os cidadãos de bem as pessoas que podem ser peças chaves na nova história do Brasil.

Conclamo os católicos e cristãos de modo geral a travarmos juntos esta luta em defesa do Brasil e dos brasileiros, unindo o Brasil e os brasileiros rompendo com as barreiras da falsa defesa das minorias e ensinado que o brasileiro precisa ser respeitado e protegido independente de sua cor, sexo, religião ou posição política, a justiça tem que ser uma para todos os brasileiros e jamais pode ser seletiva.



O Matrimônio e a Juventude

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

O Sacramento do Matrimônio e suas consequências na vida do cristão católico. Deus na sua infinita misericórdia nos deixou os sinais visíveis da sua presença na nossa história, os sete sacramentos são uma prova clara e objetiva da presença de Deus na sua Única Igreja, assim seus filhos são alimentados e preparados para a vida eterna.

Atualmente a maldade da mídia e de um grupo de pessoas também, tem colocado na cabeça de muitas pessoas o ódio aos sacramentos, especialmente a três: Confissão, Eucaristia e Matrimônio. Em primeiro lugar se faz necessário clarear a mente de alguém que esteja lendo estas palavras e que por ventura não tenha a plena consciência do que sejam os santos sacramentos.

Os sacramentos são a presença de Deus na vida da Igreja, não são apenas sinais, mas a presença de Nosso Senhor Jesus Cristo em favor de seus seguidores, portanto, os sacramentos não são uma coisa a parte na vida eclesial, mas os pontos fundamentais da vida em Cristo Jesus.

Nosso Senhor Jesus Cristo elevou o matrimônio a dignidade de sacramento indissolúvel (que não se desfaz) e fiel à mensagem salvífica de Cristo, a Igreja assim o entende, por isso é à Igreja Católica, aquela que não admite a separação dos cônjuges, baseada na doutrina infalível de Cristo.

No entanto, a sociedade secularizada em que nos encontramos, tenta nos fazer rever a doutrina de Cristo, coisa que é inadmissível para o verdadeiro católico, pois na Igreja nós não procuramos fazer as nossas vontades, mas, a de Cristo Jesus, sendo assim não podemos pedir a adequação da sã Doutrina aos nossos gostos.

Mas num ato totalmente contraditório essa mesma sociedade secularizada que deseja ansiosamente que o papa institua o divórcio, deseja que pessoas que não são aptas para o sacramento do matrimônio o recebam, mas o pior não está aí, o pior está em querer colocar na cabeça dos jovens que casamento é uma coisa ultrapassada, e que, portanto, os jovens devem "aproveitar" a vida no sexo desenfreado e de preferência sem as bênçãos de Deus.

Mass para a desgraça da mídia manipuladora das mentes, cada dia que passa surgem mais jovens comprometidos com Cristo que desejam guardar a virgindade até o matrimônio, e se já viveram na vida esse "aproveitar" que a mídia ensina, voltam arrependidos e desejosos de começar uma vida nova em Cristo Jesus.

Em contrapartida aos ensinamentos do mundo moderno, cresce o número de jovens tanto rapazes, como moças que desejam viver um namoro santo, formar uma família cristã que dê gosto aos olhos de Deus, desejam criar seus filhos, sim seus filhos, pois os jovens que se decidem seguir a Cristo no matrimônio são abertos à vida, e mais uma vez eles dão uma bofetada na cara da mídia e do satanás que querem que eles não tenham filhos para poder "aproveitar" à vida.

É bem verdade que precisamos trabalhar muito em favor dos jovens, muitos deles estão ainda iludidos com as ideologias, e infelizmente grande parte dos jovens que participam de um grupo na Igreja chamado Pastoral da Juventude, que na verdade não é um grupo religioso, mas um grupo político e da pior política possível, aquela que é alimentada pelo comunismo que é condenado pela Igreja, estão na verdade como ovelhas que não têm pastor.

Precisamos rezar muito e trabalhar também, para Deus preserve nossos jovens do poder do mal, seja das bebidas desenfreadas (beber não é pecado), mas se embriagar é, rezar pelos jovens que muitas vezes entram na "luta" pelos seus "direitos", e por que eu coloco direito entre aspas? Porque esses direitos na maioria das vezes não são direitos, mas são deformações dos direitos. Seja pelos jovens que estão envolvidos em políticas comunistas e estão pensando que estão fazendo um bem.

É preciso ensinar aos jovens que se eles não compreendem que o sacramento do matrimônio é para ser vivido na Igreja, ele não tem razão de ser, marido, esposa e filhos devem viver nos átrios do Senhor, Que alegria quando ouvi que me disseram vamos à casa do Senhor. (Sl 121). Se os noivos não têm desejo de viver na casa de Deus e nem de educar seus filhos na Lei de Cristo e de sua Igreja, para que casar?

A juventude tem sede de Cristo, e grande parte já tomaram consciência de que Cristo não tira nada, Ele dá tudo, e isso vem acalentando os corações dos jovens que são chamados pelo Pastor do rebanho, seja para a vida matrimonial, como também para a

vida presbiteral, eles precisam da nossa oração para desempenhar com presteza o encargo que Deus lhes confiou.

É melhor que aconteçam poucos matrimônios, mas que sejam matrimônios de pessoas que sabem a natureza desse sacramento, e que estejam dispostos a guerrear com o mundo para defender os valores da família que é o patrimônio de Deus.

Jovens sejam corajosos, não deixem que essa sociedade perversa transforme sua natureza viril em meninos medrosos, eles é que devem ter medo de vocês, sejam templários, sejam soldados de Cristo Jesus e Maria Santíssima, Cristo lhes dará a medalha imperecível no céu!



O pecado, o vício e sua diferença

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

is que se nos apresenta mais este espinhoso tema. O pecado, o vício e sua diferença.

Para início de conversa se faz necessário refletir sobre a problemática da falta de consciência a respeito do pecado. Muitos levados pela ausência de consciência do pecado fazem os problemas espirituais aumentarem sem controle, pois, a não busca de uma maior intimidade com Deus consequentemente, a luta contra o pecado na verdade não existe, pois, quanto mais se ama a Deus, mais se odeia o pecado e o não lutar contra o pecado, é, lutar contra Deus.

Os penitentes precisam tomar consciência de que não se pode agradar a Deus sem lutar contra o que nos separa dEle. A oração e o sacrifício são instrumentos salutares nesta empreitada, não devemos deixar nunca de combater as mazelas que nos tornam escravos do maligno e inimigos de Deus.

Lutar e lutar deve ser a regra de quem deseja alcançar o cume da espiritualidade cristã, pois todos que se decidem a seguir Nosso Senhor Jesus Cristo, se tornam soldados de Cristo, nossa batalha é árdua e precisa ser sempre incrementada com a seiva da oração e da penitência.

Viver para Cristo não é impossível, basta que, quem o deseja lute, não importa se você é um soldado que cai, o que implica é que não se entregue, resista, persista almeje ser um bom soldado, ser o líder dos soldados, aquele que ajuda os outros a levantarem e aplica uma injeção de ânimo, pois sozinhos somos fracos, mais juntos somos mais fortes que possamos imaginar.

Para muitos, não existe diferença tudo é a mesma coisa, mas na verdade não é bem assim, existem critérios a serem seguidos para que determinadas ações sejam pecados (e não considerada), pois nem tudo que reluz é ouro, como dizia o velho ditado.

O pecado cega o fiel, e impede que ele perceba que suas ações são maléficas para sua própria alma, ele se deixa enganar pelo canto da sereia, e ai afunda no abismo que o torna cada vez mais distantes de Deus e de sua graça, porém se faz necessário frisar que não é Deus que se afasta de nós, somos nós que automaticamente nos afastamos de Deus,

basta perceber que quando uma alma está em pecado mortal, imediatamente ela perde o apetite da oração, esse é o primeiro passo para se distanciar de Deus. Lembrem-se do comportamento de Adão e Eva, eles depois de cometer o pecado, quis se esconder de Deus, aqui podemos interpretar como distanciar de Deus, porque Deus é luz, e perto da luz minhas ações são tornadas públicas.

Muitas vezes os penitentes formam suas próprias concepções acerca do pecado, e na grande maioria das ocasiões eles erram ao chamar de pecado o que não é nas próximas linhas pretendo demonstrar com exemplos várias coisas que por muito são tidos como pecado.

Várias vezes, por exemplo, alguns ministros extraordinários da comunhão eucarística veio me perguntar se era pecado deixar o ministério, ela acreditava piamente que sim, e que aquele pecado deveria ser confessado, e na verdade não é bem assim. Primeiro que o ministro extraordinário, não é ministro ordenado, segundo porque ninguém é obrigado a fazer um serviço, ele deve ser fruto de doação, e nunca de obrigação. Também já recebi perguntas de pessoas que queriam saber se é pecado deixar de ser da renovação carismática, e novamente esclareci que não, se a pessoa não está gostando do movimento, quem pode obrigar a pessoa a continuar?

E assim, devem existir muitas pessoas por esse mundo a fora que acreditam que determinadas coisas é pecado, mas as mesmas pessoas desconhecem o que realmente é pecado, pois elas, por exemplo, passam um ano sem ir à missa dominical e depois desse tempo elas vão normalmente para a fila da comunhão e isso sim, é um pecado grave, na verdade nenhum fiel católico deveria ir à mesa da comunhão se tem muito tempo sem se confessar.

O pecado é um afastamento de Deus, quando o penitente está em pecado, sobretudo quando está em pecado mortal, ele precisa primeiro buscar o arrependimento sincero e depois a confissão, pois, sem essa ação ele não reatará a amizade com Deus mesmo que ele fique sem repetir o pecado e sem deixar de fazer suas orações.

Nem sempre o vício é um pecado, ele só é pecado quando se refere à matéria que aplaca a ira de Deus, por exemplo, se uma pessoa tem o vício de fumar ela não ofende a Deus, apenas está prejudicando sua saúde, mas se ao fumar a pessoa pensa, "irei fumar para contrair um câncer de estômago" neste caso essa pessoa sim está pecando, pois está desejando o mal para a sua vida.

Se, no entanto, o vício é relacionado à impureza, ai também há matéria grave para a confissão sacramental, pois o pecado da carne é o que mais leva as almas para o inferno, porém existem muitas pessoas que pensam que o pecado da carne é ter relações sexuais com outra pessoa com quem não é casado, mas é muito mais do que somente isso, o pecado contra a castidade é também o pecado solitário (masturbação), o acesso a conteúdo pornográfico também e as conversar imodéstia no mesmo caminho.

A diferença ente o pecado e o vício, é que o pecado, já separa imediatamente a alma de Deus, embora, não esteja ainda condenado, mas separa da amizade com Deus. O vício, no entanto pode ou não também ser pecado, isto vai depender da matéria do vício.

O penitente deve sempre procurar está longe dos extremos, pois da mesma forma que ele pode considerar tudo pecado, também pode considerar que o pecado não existe, e que, tudo está liberado.

A compreensão dos penitentes sobre o pecado dever ser de tal forma que ele entenda que, se privar do pecado não é se privar da sua liberdade, pois foi para ser livres que Nosso Senhor nos libertou das amarras do pecado, mas aqui poderia surgir um questionamento. Se Cristo nos libertou do pecado, para que precisamos lutar contra o pecado? Para melhor compreender essa querela se faz necessário empregar aqui um exemplo: Se um homem mora de aluguel e depois de muito tempo juntando dinheiro ele consegue comprar uma casa, isso significa que ele por ser proprietário da casa não precisa pagar luz, água, telefone, IPTU, taxa de lixo, taxa de esgoto e condomínio se for o caso? Não. Embora a casa seja dele, ele precisa arcar com todas essas despesas, assim, embora Nosso Senhor Jesus Cristo, tenha nos dado a salvação, isso não significa que nós não podemos perdê-la, pois o mesmo Senhor nos disse: "Quem, porém perseverar até o fim esse será salvo", ou seja, Nosso Senhor aqui nos diz que é preciso manter a salvação ganha, pois quem não perseverar pode perder a salvação



As conversões ao Catolicismo

Por Pe. Pe. Marcelo Aquino, O. Carm. 

O universo das conversões, o costume de se converter, não é novidade na história real da humanidade. Todos os dias acontecem conversões em todas as religiões, aqui porém, se apresenta um problema, será que são verdadeiras mesmo essas tais conversões? Na verdade o que significa se converter?

Converter é mudar, mudança de vida, mudança de percurso. Para os ignorantes, converter-se significa de igreja, mas isso não é conversão de verdade, a pessoa pode mudar de igreja, mas continuar sendo a mesma de antes de mudar da "conversão", como na verdade o processo de conversão de pessoa vai muito mais além do que uma simples mudança de igreja.

Portanto, tomando posse vamos fazer o verdadeiro significado de conversão, descobrir que dentro da Igreja tem muita gente que precisa de conversão, mas veja bem, isso não significa que essas pessoas precisam mudar de vida para serem católicos, mas que precisam mudar de vida. católico, como se fosse essencial, se diz católico, mas vive como se fosse protestante, mas rejeitaria pontos da fé católica, como por exemplo, a pessoa diz que é católico, mas não crer na diligência da reconciliação e diz : eu sou diretamente com Deus, alguém precisa dizer que essa pessoa é um ato de confissão aqui, dizer que isso é uma pessoa bem, e ver que precisa é mentalidade protestante.

Como disse o padre Antônio Vieira: "antigamente convertíamos os pagãos para depois batizá-los, hoje somos convidados a converter os batizados", pois, embora à pessoa seja considerada batizada, isso é garantia de que ela saiba os fundamentos da nossa fé? Isso significa que ela sabe por que não é católica. Ou seja, na verdade a pessoa nem sabe o que é ser católico, ela pensa que ser católico é fazer o sinal da cruz com a mão esquerda quando passa na frente de uma Igreja Católica. (como na verdade o modo correto é fazer o sinal da cruz com a mão direita) Mas ser católico é infinitamente muito mais que tudo isso.

A conversão existe em todos os credos, diferentemente do que pensam os protestantes, não só "católicos" viram protestantes, como também em maior escala, protestante se tornam católicos, pois no protestantismo, quando um pastor se torna católico, geralmente ele arrasta atrás de si, toda a sua "igreja", pois, no protestantismo se segue mais ao pastor que ao próprio Jesus, e assim diversos relatos de pastores que se converteram e toda aquela "igreja" veio com ele.

Existem pessoas que pensam que são católicas, mas na verdade não o são, pois negam as verdades da fé, são piamente que o papa pelo fato de ser papa tem o direito de mudar a doutrina da Igreja, ora, a doutrina da Igreja é infalível e irrevogável, um papa não pode dizer que agora podemos ordenar a mulher, pois isso não faz parte do mandante divino, um papa não pode dizer que todos os caminhos levam a Deus, pois se disser estará fazendo oposição a Nosso Senhor que disse: Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai se não por mim. (Jo 14,6).

Semos que nós temos entre nós católicos que negam a existência do inferno, precisamos melhorar essa falta de conhecimento, pois nosso Senhor nos diz: Vou mostrar-te a quem deveis temer: temei aquele que, depois de tirar a vida, tem poder de lançar-vos no inferno. (Lc 12, 5).

No entanto, tornam preciso refletir o valor que aquela pessoa não quer protestar, pois tornará muito bem o protesto que aquela Igreja Católica se converteu, isso significa bem o que aquela Igreja Católica se converteu, isso significa bem que o que aquela Igreja Católica se converteu, é muito significativo que o protesto que aquela pessoa não quer fazer. Por, existe uma pessoa que diz que se converte em uma religião católica, mas que diz que eu não uso crucifixo, é mais evidente que ela não se converteu, é mais evidente que ela é protegida pelos danos ainda pela mentalidade. .

Quando uma pessoa se converte ao primeiro fé, ela busca ao primeiro catolicismo, ela busca em primeiro lugar, reeducar a sua fé a limpo corrige os desvios, eu não posso ser católico e não pode ser mãe de Deus . Isso é uma heresia, é dizer que Jesus não é Deus, e nós podemos produzir que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Um dito católico, não pode sustentar a tese de que a Igreja Católica não é uma única Igreja de Cristo, pois isso é trair os santos Evangelhos. Senhor fundou uma só Igreja e essa deu são Pedro como Nosso governador, e além de dá o governador da Igreja Nosso Senhor fez mais, ele deu também as Chaves do Reino dos Céus.

Como pode um católico dizer que as outras "igrejas" também são de Jesus? Isso acontece porque esse aqui precisa urgentemente se converter, precisa urgentemente ser catequisado, ou então ser excomungado. A Sagrada Escritura nos diz que quando uma pessoa anunciada de seu erro preferir persistir nele, deve ser tratada como um pecador público, ou seja, um excomungado.

Na nós todos precisamos de conversão, o verdadeiro que não se reconhece necessitado de conversão é porque está obstinado no momento da soberba, só a do momento que reconhecemos necessitados de conversão, é que nos abrimos à ação de Deus em nossa vida. Portanto, existem católicos que precisam de conversão, muitos na verdade todos os católicos precisam, pois ninguém está pronto para adentrar na morada eterna.



Como devo comungar

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O. Carm. 

O ato de ir à mesa da comunhão receber o santíssimo Corpo e Sangue Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo é um ato que pode ter dois lados. O apostolo dos gentios nos ensina que quem comunga sem discernir, comunga a própria condenação.

São Tomás de Aquino nos diz que o corpo sacrossanto do Senhor traz vida e morte. Mas como entender isso? Ao afirmar que o santíssimo corpo de Nosso Senhor pode nos dar a vida e pode também nos trazer a morte, na medida em que estamos em estado de graça comungar nos faz um bem grandioso, mas se não, nos faz também um mau grandioso.

Portanto, se faz necessário orientar os fiéis como devemos nos preparar para poder participar do corpo de Cristo. A primeira e mais importante orientação, sem desprezar as seguintes, é que o fiel católico deve procurar o sacramento da confissão mais vezes durante o ano.

Muitas almas se perdem por acreditar que basta confessar-se antes da páscoa, mas a orientação da Igreja sobre isso nos diz que, Que devemos nos confessar PELO menos pela páscoa da ressurreição, o substantivo pelo menos, não significa somente, como a grande maioria das pessoas tem interpretado, mas essa interpretação também é usada ao bel prazer do fiel, por exemplo, a doutrina da Igreja nos ensina também, que devemos comungar Pelo menos pela páscoa da ressurreição, e aqui a minha pergunta, por que será que essa ultima orientação não é interpretada como a primeira? Ou seja, todos os dias do ano as pessoas comungam, aquelas que frequentam a missa diária, ou aquelas que vão aos domingos.

Tomado a consciência da importância da confissão, passemos agora para as outras orientações também importantes e pertinentes, na vida espiritual dos fiéis católicos.

O mesmo pão que alimenta nosso espírito de saciedade de Deus pode de acordo com a nossa má conduta, nos esvaziar de Deus, pois depende de nossa disposição para poder oferecer seus efeitos mais eficazes para nossa alma, a graça bem faceja, pode nos conceder inúmeros benefícios, mas isso depende de nossa abertura para Deus, quando não nos esforçamos para preparar nosso coração para receber tão ilustre hospede, nos sentenciamos de uma grande condenação.

Portanto, não estando em estado de graça, não se aproxime nem do altar, busque o remédio da alma e se prepare para receber o santíssimo sacramento do altar, sem a devida preparação, é prejuízo receber o corpo de Cristo.

A oração pessoal é de grande valia para os fieis que comungam, ela deve ser mais presente na vida espiritual, é salutar que os católicos rezem o terço todos os dias, que façam alguma leitura espiritual dos escritos dos santos, que procurem fazer sempre algum tipo de penitência, que realizem obras de misericórdia, como visitar os doente e visitar o cemitério para rezar pelas almas do purgatório, também é de salutar importância, mandar celebrar missas em sufrágio das almas do purgatório.

Aos comungantes deve ser constante o esforço em nutrir amor a Deus, a Igreja e ao Santo padre, o papa. Esses três amores, nos abrem aos outros amores que devemos ter sobretudo a Nossa Senhora e aos irmãos. Se esforçar para ser amoroso com as pessoas é tentar demonstrar o amor de Deus que cada um de nós recebeu.

Também é importante no exercício da vida espiritual, fazer doações de terços para quem não tem, e ensinar quem deseja aprender a rezar, todas essas ações nos preparam para participar dignamente da comunhão.

Na Igreja se faz necessário, ter bastante contenção de espirito, o que vem a ser isso, bastante concentração, o ideal é está o mais próximo do altar possível, para que outras coisas ao redor não tomem nossa atenção. Na hora do pai nosso, o ideal é não dar as mãos, mas rezar contritamente de mãos postas, fazer alguns momentos de adoração durante a missa, passar mais tempo de joelhos.

Para quem tem problema com a concentração, o ideal é rezar sempre de joelhos, o está de joelhos é gesto de piedade e submissão a Deus, estamos dizendo com aquele gesto, eu me submeto a Deus em tudo, lembre-se do sacrifício de Abraão, ele não excitou em oferecer o próprio filho em sacrifício, porque foi Deus quem pediu, na verdade Deus pediu para ver o que ele seria capaz de fazer, é tanto que Deus não deixou consumir o sacrifício, mas ofereceu uma ovelha no lugar de seu filho.

Ao pensarmos nestas coisas, estamos caminhando para uma mais devota e contrita comunhão. Ao chegar o momento ápice da santa Missa, antes de ir à fila da comunhão, mais uma vez peça perdão de seus pecados, e até das distrações ocorridas, durante a santa Missa.

Chegando seu momento, receba a comunhão diretamente na boca, e se possível de joelhos. Tudo isso para manifestar nossa compreensão do sagrado, a realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Mesmo depois da comunhão, ainda precisamos fazer atos de piedade cristã, a nossa ação de graças por participar deste momento único na nossa vida, receber o sacrossanto corpo de Nosso Senhor, é uma dádiva dos céus, corpo e sangue do Senhor nos alimentam e sustentam no caminho do céu.

Se Elias se sentiu revigorado depois de comer pão e beber água e se pôs a caminho na luta em favor de Deus, muito mais nos fortalece o pão dos céus, a verdadeira comida e verdadeira bebida.

Comungar é tão celestial, que devíamos voltar para casa saltitando de alegria por ter tido esse encontro íntimo com o Senhor na Santa Missa.



Ao encontrar um sacerdote

Pe. Fr. Marcelo Aquino, O. Carm. 

Muitas vezes na nossa vida deixamos muitas coisas importantes no que tange o espiritual passar despercebido. A seguir mostrei alguns exemplos.

São poucos os católicos que sabem do benefício espiritual de se usar por exemplo, o santo escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Além disso desconhecem as obrigações e também o modo de usar. O escapulário deve ser usado no pescoço e tão somente no pescoço, nunca no braço ou no pé ou em qualquer outro lugar.

Quem usa o escapulário, deve rezar todos os dias três ave Marias além de suas outras orações pessoais, deve beijar o santo Bentinho todo dia ao acordar e invocar a Rainha dos Carmelitas.

Mas o objetivo principal deste pequeno texto é instruir os fiéis acerca do comportamento ao encontrar um sacerdote católico em seu caminho.

Deve-se ater que encontrar um sacerdote no seu caminho é uma benção de Deus para você, portanto, se deve imediatamente cumprimenta-lo pedindo a benção e não querendo beijar seu rosto, não se cumprimenta um sacerdote beijando o rosto e nem abraçando-o.

Ao pedir a bênção, o fiel deve responder Amém, quando receber a benção e não obrigado, como algumas pessoas respondem.

São Francisco de Assis disse que se em seu caminho encontrasse um anjo e um sacerdote, primeiro saudaria o sacerdote e em seguida, o anjo, pois embora o primeiro viva na presença de Deus, o segundo trás Deus para os homens.

É importante que os fiéis católicos tenham consciência de que a presença sacerdotal é de salutar importância para o progresso espiritual de um povo, disse certa feita são João Maria Vianney, deixe uma paróquia sem um cura e os fiéis viram bichos.

A assistência espiritual de um sacerdote é de grande valor para quem deseja alcançar a santidade desejada por Deus para todos os seus filhos.

Quando de fato, os fiéis tomarem consciência do milagre que Deus proporciona a humanidade pelas mãos do sacerdotes por meio da transubstanciação, eles irão enxergar melhor o homem de Deus e de certa forma tirar todo o proveito possível do ministério que Deus instituiu não para o próprio padre, mas para os outros, o sacerdote não é para si mesmo, mas exerce um ofício sagrado pela salvação das almas.

Rezai pelos sacerdotes, auxilia-os nos serviços da missão sacerdotal, colocai seus nomes em primeiro lugar nas orações e verás que Deus fará obras ainda maiores das que tem visto acontecer.

Por meio do sacrifício da santa Missa, o sacerdote, liberta almas do purgatório, dá alívio aos doentes, abre o caminho da conversão e instaura o Reino de Deus.

Os milagres que acontecem na santa Missa são incontáveis, talvez os anjos tenham a consciência, mas nem o próprio sacerdote tem como perceber toda chuva de graça que advém desse sacrifício ilibado.

Portanto, alegrai-vos e exultai quando em seu caminho encontrardes um homem de Deus que trás na veste de luto um grande não ao mundo e um fervoroso sim a Deus.

O sacerdote é um ministro de Deus, e deve se ocupar das coisas referentes a Deus, empenhando-se constantemente para melhorar o trabalho dedicado a Deus e a salvação das almas.

Pois o sacerdote é um homem sangrando que cuida de feridos, tendo essa imagem na nossa mente saberemos como agir com um ministro de Deus, e teremos condições de escolher entre condenar quem nos absolve ou rezar para que se reestabeleça sua dignidade sacerdotal.

Os fiéis no entanto, precisam entender que o sacerdote é um homem e isso significa que não podemos exigir dele coisas como se ele fosse Deus, assim como os leigos pecam, o sacerdote infelizmente também peca, e só pode se escandalizar do erro do sacerdote quem nunca cometeu nenhum pecado.

"Cada sacerdote, embora ordenado para ser um Pedro, conserva dentro de si a fragilidade da natureza de Simão. Descreve São Paulo a guerra civil que daí decorre entre Pedro e Sião"

Assim, como o sacerdote não deve se escandalizar ao ouvir confissões, infelizmente a humanidade é frágil e inclinada para o pecado, o que deve nos fazer mais sensíveis uns com os outros.

Porém, isso não significa apoiar ou aprovar o erro, o erro deve ser combatido, mas não se combate o erro matando o pecador, mas auxiliando-o na busca da correção.

Quem condena o sacerdote por seus erros, está agindo no lugar de Deus.



O santo rosário

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O.Carm. 

A tradição da recitação do santo Rosário é muito antiga na Igreja, essa prática é recomendada primeiro pela própria santíssima Virgem Maria, como pelos santos padres, como meio eficaz de se ganhar indulgências para o progresso espiritual que todos nós precisamos alcançar na vida católica.

A virgem Maria em várias de suas aparições tem renovado o pedido de que os católicos do mundo inteiro recorram a salutar oração do Rosário para obterem as graças necessárias para viverem seus deveres de estado.

No decorrer da história da Igreja foi o santo Rosário um grande aliado dos católicos no combate a grandes males que a humanidade sofria, foi com o santo Rosário que o papa são Pio V conseguiu vencer a batalha de Lepanto em 1571, o Romano Pontífice confiou a Nossa Senhora a vitória que necessitava a Europa quando o Império Otomano tentava invadir para expulsar o cristianismo e fazer dos povos cristãos novos muçulmanos, o papa recorreu ao Rosário convocando todo o mundo cristão e não somente a Europa, para travar uma cruzada de orações e eis que a vitória foi certa, no dia 7 de outubro Nossa Senhora expulsou os invasores das terras cristãs.

A Igreja, segundo o novo manual de indulgências do papa Paulo VI, concede uma indulgência plenária a quem reza o terço em família, nas condições habituais (ter se confessado recentemente, ter comungado e rezado pelo Papa).

O cristianismo é a religião da oração, é na oração que os cristãos se apoiam para obter de Deus os bens que necessitam, especialmente o bem do estado de graça e da perseverança final sem apostatar da fé verdadeira, a respeito disso nos disse o próprio Senhor, quem perseverar até o fim no caminho que eu indiquei, esse será salvo. (Mt 24, 13).

Portanto, meus irmãos, precisamos fazer uma nova experiencia de redescobrir a oração salutar do santo Rosário, essa oração pode ser nossa companheira de todos os dias, pois quem quiser obter a paz para a família, não deixe de recorrer ao santo Rosário.

Sabemos que o Rosário não é apenas o terço que a maioria dos cristãos rezam, mas três terços, meditando os mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos, formando assim uma coroa de cento e cinquenta rosas de orações a Santíssima Virgem, lembrando que os mistérios luminosos não fazem parte do Rosário, ( na própria instituição dos novos mistérios o papa nos diz: mas que são mais um motivo para rezar, O Papa João Paulo II, por meio da carta apostólica Rosarium Virginis Mariae, de 16 de outubro de 2002, sugeriu uma nova série de mistérios, os chamados Mistérios Luminosos. Essa nova série de mistérios disponíveis para contemplação não alterou o formato do Rosário, que continua sendo de 150 Ave Marias, ou três Terços de 50 Ave Marias com os 3 Mistérios: Gozosos, Dolorosos e Gloriosos), pois rezar nunca é demais, aliás precisamos muito mais de oração do que possamos imaginar.

É muito salutar o apostolado de dar e de ensinar as pessoas a rezarem o santo Rosário, é importante que quem tiver condições ofereçam sempre a alguém que não tenha, um terço como popularmente chamamos, para que se cresça ainda mais essa devoção tão querida pela santíssima Virgem Maria.

O Rosário ao contrário do que muita gente pensa, é uma oração cristológica, pois nele meditamos os mistérios de vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, e por que também se fala de Nossa Senhora? Porque é impossível separar Maria Santíssima de seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Todas as vezes que presenteamos uma pessoa com um terço e ensinamos os que não sabem rezar a rezarem, agradamos muito o Imaculado Coração de Maria Santíssima, precisamos crescer neste amor e devoção, para podemos alcançar as graças de que necessitamos e para poder alcançar a conversão dos não católicos levando-os ao aprisco de Cristo.

Ninguém é tão pobre que não possa dar um terço a quem não tem, façamos essa experiencia e vejamos como Deus nos mostrará sua alegria em ver seus filhos reunidos em oração para estimular a amizade com Ele.

A bem-aventurada e sempre virgem Maria muito se alegra em ver que seus filhos se unem a ela para ajudar na salvação do mundo inteiro, que nós possamos nos empenhar em pescar almas para Nosso Senhor, busquemos testemunhar Jesus com a vida, para que cresça o número dos que serão salvos.

Nossa Senhora revelou a são Domingos de Gusmão que o terço é uma poderosa arma contra o satanás, pois bem, se nos sentimos soldados de Cristo Jesus, nos empenhemos em lutar pelo bem de sua Igreja e pelo triunfo do Imaculado Coração de Maria, para que todo homem reconheça o senhorio de nosso Deus, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a maior glória de Deus Pai.



A vida sobrenatural

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O. Carm. 

Todo católico deve ter em mente três grandes "ambições", ser melhor espiritualmente, aumentar sempre mais o amor por Deus e o desejo de ser santo. Sem essas "ambições", fica difícil dar passos largos na busca da vida sobrenatural, mas essa não busca deste estilo de vida se dá por causa do não conhecimento do que isso implica na vida do católico em seu caminhar.

A vida sobrenatural muito pouco conhecida e muito pouco buscada é aquela vida em que nossa união com Deus já está de tal forma sólida que conseguimos realizar atos que naturalmente não conseguiríamos realizar.

No progresso espiritual que precisamos alcançar podemos realizar esses atos que estão acima dos atos naturais. Por exemplo, Nosso Senhor Jesus Cristo conseguiu fazer quarenta dias de jejum, não foi somente por Ele ser Deus, mas também por sua união íntima com o Pai, pois, ele sendo Deus se fez um de nós, sendo assim, poderíamos dizer como Ele se tornou um de nós, portanto, como nós, Ele não poderá fazer atos sobrenaturais, e é ai que nos enganamos, porque mesmo sendo pecadores, mesmo sendo pobres mortais, nós podemos crescer de tal modo na intimidade com Deus que possamos realizar tais atos.

Outro exemplo de que todos nós podemos alcançar a vida sobrenatural são os santos Padre Pio e São João Maria Vianney, eles ficavam mais de dez horas no confessionário atendendo confissões sem comer e nem beber água, isso aos nossos olhos parece impossível, mas acontecia, outro exemplo foi à morte de são Lourenço, ele foi queimado vivo, e quando estava sendo assado na grelha depois de um tempo ele disse esse lado já está assado, agora virem para o outro lado, isso é uma prova contumaz que ele alcançara a vida sobrenatural.

E a história nos mostra quantas pessoas conseguiram alcançar isso, como, por exemplo, são Pio de Pieltrecina, São João Maria Vianney, Santa Maria Madalena de Pazzi, Santa Teresinha, Santa Gema Galgani e tantos outros santos e também centenas de cristãos católicos que não foram reconhecidos pela Igreja, como santo.



A cegueira espiritual

Por Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

O que leva a cegueira espiritual é uma pergunta que nos fazemos no decorrer da vida cristã católica. Essa resposta, no entanto, deve ser buscada com maior intensidade, para poder realizar as manobras possíveis das correções a fim de recolocar a vida espiritual em dia para o que venha o progresso espiritual.

Alguns passos são necessários para poder alcançar o caminho certo para poder conseguir curar a cegueira espiritual. A vida de oração precisa está bem ordenada, para que a pessoa possa de fato colocar o "trem nos trilhos", essa luta é árdua e deve ser perseguida diariamente por cada um daqueles que desejam a vida santa.

A cegueira espiritual, como o enunciado já disse, produz uma cegueira, e a pessoa com tal problema, não consegue enxergar nada de errado na vida dela mesma, mas consegue ver tudo o que tem de errado na vida dos outros.

O grande erro de não enxergar seus próprios erros e pecados, faz com que o penitente, siga denunciando os erros dos outros, como se ele fosse perfeito, essa cegueira impede que ele mesmo melhore, mas o impele a tentar ver o que de errado o outro faz.

Na verdade, para poder conseguir dar passos nesta luta, a pessoa precisa todos os dias ter em mente que suas primeiras palavras ao acordar devem ser, Jesus filho de Davi tem piedade de mim que sou pecador. É preciso se acusar de seus pecados a todo instante, assim, como devemos fazer na confissão sacramental. Essa atitude vai nos colocando na real situação em que nós nos encontramos, e nos pede a busca da solução desse problema espiritual.

O exercício da oração pessoal, a luta para resolver os entraves que impedem que eu cresça espiritualmente, devo ser constante, eu nunca devo me dar por vencido de que já alcancei o patamar que precisava para poder ser de fato um cristão católico autêntico.

Luta oração e sacrifícios, devem ser os instrumentos para podermos alcançar de deus tudo aquilo que precisamos para ser o que devemos ser para Deus, esse deve ser nosso objetivo, o que tinha que ser para o mundo já o somos, precisamos nos esforçar para ser o melhor para Deus.

A virtude teologal da esperança é um instrumento necessário para poder conseguir dar os passos na luta para sair da cegueira espiritual, mas munido dos instrumentos necessários, se deve começar urgentemente a combater o erro pela raiz. A vida espiritual será cada vez mais prodigiosa, à medida que o penitente sente desejo de sempre melhorar cada vez mais, quando ele cai no conformismo, dizendo o que eu faço já é de grande tamanho, aí reina o fracasso espiritual do qual todos nós devemos fugir.

Quando buscamos melhorar nossa vida espiritual, ganhamos um novo vigor, assim como aquele que sentimos ao sair do confessionário depois de fazer uma boa confissão sacramental.

A cegueira espiritual é um mal tão grande que faz com que a pessoa afunde em seus pecados sem nem ao menos perceber, e o pior é que o anjo da guarda da pessoa fica o tempo todo tentando faze-la perceber a situação em que se encontra e a cegueira não permite.

A intimidade com o anjo da guarda é muito importante para lutar contra esse mal, deve-se pedir sempre o auxílio do anjo da guarda para poder perceber a teia do mal que nos cerca e nos cega. Esse auxílio se consegue por meio da oração pessoal e da conversa na oração com o anjo da guarda, não precisa ser audível, mentalmente mesmo podemos pedir a ajuda do nosso anjo sempre.

O sentimento que toma nosso ser é de ser imensamente gratos a Deus, pois Ele nos cumula com seu amor, a cada absolvição recebida no sacramento da penitência. Mas esse sentimento deve nos impelir a buscar aprofundar a busca da vida santa, e não permitir que o sentimento de que já estou pronto, tome conta de mim.

Pelo contrário, o sentimento de gratidão a Deus pelo perdão recebido deve se converter em busca de uma vida de oração mais profunda, por isso é salutar fazer uma penitencia maior do que aquela recebida do sacerdote, se ele te mandou rezar um terço, reze dois, se ele te mandou ficar dois dias se assistir televisão, fique quatro, se ele te mandou ler um capítulo da sagrada escritura, leia dois ou três, e assim, vamos nos empenhando para ser mais próximos de Deus.

Outra forma muito benéfica para a alma é já começar a fazer algum tipo de penitencia antes mesmo de se confessar, isso para preparar o espírito para receber a dádiva da misericórdia.

Sem a luta espiritual, rezar incrementar a vida de oração, também ensinar quem não sabe a rezar e fazer leituras espirituais, é muito importante no processo de busca de uma vida interior mais intensa e longe dos pecados que tira nosso estado de graça e nos torna indignos de receber a santíssima eucaristia.

A relutância em frequentar o confessionário também contribui para que a cegueira espiritual se agrave, nenhum católico devia passar mais de um mês sem se confessar, para o próprio bem de sua alma, pois ao receber o remédio do perdão de Deus nos tornamos cada vez mais fortes para enfrentar a luta espiritual contra o pecado.

Muitas almas se perdem por acreditar que só porque nunca matou e nem roubou a ninguém, por isso não precisam se confessar e isso é uma coisa que alegra muito o satanás, pois ele quer que nós pensemos que somos perfeitos e muito bons, e na verdade sabemos que não o somos, a realidade é bem diferente disso.

Mesmo que não consigamos perceber a gravidade do nosso pecado, devemos sempre procurar o sacramento da penitência, mesmo que seja somente para confessar pecados veniais, não importa, não adie sua ida ao confessionário, antes se prepare, reze pelo seu confessor, reze pelos penitentes e por aqueles católicos que não tem o costume de se confessar, para que todos nós nos convertamos e passemos a buscar com mais frequência o tribunal da misericórdia divina.



A inquisição realmente existiu?

Por Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

É inevitável que o nosso estudo proporcione outra resposta que não seja o sim, a inquisição existiu, ninguém em sã consciência diria o contrário, mas, a verdade dos fatos, revela que a história que chegou até nós sobre esse tema fora deturpada. Foi por volta do ano de 1233 com a bula papal Licet ad capiendos que surgiu o chamado Tribunal do Santo Ofício, o Tribunal da Inquisição como ficou popularmente conhecido. Instituído pelo Romano Pontífice Gregório IX, esse tribunal surgiu para barrar injustiças existentes no mundo acerca da condenação de pessoas sem que passassem por uma investigação e julgamento.

O que muita gente não sabe, ou fazem questão de não saber é que a inquisição não matou a população mundial como dizem os professores de "história", a verdade dos fatos é bem diferente. Aqui tentarei trazer à tona alguns dos acontecimentos distorcidos, não será possível falar de todos, pois precisaríamos de uma série de pequenos artigos, mas nos detenhamos em alguns relatos que nos mostram a deturpação da real história da inquisição.

Nossa primeira argumentação será sobre a inquisição numa determinada cidade da França chamada Toulouse, esta cidade francesa, que hoje conta com uma população de 441, 802, na época da inquisição tinha pouco mais de 200 mil habitantes, até aqui nada de extraordinário, se não complementasse a informação, dizendo que os "historiadores" ensinam em seus estudos que só nesta cidade francesa a inquisição ceifou a vida de mais de 3 milhões de habitantes, e aí nós descobrimos que realmente a verdade não está com tais historiadores. Será que algum matemático é capaz de resolver essa incógnita? Como será que faz para matar três milhões de pessoas num universo de pouco mais de duzentos mil?

Será que é sabido de todos que o objetivo da inquisição era fazer com que as pessoas saíssem de seus erros e fossem absolvidas? Não. É claro que não, os historiadores fazem questão de dizer que a inquisição era para que o papa ficasse feliz por matar muita gente, essa mentira tosca, é sustentada por muitos anos, eles não têm a mínima ideia de informar que o tribunal fora criado para barrar a injustiça, pois esse foi o primeiro tribunal na história da humanidade a exigir as provas de que a pessoa realmente era culpada, o tribunal fazia a investigação do crime e também não se tem interesse de tornar público e notório que o tribunal proibia o uso da tortura, essa informação provavelmente é irrelevante.

Outra informação omitida pelos "historiadores" é a de que a inquisição só julgava pessoas católicas, nenhuma pessoa não católica sofreu as penas daquele tribunal. Outra informação que também é tida como irrelevante, é que as condenações eram executadas pelo Estado e não pela Igreja, esta, nunca teve a autoridade de matar nem prender ninguém como aquele.

A maioria dos "condenados" recebiam as penas de rezar o terço, rezar ave Marias e fazer penitências. Sem falar nas várias tentativas dos padres de fazer com que o penitente se declarasse arrependido para livrar-se das penas.

Em 2016 o Vaticano abriu os arquivos para mostrar os registros oficiais do Tribunal do Santo Ofício, e tais documentos revelam que realmente a mentira dominou a mente dos historiadores e causaram grande prejuízo ao conhecimento humano ao longo de muitos séculos.

Mas por que será que estes mesmos historiadores esquecem de informar sobre a Inquisição Protestante? Será que eles a desconhecem? Não. Eles sabem muito bem de sua existência, mas, preferem esconder a verdade dos fatos, pois não são fiéis a verdade, mas preferem defender com unhas e dentes a "verdade" deles, produzidas por eles para atender puramente aos anseios deles.

Será que os "historiadores" não sabem que a inquisição protestante matou infinitamente mais pessoas que a católica? Não defendemos aqui a inquisição católica pelo simples fato de ter levado a condenação menos pessoas, não, não queremos ser levianos, aqui defendemos que um mal menor é tido como maior, ao passo que o mal maior é varrido para debaixo do tapete, a Inquisição foi um tribunal muito à frente de sua época, pois rejeitava absolutamente qualquer tipo de tortura para obter informações do indivíduo. A inquisição protestante matou só no Brasil no Estado do Rio Grande do Norte mais de 30 pessoas, os chamados protomártires do Brasil beatificados por são João Paulo II. Não é muito difícil entender, por que o holocausto que matou mais de seis milhões de pessoas, é, infinitamente, menos citado, que a Inquisição que não matou sequer 100 mil pessoas, mais uma vez lembrando, que o fato de ter levado a morte, menos de cem mil pessoas, seja o motivo de dizer que não foi uma coisa errada, mas é preciso ser fiel a Verdade.



O real valor da Eucaristia

Por Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

A Divina Eucaristia, como dádiva para a vida dos homens. Nem o uso das palavras mais rebuscadas do dicionário é capaz de manifestar o real valor contido no Santíssimo Sacramento, vamos no decorrer destas poucas linhas tentar levar a cabo essa missão, mas, sem pretensão de encerrar os argumentos que nos encaminham para o pleno conhecimento da Majestade Divina, que é Jesus no Santíssimo Sacramento.

Como disse outrora, a Igreja é um mistério, e a Eucaristia é o centro desse mistério, pois como acreditamos, a Eucaristia dá a vida a Igreja. Existe um caminho, o qual podemos usar o termo cunhado por santa Teresa de Jesus, que é o caminho de perfeição, esse caminho se chama oração, é realmente a oração quem nos encaminha para os átrios de Deus, e é também a oração quem nos poderá ajudar a crescer no conhecimento da verdade contida no augustíssimo sacramento que nós maravilhosamente temos o acesso na Santa Missa, mas infelizmente muitos comungam sem, contudo, saber o que estão fazendo, e como podemos descobrir isso? Basta olhar a postura de quem comunga, não estamos aqui estimulando o julgamento, antes, essa orientação deve servir para nos corrigir em primeiro lugar, não para corrigir o outro, lembre-se sempre da máxima do Santo Evangelho, hipócrita primeiro tire a trave que está no teu olho, então poderás ver com clareza para tirar o cisco do olho do teu irmão.

Se percebe que as pessoas não estão com plena consciência do que seja a Santíssima Eucaristia quando ela não se confessa há anos, e, contudo, comunga em todas a missas, quando ela não sabe nem como receber a comunhão, vem como que com um alicate pegar a hóstia, existe também aquelas pessoas que pensam que receber a comunhão na boca é piedade demais, mas aqui eu faço uma pergunta, desde quando é errado tratar Jesus com piedade? Vemos então que os valores estão invertidos, a piedade é essencial na recepção da Santíssima Eucaristia, por isso existe o genuflexório, o genuflexório, não existe para outra coisa senão, para que possamos de joelhos reconhecer a realeza do Divino Salvador , mas infelizmente muita gente na Igreja acredita que vamos a Santa Missa para nos divertir, para nos sentir bem, para ver as pessoas, para passar o tempo, e assim se eu for enumerar, ficaremos dias dando exemplos de coisas que não devia ser o motivo de irmos à Santa Missa, o motivo principal de irmos a Santa Missa é prestar a Deus culto de louvor, adoração, ação de graças e de súplica. E aqui devíamos ter em mente que nossa súplica devia ser sempre em favor dos bens espirituais, e nunca em favor de bens materiais, pois nós não somos protestantes, embora muitos se comportem como se o fossem.

O protestante tem um objetivo claro diante de Deus: tirar tudo de material que for possível para ele, o católico deve ter em mente que nossa vida toda deve ser somente de súplica de perdão, pois Deus é tão maravilhoso, e nós tão desgraçadamente o ofendemos, Deus nos dá graças sem fim, e nós o trocamos por uma novela, por um futebol, por um jogo de baralho, por um banho de praia, por uma roda de conversas frívolas.

E por que devemos a Deus tributar somente pedidos de perdão? Porque nós não deveríamos pedir nada a Deus, pois ele nos deu tudo: Nosso Senhor Jesus Cristo, será que é necessário mais alguma coisa em nossa vida? Se a resposta for sim, é porque você não sabe o que é a Divina Eucaristia, no dia em que descobrirmos o seu real valor, vamos mudar totalmente nosso modo de pensar e de agir.

No dia em que a consciência a respeito desta dádiva de Deus para a vida humana for plena, então ninguém mais esquecerá de traçar o sinal da cruz quando passar em frente de uma Igreja Católica, ninguém vai passar defronte o sacrário sem fazer a genuflexão, ninguém vai ter a coragem de criticar o fiel que prefere comungar de joelhos e na boca, ninguém vai ter coragem de usar qualquer roupa para ir à Santa Missa, ninguém vai ter coragem de aceitar a auto comunhão, ninguém vai aceitar que o padre fique sentado e um ministro faça as vezes dele, ninguém vai achar normal que um ministro extraordinário prepare as oferendas no lugar do padre ou do diácono., e assim caros leitores eu ficaria aqui durante horas escrevendo coisas reprováveis que são inadmissíveis para uma pessoa que tem compreensão do seja a Divina Eucaristia, o pão que os anjos só podem adorar, e que só aos homens é dado o direito de se alimentar, o corpo de Jesus Sacramentado, alimento para alma, cura de nossas feridas, já dizia santo Tomás de Aquino, "Tanto possas, tanto ouses, em louvá-lo não repouses: sempre excede o teu louvor!", e mais ele diz essa verdade nobilíssima: "Faz-se carne o pão de trigo, faz-se sangue o vinho amigo: deve-o crer todo cristão".

A verdade é que a medida em que tomamos consciência da maravilha que é participar do Banquete do Cordeiro, nossa conduta de vida começa a ser refeita pelo amor que a Eucaristia nos impõe, depois de conhecer a Jesus Sacramento é impossível manter a vida velha, do homem velho, nós abraçamos a graça de Deus pela adesão a vida do homem novo.

Uma das coisas que mudará drasticamente em nossas vidas, é o modo como encaramos o sacramento da penitência, a partir desse momento nossa vida irá dá uma guinada em direção ao eterno, que nos sentiremos como que um pássaro que voa ao encontro do infinito, pois Deus nos cerca de carinho e proteção, deu-nos o tribunal da misericórdia, e nós fazemos pouco caso dele, Deus é o juiz misericordioso que nos chama a conversão e nos apresenta um novo plano de vida, o ato mais corriqueiro de Deus é te acolher na misericórdia pelo sacramento da penitência.

Então deixe de resistir ao amor de Deus e vá procurar um sacerdote católico e faça seu exame de consciência e em seguida confesse seus pecados, abale o inferno com sua confissão, mas agrade a Deus cause terror ao satanás, pois ele odeia quando você se confessa, pois sabe, que a confissão é o "passaporte" para participar do banquete que o Justo juiz lhe preparou. Mais uma vez recorremos ao doutor angélico "Se não vês nem compreendes, gosto e vista tu transcendes, elevado pela fé. Pão e vinho, eis o que vemos; mas ao Cristo é que nós temos em tão ínfimos sinais". Santo Tomás de Aquino, rogai por nós!



A verdadeira conversão

Por Pe. Marcelo Aquino, O. Carm 

A vida do cristão convicto de sua fé deve ser uma incansável busca da conversão, se a vida do cristão não tem como parâmetro a vida santa, a conversão sincera, não é digna desse nome (cristão).

A conversão deve ser a primeira busca de cada um de nós, sobretudo, católicos herdeiros da verdadeira fé, precisamos nos empenhar na conversão de vida. Lutar contra os pecados é um exercício que devemos empreender sempre, e nunca se deixar abater quando cairmos no pecado, o que importa é levantar-se e recomeçar a vida pelo sacramento da penitência.

Deus deseja nos salvar, Ele preparou um lugar para cada um de seus filhos na morada é preciso fazer tudo para sermos dignos desta morada, fazei penitência, rezai, confessai e comungai, esses são as armas da fé católica que nós nunca devemos nos esquecer de fazer uso.

A conversão será verdadeira à medida que nos tornarmos cada vez mais para crescer espiritualmente, e os instrumentos para isso nós temos, a busca da vida interior, o que isso significa? Significa que precisamos nos preocupar tanto com o interior como o exterior, nosso ser deve se comunicar com Deus quando estamos, é necessário falar com Deus sempre isso é diálogo de amor.

Para estimular a verdadeira conversão semper pensar no bem do norte da Igreja e do povo de Deus, se aquilo que não posso fazer esforços para trás espiritual a Igreja devo empreender com todas as minhas forças, não podemos viver alheio ao que pode acontecer a Igreja por meio de nossa conduta.

O pecado da omissão nos grandes prejuízos, por exemplo, se você sabe que tem um pecador que só celebra a missa dia de domingo e você sabe que ele está errado, seu, não tem medo de receber impropérios dele, diga: o senhor está operando em prejuízo da Igreja. Veja o que são Beda o venerável disse a respeito disso: "Se o sacerdote de celebrar, sem legítimo impedimento, priva a santíssima Trindade de glória, os anjos de alegria, os pecadores de perdão, os justos de proteção, as almas do purgatório de negociado, a Igreja de intercessão, ea si mesmo de medicina".[1]

A busca da conversão verdadeira, é a busca da santidade não se desanime se você tem muitas dificuldades nesta, Deus está contigo, mas é necessário lutar sempre.

Se cair lembre-se de levantar mesmo antes de se confessar comece a já fazer penitência, esforce o espírito para obter a contrição perfeita, jamais deixe que a vergonha te impeça de confessar seus pecados.

Quando nós não necessariamente nos parecemos para obter a conversão nos sentimos mal, por exemplo, numa pregação quando ouvimos o que nos corrige, provavelmente, provavelmente e não enxergamos a correção que tem a missão de nos corrigir, os sacerdotes.

Quando descobrimos o sabor da conversão, nossa vida ganha novos são, a vida cristã quando vivida segundo os desígnios de Deus, ela se torna um jardim florido e de odor agradabilíssimo.

Fujamos, pois das coisas fúteis que nos impedem de servir a Deus na Igreja, fujamos de todos os caminhos que nos impulsionam para o contrário que Deus nos pede, fujamos de todos os "amigos" que tentam nos arrastar para a perdição.

A vida devota é a chama do amor de Deus, nos impele a buscar a perfeição no caminho de Jesus, a vida devota será cada vez mais profícua em que desejamos uma verdadeira mudança de vida, enquanto ela desejamos gozar a Deus.



Brasil conservador

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O.Carm. 

A ausência de compreensão do significado das palavras produz grande confusão mental nas pessoas, sobretudo nos menos esclarecidas. São muitas as palavras que fazem as pessoas terem uma rejeição de imediato sem, contudo, terem consciência do seu real significado.
Começarei por uma palavra muito defendida nas discussões de uma tal cidadania, que é o preconceito. A maioria esmagadora das pessoas não sabe que ter preconceito não é um problema, não é um crime, pois o preconceito é apenas a premissa do conceito, ninguém tem o conceito das coisas sem antes ter o preconceito, portanto, o problema é continuar no preconceito sem passar para o conceito.

Mas o que domina as discussões é, apenas o combate ao preconceito, mas as pessoas que defendem isso não tem a mínima ideia do que é o preconceito, na maioria das vezes ele nunca estudaram a etimologia da palavra, mas apenas repetem o que os outros falam sem discernir, aliás, discernir é outra palavra pouco conhecida da grande massa.

A outra palavra que gostaria de expor nesta reflexão é a palavra conservador, o que se ouve muito Brasil afora é que devemos ter nojo de conservadorismo, mas na verdade as pessoas não conseguem compreender que conservar é um ato salutar, se conserva o que é bom, o normal é fazer o possível para conservar o que vai servir para a humanidade, é o que fazemos com a literatura, todos nós acreditamos que a leitura é uma grande "arma" contra a ignorância, por isso conservamos o costume de preservar bibliotecas e estimular o gosto pela leitura.
Manter um museu como aquele que foi consumido pelas chamas na Quinta da Boa Vista no Rio, é um ato conservador, pois ali se encontrava grande parte de nossa história. Quando não se compreende o significado das palavras a pegamos como o nosso inimigo e pela qual irei usar todas as minhas forças para poder banir da sociedade.

Uma coisa que muitos não querem aceitar, é que o Brasil é conservador, o seu povo preserva as tradições que nortearam a civilização ocidental e não abrem mão de seus costumes, de ter um filho que é educado a pedir a bênção aos pais, aos padrinhos, que conseguem sentir a importância da vida em família, de ter filhos e pensar num futuro em que os pais terão seus netos e vão pode contar histórias para eles.
Já foi mostrada diversas vezes que a grande maioria dos brasileiros que são cristãos e até mesmo quem não comunga da fé cristã a maioria esmagadora são contra o aborto e são abertos à vida, como Deus quer.

Mas quem fala contra os conservadores, falam sem conhecimento da palavra ou são realmente pessoas decididas a destruir uma civilização que deu certo. Fingem que são democráticos, mas agem como ditadores, não aceitam a vontade da maioria se essa for contrária à deles, eles exercem uma verdadeira ditadura, a ditadura do relativismo, promovem as maiores às atrocidades e jogam a fama de ditadores nos outros e se fazem de vítimas, tudo isso é fruto de desonestidade intelectual, quando eu escondo que defendo ditadores que mataram inúmeros homossexuais e políticos contrários ao meu regime e saio como defensores das "minorias" especialmente os homossexuais e afins.

O Brasil precisa acordar para impedir que esses verdadeiros ditadores não façam da nossa nação um curral onde eles criam os gados deles para fazer o que quiserem. Já está na hora de acordar para resistir ao discurso ridículo de que não podemos ser a favor de matança de bois para fazer churrasco, pois foi justamente para isso que Deus criou os bois, não foi para termos bois vovôs.

Todos aqueles que fazem discursos contra o conservadorismo, na verdade fazem discurso contra o Brasil, quem não aceita a vontade do povo, não aceita o povo.

O Brasil é conservador e é dos brasileiros, o nosso país nunca pertencerá a um partido político por melhor que ele seja, e quem vai reger nossa nação é Deus porque assim o povo o quer, não adianta gritar que o Brasil é laico, pois o Brasil pode ser laico, mas o povo é cristão e religioso e isso ninguém pode tirar do povo, a maioria dos brasileiros quer que Deus esteja acima de nós e não nós acima de Deus.

Não adianta querer pagar de bonzinho, defensor das "liberdades", da "cidadania", da "democracia", pois o nosso povo não é burro e sabe diferenciar o lobo da ovelha. A nossa defesa é para que a família grande projeto de Deus seja preservada como a conhecemos e possamos criar nossos filhos na decência e moral que nós acreditamos e não na que os ideólogos querem fazer goela abaixo.



Dez questões esclarecedoras sobre a Missa Tridentina

Pe. Fr. Marcelo Aquino,O. Carm. 

1. O que é um rito litúrgico?

Rito designa o modo como se realizam todos os serviços de louvor a Deus e santificação do homem; incluindo, portanto, a administração dos Sacramentos, dentre os quais a Santa Missa é o de maior relevância, sendo o Sacrifício incruento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

2. Qual o rito litúrgico mais comum?

O Rito Romano é o rito mais comum no mundo. Este é o rito utilizado na diocese de Roma. Por ser a Sé Apostólica de maior importância, tendo por bispo o sucessor de São Pedro, este rito acabou se tornando o de uso mais extensivo. Nisso inclui-se o Brasil.

3. Existe mais de uma expressão do Rito Romano?

A maioria dos Católicos Romanos hoje em dia está familiarizada com o Missal do Papa Paulo VI, posterior ao Concílio Vaticano II, ao qual o Papa Bento XVI chama de Forma Ordinária. Enquanto que o Rito anterior ao Concílio é referido pelo Santo Padre como sendo a Forma Extraordinária do Rito Romano.

Forma Ordinária do Rito Romano: Na Forma Ordinária a Missa é celebrada conforme o Missale Romanum de 1969, promulgado pelo Papa Paulo VI. Esta forme é majoritariamente celebrada em língua vernácula, ou seja, a língua de cada país.

Forma Extraordinária do Rito Romano: Na Forma Extraordinária a Missa é celebrada conforme o Missale Romanum de 1570. Apesar de o Missal ter sido codificado no Concílio de Trento, ele está em uso, como a conhecemos, pelo menos desde o tempo do Papa São Gregório Magno. É utilizado atualmente de acordo com a edição de 1962, promulgada pelo Papa João XXIII antes o Concílio Vaticano II. Segundo as normas do Motu Proprio Summorum Pontificum do Papa Bento XVI, todo o clero ligado ao Rito Romano poderá celebrar a Missa seguindo a Forma Extraordinária.

4. Por que a Forma Extraordinária do Rito Romano às vezes é chamada de "Missa Tridentina" ou "Missa Tradicional em Latim"?

A Forma Extraordinária da Missa é um patrimônio da Igreja Ocidental. Essa liturgia é também chamada de "Tridentina" por conta do Concílio de Trento que ocorreu no século XVI. Talvez não seja essa a forma mais precisa de chamá-la, já que na época do Concílio de Trento já se tratava de um Rito antigo, no entanto, esta é a forma mais popular. Alguns a chamam ainda de "Missa Tradicional em Latim" por ser ela sempre celebrada em sua maior parte no idioma oficial da Igreja, o latim.

5. Por quais outros nomes é conhecida também à Missa na Forma Extraordinária?

Ela é muitas vezes chamada de:

"Rito Clássico", "Rito de São Pio V", "Usus Antiquor" (Uso Antigo), "Missa Gregoriana" (devido ao Papa São Gregório Magno) e, ainda que de forma imprecisa, apenas de "Missa em Latim" e mesmo "Missa de Sempre".

6. "Missa em Latim" não quer dizer apenas a Missa comum (segundo o Missal de Paulo VI) dita em latim?

A Forma Ordinária e a Forma Extraordinária possuem elementos similares, mas cada uma tem características distintivas. Por exemplo, cada forma tem seu próprio calendário litúrgico e ciclo de leituras. A Forma Ordinária possui múltiplas Orações Eucarísticas, enquanto a Forma Extraordinária usa exclusivamente o Canon Romano. Portanto, ainda que possa se utilizar do latim na Forma Ordinária, muitos conhecem à Missa Tridentina apenas por "Missa em latim" por esta rezar-se exclusivamente nessa língua.

7. Por que a Missa Tridentina é rezada em latim?

O uso do latim é um meio de manter a unidade da Igreja, como também de dar uniformidade aos seus serviços. O uso de uma única e mesma língua em igrejas Católicas espalhadas por todo o mundo é um elemento de ligação com Roma, fazendo uma só todas as nações separadas pela diversidade das línguas. O latim, como língua da Igreja, une todas as nações, fazendo-as membros da família de Deus, do Reino de Cristo. O altar é na Terra uma espécie de Jerusalém celeste, onde uma multidão de todos os povos e línguas se une ao redor do trono, louvando a Deus. E ainda, o uso do latim, a língua da Roma Antiga, é uma recordação constante de nossa dependência à Santa Igreja Romana, Mãe e Mestra de todas as Igrejas.

Além do mais, sendo o latim uma língua morta, faz-se uma defesa segura contra muitos males; não está sujeito a mudanças, permanecendo o mesmo através dos tempos. Línguas vernáculas, como é o caso do português, por estarem em uso constante, estão sempre passando por mudanças; palavras caem em desuso, outras têm seu significado alterado com o passar dos anos. Ao usar línguas vivas no culto divino, invariavelmente, interpretações errôneas e mesmo heresias podem adentrar à Igreja.

Vale lembrar também que na Missa Tridentina reza-se o Kyrie em grego e muitas outras palavras de origem hebraica são utilizadas. Juntas com o latim o grego e o hebraico são as três línguas nas quais se escreveu "Jesus Nazareno, Rei dos Judeus" sobre a Cruz de Cristo.

8. A Missa Tridentina não foi banida pelo Vaticano II?

O Concílio Vaticano II declarou, em relação a todos os ritos litúrgicos aprovados na época, que a Igreja "quer que se mantenham e sejam por todos os meios promovidos" (Sacrosanctum Concilium, 4). Um novo Rito Romano foi promulgado por Paulo VI depois do Concílio (Forma Ordinária), que é agora de uso disseminado. Mas a antiga liturgia latina (Forma Extraordinária) permanece em uso, e plenamente autorizada pelo Sumo Pontífice. A própria Missa de abertura (e fechamento) do Vaticano II fez uso da edição de 1962 do Missale Romanum, que há pouco havia sido publicada, sendo esse o Missal utilizado ainda hoje para a celebração da Missa Tridentina.

9. Por que restaurar a Forma Extraordinária em pleno século XXI?

O Catecismo da Igreja Católica afirma que: "A riqueza insondável do mistério de Cristo é tal, que nenhuma tradição litúrgica pode esgotar-lhe a expressão" (CIC, 1201). No mundo moderno, muitos católicos têm encontrado os benefícios espirituais de recuperar a herança de seu culto. A Forma Extraordinária alimenta à Fé Católica em meio à cultura de morte.

A liturgia da Igreja primitiva emergiu em um tempo de intensa perseguição e hoje, sendo os Cristãos cada vez mais perseguidos por sua Fé Católica, muitos são atraídos pela Missa antiga que ajudou a evangelizar o mundo que agora renega a Cristo. Como diz resumidamente o Catecismo, "a própria liturgia é geradora e formadora de culturas" (CIC, 1207).

10. Por que o sacerdote permanece de costas para o povo durante a maior parte da celebração da Missa Tridentina?

O mais correto seria dizer que o padre está voltado na mesma direção que o povo, visto que os participantes da assembleia são os beneficiários da Santa Missa e não seu destinatário, ou seja, a Missa é o culto de adoração por excelência do povo para Deus. Em verdade, na Missa Tridentina todos estão voltados para o Sacrário.

Em seu livro a "Introdução ao Espírito da Liturgia" o então Cardeal Ratzinger, hoje Papa emérito Bento XVI, afirma que:

"O sacerdote que se volta para a comunidade forma juntamente com ela, um círculo fechado em si. A sua forma deixou de ser aberta para cima e para frente; ela encerra-se em si própria".

Isso não vemos ocorrer na Missa Tridentina.



Liturgia católica um encontro com Deus

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O.Carm. 

A Igreja Católica é dotada de todos os meios para a felicidade do homem, um dos meios que queremos ressaltar é a liturgia, essa mesma é o cume da fé católica. Na liturgia podemos fazer nossa vida se entrelaçar com a vida divina de Nosso Senhor Jesus Cristo. Para que se obtenha isso basta que haja uma perfeita sintonia com o sacrifício celebrado; então se faz necessário que o fiel tenha consciência de que a Santa Missa é o sacrifício de Cristo, é o mesmo sacrifício da Cruz.

No culto divino, que é a Santa Missa, podemos contemplar os mistérios da nossa salvação, Nosso Senhor nos convida a caminhar com Ele para o calvário e para também com Ele ressuscitar. Por isso se espera uma adequada postura dos fiéis neste sacrifício redentor, para que o sacramento não seja profanado e os benefícios sejam aproveitados da melhor forma possível.

O cultivo do silêncio é um grande aliado para quem deseja tanto prestar o culto da melhor forma possível, quanto para poder obter o maior bem possível. Sem o devido silêncio é impossível ouvir a voz de Deus, Ele nos fala em cada gesto da liturgia, é preciso bastante atenção para poder compreender o que significa cada gesto.

O centro do culto divino católico é Deus, não deve ser nem o sacerdote e nem o "animador", até porque na missa não deve ter um "animador", pois se trata do sacrifício de Nosso Senhor e não de um espetáculo, como infelizmente pensam muitas pessoas que participam das missas em nossas paróquias.

O encontro com Deus na liturgia só será possível à medida que Deus tenha seu lugar preservado pelas pessoas que preparam a liturgia. A noção de oração está muito longe do verdadeiro conceito, e, portanto, precisamos nos voltar para Deus deixando nossos gostos de lado e aderindo primeiro à vontade de Deus e depois ao que a Igreja nos pede a respeito da sagrada liturgia.

Sem essa consciência a liturgia será tudo menos aquilo que devia ser: um encontro com Deus e nossa submissão à sua vontade.

A exemplo da Santíssima Virgem Maria, digamos faça-se em mim segundo a tua vontade.

A liturgia é a vida da Igreja. O cume da vida cristã católica é a celebração do culto Divino, onde o Senhor nos dá seu corpo e seu sangue como alimento de nossas almas. Celebrar a sagrada liturgia é entrar em comunhão com Deus, por essa razão se faz necessário viver intensamente e solenemente este encontro.

Para que a liturgia seja bem celebrada, ela não precisa de nada além do que está prescrito no Missal Romano. Muitas vezes os leigos que ajudam nas paróquias pensam em muitas coisas que acreditam ser bons elementos para "incrementar" a liturgia, mas isso é uma perda de tempo. A liturgia não é capenga, ela não precisa ser aprimorada para ficar melhor, ela apenas precisa ser respeitada. Por isso, se faz necessário algumas orientações acerca da liturgia.

Primeiro, não se deve usar tecidos coloridos para enfeitar o ambiente. As cores litúrgicas devem apenas aparecer nos paramentos dos sacerdotes;

Em segundo lugar, não se deve colocar cartazes no ambão da palavra, o ambão deve ser ornado com um tecido ou até mesmo nu;

Evitar ornar a igreja com balões de aniversário, mesmo que o aniversário seja de Jesus, Nosso Senhor;

Também é salutar evitar bater parabéns, dentro da missa, para alguém que faz aniversário; se quiser pode fazê-lo depois da bênção final, pois os parabéns para você, não fazem parte do rito da Santa Missa.

Olhando assim, podemos achar que são muitas prescrições para desenvolver na Santa Missa e, até, podemos achar que é difícil. Não é não! Para isso existe o Missal Romano, siga o que ele diz, as letras pretas são as palavras que devem ser ditas, as vermelhas os gestos que devem ser feitos, fácil assim, basta saber ler e tudo vai sair direitinho.

Mas por que o padre não pode usar da criatividade? Porque a missa não é do padre, mas de Nosso Senhor. Se o padre quiser usar criatividade, use-a na casa paroquial, na hora do almoço, por exemplo, deixe de usar a mesa e use o chão como mesa, coloque a comida num papel ao invés do prato, jogue o suco no chão, ao invés do copo, lá ele pode fazer tudo isso, já que é amante das criatividades, mas na Santa Missa não.

Quem deve aparecer na Santa Missa, é o Cristo, e não o padre e nem os que ajudam na liturgia, por isso se você tem dotes de teatro se inscreva numa escola de teatro, igreja não é palco para shows.

Nossa! Mas isso parece muito duro, não? Não. E por que não? Porque ninguém está dizendo que você tem que enterrar seus talentos e não os desenvolvê-los, só está se dizendo que a igreja e especificamente a Santa Missa não é lugar para isso.

Não é muito difícil celebrar bem a liturgia como alguns pensam, basta ter boa vontade e humildade para compreender que o autor da liturgia não somos nós, mas Deus.

É preciso deixar que Deus tome as rédeas da liturgia e que o padre cumpra seu papel de padre, para que tudo corra na mais perfeita harmonia.

Existem outras coisas que precisam ser observadas para que a liturgia seja bem celebrada, se trata dos cânticos nela executados. Lembrem-se sempre os cantos na liturgia servem para nos ajudar a compreender o mistério celebrado, portanto, não se pode cantar um canto que nada tem a ver com o que está sendo celebrado. Por exemplo, não se pode cantar canto de louvor no lugar de canto de entrada, por dois motivos, primeiro porque o canto de louvor já está dizendo para qual finalidade ele está sendo executado, e a missa não

é louvor, mas Sacrifício. Segundo, porque o canto de entrada deve introduzir na celebração.

Se a liturgia do dia fala, por exemplo, da pregação de João Batista, convidando à conversão, não tem porque se executar um canto que fala sobre a descida do Espírito Santo.

Outra coisa importante atentar, é que não basta o canto ser "bonito" para que ele sirva para Missa, assim como não é concebível músicas protestantes serem executadas nas Missas.

Não basta falar de Deus, para ser um bom canto, a música não pode ter erros teológicos ou ser um trampolim para heresia. A Santa Missa não é um laboratório de se testar músicas, a Santa Missa é o lugar de nos encontrarmos com Deus. E nesse encontro desenvolver quatro finalidades inerentes à Santa Missa, a saber: Adorar a Deus, Pedir a Deus, Agradecer a Deus e louvar a Deus.

Na Santa Missa não precisa de comentário inicial e nem das leituras, basta que se toque um sino todos se levantam e se começa a entoar o canto, enquanto o sacerdote entra para celebrar o augusto sacrifício de Nosso Senhor.

Não se precisa fazer, na Santa Missa, entrada da bíblia. Ao se realizar a entrada da bíblia quer dizer que o Lecionário no ambão, com a Palavra de Deus, não quer dizer nada. Na procissão do ofertório não deve se levar o cálice, mas somente a patena com a hóstia e o vinho, pois não se oferta ao Senhor o cálice, pois o cálice já fora ofertado ao Senhor no dia que foi consagrado pelo bispo.

Uma liturgia bem celebrada é um serviço à evangelização, disse certa feita o papa emérito Bento XVI.

E para terminar, mais dois pequenos esclarecimentos, não se põe flores em cima do altar e não se coloca imagem na frente do altar. A frente do altar deve estar sempre livre, no máximo, se coloque um arranjo de flores no chão em frente ao altar.



Queremos Deus, homens ingratos

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm. 

A sociedade brasileira e não somente a brasileira, mas a maioria das nações do mundo, está atravessando um período de nebulosidade. Estão tentando calar a Deus, calando a população, especialmente a população católica. O cristianismo se vê novamente ameaçado assim como foi muitas vezes ao longo da história, aliás, nunca deixou de ser.

O povo, muitas vezes desunido, se vê acuado com tantas manobras que visam calar a nossa fé. Existe, é bem verdade, um grupinho aqui, outro grupinho ali, que tenta resistir a tanta truculência dos comunistas e marxistas, que tentam de toda forma pôr sua ditadura em funcionamento, onde ainda não colocaram, pois sabemos que em muitos lugares ela está a todo vapor. Basta olhar o que acontece na Venezuela, na Coreia do Norte, Nicarágua, Bolívia e tantos outros lugares do mundo.

O grito dos católicos, muitas vezes sufocado, quer nos dizer apenas isso: "Queremos Deus, homens ingratos". Esse mesmo grito que ressoou nas bocas dos nossos irmãos franceses ao protestar contra a expulsão de Deus da esfera pública durante a sanguinolenta Revolução Francesa. Hoje mais uma vez nos vemos condenados pelos homens que querem nos dominar, nos condenando a viver sem Deus, ou a morrer por ter escolhido a Deus.

Gritemos mais fortemente, "Queremos Deus, homens ingratos". Queremos cultuar aquele que nos deu a vida e nos chama à vida eterna. Queremos que Ele reja nossas nações. Queremos instaurar o reino social de Nosso Senhor Jesus Cristo. Queremos o Triunfo do Imaculado Coração de Maria. Apenas queremos respirar Deus e dar a Ele o lugar que Ele merece em nossa sociedade.

As lutas penosas de católicos que querem viver a vida cristã livremente é uma luta árdua. É preciso ter a virtude da perseverança para poder não desistir diante de tantos desmandos, muitas vezes até por parte de nossos pastores, aqueles que deviam nos guiar nos prados eternos, nos empurram para o abismo. Mas, o que nos alenta neste vale de lágrimas é saber que os perseguidos serão salvos, os perseguidores serão aniquilados e queimados eternamente no fogo do inferno.

Não desistamos nunca, meus irmãos, de gritar: "Queremos Deus". Não se deixem calar por aqueles que ofendem a Deus destruindo o patrimônio da liturgia (culto por excelência a Deus), nos apresentando modos indignos de culto, nos colocando em perigo de perdição caso aceitemos a idolatria, nos deixando em perigo de perdição ao nos privar dos santos sacramentos.

O grito por socorro não pode calar. Não nos cansemos de gritar. Salvemos a liturgia. Brademos aos quatro cantos da terra: Deus existe e Ele vai julgar este mundo. E quem não for fiel será condenado. Quem rejeitou o Filho do homem será condenado à morte eterna.

Queremos Deus, e os homens ingratos não nos calarão. Resistiremos à destruição da Igreja e de sua liturgia. Resistiremos aos lobos que não se cansam de tentar destruir a herança do sangue redentor de Nosso Senhor. A Igreja é viva e o Espírito Santo continuará a guiar sua missão, para que as futuras gerações possam beber desta fonte de graças.

Amemos a Igreja, amemos a liturgia católica que nos aproxima de Deus, amemos a Verdade, e Deus, no momento oportuno, nos premiará com a sua sacrossanta graça, auxiliando-nos na busca do infinito, na busca de Deus. Deus não está morto. Ele vive e nos assiste em nossas necessidades. Porém, Ele quer nos ver lutando pela nossa fé, a fé que temos no único Deus vivo e verdadeiro.

Os homens ingratos não resistirão à força e ao poder do nosso Deus. Queiramos fazer parte dos que lutam para centralizar Deus na vida dos homens, na vida da sociedade, e para que toda cidade reconheça o senhorio de Nosso Senhor e se submeta ao seu poder vitorioso.

"Dá nossa fé, ó Virgem, o brado abençoai. Queremos Deus que é nosso Rei, queremos Deus que é nosso Pai." Que a bem-aventurada e sempre Virgem Maria nos ajude nesta batalha espiritual que o mundo católico atravessa. Satanás não tem o poder de dominar o mundo. Quando chegar o momento oportuno, Deus refulgirá e esmagará todo mal, e ai daqueles que se aliaram à estirpe da serpente. Serão lançados no fogo do inferno com o Satanás e seus anjos.



O Dragão do Modernismo

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm. 

O momento em que nos encontramos é simplesmente tenebroso, vemos por todo lado as pessoas atacarem o modo fidedigno de ser Igreja, nos acusando de estarmos atrasados ​​e impedindo que a Igreja caminhe.

Temos à nossa frente um dragão, o dragão do modernismo, aquele mesmo condenado pelo papa beato Pio IX no Syllabus, e também pelo papa São Pio X. Sim, o modernismo que eles tanto nos tentaram alertar, esse modernismo não morreu e está a todo vapor tentando destruir a Igreja, colocando-a na onda do mundo. O que nos anima nessa batalha é saber que em cada época Deus suscita homens e mulheres que se atrevem a não ser de seu tempo para salvar a história.

O modernismo é um câncer que deseja infectar toda a Igreja, uma vez que já contaminou a sociedade civil, ou pelo menos grande parte dela. A Igreja como instituição divina conta com colaboradores que ajudam seus filhos a trilharem o caminho do bem e da concórdia, nunca desprezando a primazia de Deus em suas vidas.

O mundo moderno tenta de todas as formas fazer com que a Igreja pense que ela é parte dele, mas sabendo que a Igreja é obra divina e, portanto, não corrigida à modelação, ela vai caminhando e lutando para conservar o depósito da fé que é constantemente atacado, muitas vezes por aqueles que a deviam preservar e cuidar: os pastores de almas.

Precisamos, com nossa fé e empenho, ser faróis para as gerações futuras. É o nosso empenho e luta que defende os homens e mulheres do futuro, à graça de conhecer a frutuosa tradição milenar da Igreja, não apenas conhecer por livros, mas por prática e vivência dos mistérios de Deus no dia-a-dia.

Temos na verdade uma grande luta entre dragões: o da verdade e o da modernidade. O primeiro sofre vilipêndio e escárnio, o segundo segue sutilmente mascarado de solução para os problemas atuais. A Igreja, no entanto, nunca precisou ser atual para trazer o melhor para o mundo: Jesus Cristo. A Igreja nunca precisou aprender com o mundo o que é o melhor, pelo contrário ela ensinou ao mundo o que é o melhor, mas o mundo não o quis. "Vim para os meus, mas os meus não me recebeu". (Jo, 1,11).

A grande acusação do mundo moderno contra a Igreja de sempre é que ela não é atual, mas a resposta que temos para dar é que Nosso Senhor também não é, Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e sempre. (Hb 13, 8). E por essa razão, a Igreja que deve seguir tão somente a Jesus, seu Divino Fundador, também não segue ao mundo. Temos clara consciência de que o mundo nada tem como nos dar, tudo recebemos de Deus, princípio e fim.

O dragão do modernismo, no entanto, insiste em tentar construir outra Igreja que não é a Igreja de Jesus, pois esta já está construída desde a época dos apóstolos e à ela queremos ser fiéis até o fim dos tempos, uma Igreja santa e Imaculada, que tem filhos pecadores sim, mas com desejo de se emendar e seguir fielmente o divino mestre.

A batalha espiritual a que os filhos da Igreja são chamados a travar é a batalha da fé, da oração, do sacrifício, do destemor. Não tenhamos medo de defender nossa fé diante dos tosquiadores, o dragão do modernismo é violento, sanguinolento, o dragão do modernismo não reconhece a Deus, ele se considera Deus com respostas para tudo, mas tudo isso é apenas enganação, só no Deus verdadeiro temos uma paz que precisamos.

Por isso, é urgente que os fiéis católicos não se deixem intimidar pela corrente de satanás que está no modernismo, tentando fazer a Igreja o seu projeto pessoal, onde Jesus Nosso Senhor é banido, onde a fé se torna obsoleta e sem razão.

O cristianismo e sua origem até hoje é o motivo de perseguição, e não será diferente, Nosso Senhor disse: "se faz assim com a árvore verde, o que se fará com a seca?" (Lc 23, 31). O católico convicto de sua fé – sim, o convicto, pois de católico caótico a Igreja já está cheia -, aquele que crê nas verdades perenes da fé e que Deus não muda, esse sim deve se empenhar em defender a vencida redentora do sangue de nosso Senhor, não esperem que bispos e padres o façam, pois estes muitas vezes não estão comprometidos com a verdade, sejam vocês mesmos os soldados de Cristo Jesus.

Como defensores de Cristo não podemos aceitar que ofereçam a Cristo um sacrifício que não seja sacral, paremos de brincar de missa, a Missa tem de ser respeitada e preservada para continuar sendo a obra redentora de Jesus, Nosso Senhor que salva almas, que liberta dos vícios e que eleva o espírito. Não queremos outra coisa, isso nos basta.

Em todas as épocas Deus suscita homens e mulheres de fé e coragem para mostrar ao mundo que o espírito dos apóstolos continua nos incentivando a continuar a obra redentora de Jesus sem negociar como verdades com o mundo moderno e nem com os defensores do modernismo.

Avante católicos destemidos, somos todos Templários do Senhor e queremos manter a sua ordem, queremos que o Reino Social de Nosso Senhor não seja substituído pelos modelos nefastos que nos apresentam, onde se implantar esse novo é preciso suplantar a fé apostólica.

Não queremos outro altar, não queremos outra missa, não queremos outra moral, não queremos outra doutrina. Queremos a mesma Igreja de sempre, aquela da qual os santos receberam o ensinamento e chegar a santidade, aquela que trouxe ao mundo a mesma e única mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo contido nos santos Evangelhos, essa Igreja que alimentou a fé de Santo Estevão , São Pedro, São João Maria Vianney, Santa Teresinha, Santa Josefina Bakita, são Pio de Pietrelcina, santo Ambrósio, Santo Agostinho, santo Antônio. Não desejamos outra Igreja que não seja a mesma que eles receberam e conheceram.

Estaremos de pé e assim, com o rosário e a eucaristia, resistiremos nesta luta em defesa da fé e da verdade, onde Nosso Senhor é o nosso maior incentivador.



A Igreja é mãe e mestra ou madrasta?

Por Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Nesse pequeno texto, tentaremos discorrer sobre a real importância da Igreja para a vida da humanidade. Há alguns anos, por volta do fim do Século XIX e início do Século XX, havia nos Estados Unidos um arcebispo católico chamado Fulton Sheen, esse grande evangelizador das terras do tio Sam, cunhou a seguinte frase: "Não existe no mundo uma centena de pessoas que odeiam a Igreja Católica, mas existem milhões de pessoas que odeiam o que pensam ser a Igreja Católica". Esta frase será a norteadora de nossa explanação.

Mas por que falar desse assunto? Será que é produtivo? Com certeza esse pobre texto, pode trazer luz para muitas pessoas, pois muitos estão envoltos numa fumaça escura e densa, que impossibilita a visão da verdade que está velada para muitos. E de que verdade se pretende falar esse texto? A verdade imutável.

A verdade é uma pessoa, Jesus de Nazaré, esse mesmo Jesus de Nazaré que abriu as portas para a civilização, pois foi através dele, que todos os benefícios na vida dos homens foram possíveis, mas como assim foi através dele? Sim, pois foi pela instituição de um organismo divino chamado Igreja, que todo conhecimento prático de diversos temas recorrente a vida humana foi possível. É isso mesmo, para a infelicidade dos detratores que alardam que a Igreja representa um atraso para a sociedade humana. Pois essa é mais uma mentira que tentam impor à sociedade.

Passemos por partes. Por exemplo, será que todos têm consciência de que a Igreja é a responsável pela criação do sistema de saúde, de educação primária e universitário, da criação dos cartórios, da organização do ensino das artes, musicais, do teatro e assim, muitas outras coisas que tomariam todo o nosso tempo?

Será que a maioria esmagadora da sociedade tem consciência de que é a Igreja que assiste os soropositivos na África?

Que é a Igreja que mantem centenas de hospitais filantrópicos no mundo?

Que a Igreja proporciona educação de qualidade a milhares de crianças carentes?

Que a Igreja tirou, só no Brasil, milhões de crianças da desnutrição? E que o soro caseiro fora criado pela Igreja

Será que sabem que o Vaticano ganhara 24 vezes o prêmio Nobel de ciências por seus incentivos à Ciência? E que o Vaticano tem a mais antiga academia de ciências do mundo desde 1582?

Com absoluta certeza, quem odeia a Igreja desconhece esses feitos prodigiosos, feitos esses, que demonstram a verdade dos fatos, verdade essa desconhecida de muita gente, ou por que não dizer, desconhecida por mais da metade da população mundial.

Observando esses feitos, percebemos o quanto é verdade a frase citada acima, do hoje venerável Fulton Sheen. A frase dele é infinitamente verdadeira, uma vez que ele além de ser sucessor dos apóstolos, era também apóstolo da verdade, as verdades levadas a cabo por aquele homem, retumbam ainda hoje em nossos ouvidos.

Mas, infelizmente em dias hodiernos, a mentira tem muito mais difusão. As pessoas vão sendo educadas a dar infinitamente mais valor à mentira em detrimento da verdade, a verdade está claramente aí em nossa frente, mas preferimos ocultá-la, para dar espaço a "verdades" construídas nos laboratórios daqueles que pretendem vender seu produto, fantasiado de cordeiro, mas, sabemos que na verdade é um lobo aterrador.

Analisemos as durezas da Igreja Católica, por exemplo vejamos como é o trato da Igreja aos homossexuais, praticamente em todas as paróquias temos homossexuais exercendo serviços diversos, seja na catequese, seja na liturgia seja na coordenação de grupos. Eles só não têm o direito de casar-se, mas os demais todos estão ao dispor deles. E eles sentem-se muito bem acolhidos. São raras as exceções em que eles não encontram espaço na Igreja.

Outra prova da "dureza" da Igreja, no Código de Direito Canônico, Lei que rege a Igreja, diz claramente que ex-padres não podem sequer dar catequese, quanto mais ensinar teologia para seminaristas, mas na prática o que vemos é outra, em praticamente todas as universidades e faculdades católicas temos ex-padres dando aulas livremente.

Uma vez uma aluna de teologia falou para um professor: – "O senhor viu a passeata que foi feita para protestar pelo desrespeito aos católicos causados no episódio do chute da imagem promovida por uma seita protestante? " Ao que o professor respondeu: – "A Igreja não devia fazer protesto por isso não, ela devia fazer protesto é pelos pobres que não tem o que comer e nem onde dormir.", e a aluna completou: – "a Igreja não precisa fazer protesto por isso não professor, sabe por quê? Porque ela os assiste, dando o necessário, pois protesto não enche a barriga de ninguém". Eu acho que esse professor podia ir dormir sem essa, não é verdade?

Pois é, 99% dos que odeiam a Igreja Católica, odeiam o que pensam ser a Igreja Católica. Não tem como rebater essas verdades, ir contra elas, é ser leviano e desonesto intelectual, já dizia o autor de todo o bem no mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." (Jo 8, 32).

Ansiamos largamente por este dia, para que nossa sociedade possa dar passos largos em direção do progresso, e quando vamos nos render a verdade suprema.

A maioria esmagadora dos indivíduos que não aceitam a Igreja Católica ou que a criticam, são aqueles que não compreendem que a Igreja não é uma democracia que ao gosto da maioria ela se molda para agradar. A Igreja tem a missão de ser na terra continuadora da obra redentora de Cristo, e por isso segue sua doutrina e não a doutrina do mundo.

Na Igreja Católica se busca agradar a Deus e não aos fiéis, pois, o sacrifício celebrado não é oferecido ao povo, mas a Deus, portanto, quem deve se agradar do sacrifício é aquEle que recebe a oferenda agradável. Não se deve buscar diversão na Missa, pois o lugar de diversão são outros, como os shoppings centers, os parques de diversões, a praia, a lagoa, o estádio de futebol e tantos outros lugares.

Mas os que não se agradam da Igreja Católica querem que ela seja o que ele quer, e não o que Deus deseja dela. A verdade é que a Igreja é bem aberta, todos encontram nela seu lugar, mas não podemos confundir lugar com acesso a sacramento, pois eu posso ser convidado para ir na sua casa, mas isso não significa que terei acesso ao seu quarto e cama.

Portanto, para os visitantes lhes é reservado um lugar próprio do visitante, assim na Igreja, os lugares das pessoas estão marcados. Cada um ocupa seu lugar na vida Igreja, sem ultrapassar o lugar do outro.

Depois de analisar esses fatos todos, só podemos constatar que a Igreja é realmente Mãe e Mestra.

Só a Igreja nos ensina como mãe e mestra, o que mundo tenta nos ensinar, mas ensina a trilhar caminhos tortuosos, e além disso por meio da ditadura.



A beleza dos paramentos

Por Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Esse tema tende a parecer inútil logo de início, mas creio que poderá servir para transformar o pensamento de quem não conhece seu objetivo (do paramento).

Aqui tentaremos dar a entender para que serve a beleza dos paramentos litúrgicos usados na Igreja.

Antes de tudo é sempre bom lembrar que o ato oficiado pelo sacerdote não é nada mais nada menos que a Divina Liturgia, portanto, coisa que se refere a Deus.

Sabemos que nossa atitude diante de Deus deve ser de maior reverência possível, e de oferecer o melhor àquEle que nos chamou à vida. Não que Deus não aceitaria nossa humilde prece feita com pano de chão ao invés de paramentos dignos, mas que procuramos manifestar na beleza do paramento a beleza que há nos céus.

Pessoas desavisadas, ou com pouco conhecimento sobre o assunto, geralmente apresenta um tipo de pensamento, que podemos classificar como relativista, sem querer ser duro demais, mas, os poucos entendedores da realidade-mistério, que é a Igreja, não conseguem compreender o porquê de tanta coisa bonita nos paramentos, e acham que é luxo e ostentação. Mas aqui vamos, no desenrolar destas linhas, trazer à tona a real importância dessa beleza vista nos paramentos litúrgicos.

Pois bem, em primeiro lugar os paramentos são uma exigência bíblica, em nenhuma parte da escritura você encontrará a recomendação de os ministros de Deus devem usar paletó e gravata para ministrar o culto divino.

Então vamos ao que interessa. A beleza do paramento serve para exaltar a majestade de Deus, para quem o sacerdote se paramenta. Nós bem sabemos que Deus não cabe em nossa cabeça, pois Deus é infinitamente maior do que pensamos, sendo assim, na beleza, procuramos nos aproximar um pouco do mistério da vida divina, então procuramos trazer vários significados da fé na ornamentação dos paramentos. Por exemplo o símbolo PX, que no paramento aparece evidentemente mais bonito que nesta simples digitação, significa, por este sinal vencerás! Os cachos de uva simbolizam Jesus a videira do Pai, o pelicano significa que Deus nos alimenta com sua própria carne em Jesus Cristo, a flor de lis serve para simbolizar a pureza, mas também a realeza, não do sacerdote, mas daquEle a quem ele representa, também demonstra o poder de Deus; as letras A, significam que Deus é princípio e fim de tudo, de onde tudo vem e para onde tudo se converge.

Mas será que vamos falar de tudo menos daquilo que é o mais atacado nos nossos paramentos? O dourado.
O dourado ou ouro, está associado à riqueza e majestade. Aqui faz-se necessário lembrar que a riqueza e majestade de Deus tem significado diferente do que o homem pensa sobre essas coisas, lembrando sempre que Deus não pensa como os homens, e lembrando que o ouro não é uma invenção do homem, o ouro é uma criação de Deus, logo, as coisas criadas por Deus podem ser usadas para prestar honra a seu Criador.

As rendas litúrgicas são mais uma forma de chamar a atenção às coisas divinas.
Percebam que normalmente as rendas trazem alguns símbolos, aqueles já supracitados, mas, na renda o simbolismo ganha força ainda maior, pois como se trata de desenhos brocados, tendem a levar a imaginação de quem vê à pensar no seu significado.

O certo é que toda a beleza contida nos paramentos tem um único intento: remeter nossas mentes para as coisas celestes, levar nossos olhos à beleza divina, pois a beleza nos leva para Deus. Por isso nossas igrejas antigas são belas, pois, nos tempos de outrora, se pensava em tudo, até na distração das mentes. Por isso, "se permite" que as pessoas até se distraiam, mas, que seu distrair sirva para levá-las às coisas celestes, tirando sempre das coisas que nos dispersam de Deus.

Então São João Maria Batista Vianney, disse: "O sacerdote é um camponês que se veste de príncipe para oferecer dádivas a Deus". Aqui independe do pecado do sacerdote, ele desde que seja ungido por um legítimo sucessor dos apóstolos, está apto a oferecer dádivas a Deus no Sacrifício da Santa Missa, da mesma forma daquele que consegue reprimir mais facilmente as más inclinações.

A pessoa pouco conhecedora do mistério que é celebrado no altar do sacrifício, não sabendo o que fala, exalta a "simplicidade" do sacerdote que se paramenta de qualquer jeito para oferecer o sacrifício de nossa salvação ao Autor da vida, Deus todo poderoso, e comenta, "nossa que simplicidade! Ele só usa uma estola desbotada e uma túnica surrada, quanta humildade!" Não sabendo ela, que aquilo é sinal de desleixo e não de virtude. O sacerdote que não se paramenta dignamente para oferecer dádivas a Deus, está em falta com o ofício exercido. Por exemplo, a casula não é um paramento para Missa dominical, mas, para toda Missa, seja ela de segunda ou Domingo, desde que seja missa, ali se emprega o uso da casula.

Aqui abro um adendo para comentar sobre erros cometidos pelos sacerdotes na liturgia, muitos padres não usam casula nas santas Missas, mas usam em ocasião não propícia, tais como: casamentos, batizados e procissões. Ora, se não usa na Missa, então não use nunca. O paramento para casamento, batizado e procissão chama-se capa de asperge, este paramento acompanhado da estola.

Enfim, a beleza dos paramentos tem uma razão de ser, então não diga que é um exemplo de simplicidade um padre não usar paramentos belos para oficiar o sacrifício pascal de Cristo. A celebração do sacrifício pascal de Cristo, é a antecipação do que viveremos no céu quando formos participar das núpcias do Cordeiro. Tudo na Missa nos leva a contemplar as maravilhas de Deus na glória eterna.

No apocalipse vemos toda a realidade da Missa ali descrito. Por que tanto incenso? Porque no céu é assim. Por que tanta roupa? Porque no céu é assim.

E se formos falar de todos os detalhes, teríamos que fundar uma faculdade para falar só desses detalhes, que dizem muito aos nossos olhos.



O ser do sacerdote

Por frei Marcelo Aquino, O. Carm 

A dignidade sacerdotal provém de Cristo Jesus, único e eterno sacerdote.
O dia do sacerdote serve para levar os chamados ao divino serviço à reflexão: será que estou sendo aquilo para que fui chamado pelo Divino Mestre?
Na verdade, a vida sacerdotal seria muito mais frutuosa, se todos os dias os sacerdotes na sua oração pessoal fizessem essa pergunta a si mesmo.

Aos leitores uma pergunta se torna inevitável: você conhece um sacerdote que por seu comportamento leva os fiéis a fazerem julgamento de suas próprias vidas? Atrevo-me a dizer que muitos conhecem sim.

São aqueles sacerdotes que embora o sejam, e para trasvestirem-se de "humildes", não querem ser reconhecidos como sacerdotes nas ruas, por aqueles que acham ser desnecessário um sacerdote usar a veste talar, mesmo que a lei vigente da Igreja o obrigue (CDC Cân 284).

"Os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pela Conferência dos Bispos e com os legítimos costumes locais." Mas aqui descobrimos que o simples não usar habito seja o mau dos sacerdotes, não. Pior do que não usar hábito, é não ter doutrina.

No século V, o Papa Celestino I disse que "mais importante que a vestimenta do sacerdote é a doutrina que ele prega". Ora, esse papa estava errado? Não, absolutamente. Vejamos, e o que é mais importante?

Um padre que usa batina e, contudo, ensina coisas horrendas em suas homilias e também no dia a dia? Ou, um que não usa e, entretanto, prega tão somente o que Cristo Jesus nos deixou? É claro que é a segunda opção.

O problema gritante dos tempos hodiernos, é que os sacerdotes não fazem uso de nem um e nem de outro, nem da batina e nem da doutrina. Não todos, pois se assim o fosse o mundo estaria perdido.

Deus nunca priva toda a Igreja de bons sacerdotes, quando um aqui é desse jeito, outro acolá é de outro jeito. O bom seria mesmo que todos os sacerdotes imitassem a Cristo Jesus, Bom Pastor.

Um sacerdote bem formado sabe que a sagrada ordenação presbiteral imprime caráter, isto significa, que aquele homem que se prostrou no chão, fica, e um homem novo levanta. Nosso Senhor Jesus Cristo o reveste com as vestes dEle, por isso o sacerdote celebra in persona Christi, ou seja na pessoa de Cristo. Mas para que o sacerdote traga consigo essa consciência, primeiro ele tem de ter a devida formação, segundo deve ter reta intenção no exercício do ministério, além é claro, da vocação; sem ela ele será tudo, menos um sacerdote de Cristo.

Os fiéis devem sustentar a vida de cada sacerdote com as orações constantes, pois eles são perseguidos por satanás todos os dias, para abandonar a sublime missão.

Um bispo carmelita que morrera com fama de santidade, Dom Gabriel Paulino Bueno Couto, disse que Jesus deve ser tudo para o padre. Ora, se Nosso Senhor deve ser tudo para o padre, então o padre deve dedicar toda a sua vida por Jesus, fugir das distrações e de tudo que pode levá-lo a esquecer sua sublime missão.

Já o Santo Cura d' Ars disse: "O sacerdote é o amor do Coração de Jesus." Um sacerdote deve transparecer a imagem de Cristo, e agir como Cristo pensando sempre no maior bem das almas.

Também deve fazer parte da vida do sacerdote a oração constante. Homens da oração, assim eles são chamados. Um sacerdote deve ter prazer em falar das coisas de Deus, em fazer as coisas de Deus, em governar o povo de Deus, não como autoridades que os oprimem, mas, como bons pastores que dão a vida pelas ovelhas.

Por esta razão, se faz urgente a necessidade de se rezar e pedir que outros rezem, para que os maus sacerdotes voltem à sua vocação primeira, e voltem a defender a Cristo em tudo, pois como disse Dom Henrique Soares: "No mundo existe ong para defender tudo, menos a Cristo Jesus". Ora, os sacerdotes deviam ser a ong que defendem Cristo, mas o que vemos é justamente o contrário, salvo raras exceções, há sacerdotes que impedem os fiéis de serem piedosos com o Santíssimo Sacramento, que não permitem que as mulheres usem véu em suas igrejas (vale lembrar que a Igreja não pertence aos padres, mas a Nosso Senhor Jesus Cristo).

Voltamos então ao problema da doutrina, já que os sacerdotes acham ser um jugo muito pesado carregar uma batina e A Doutrina, então que fique ao menos com a Doutrina, mas que se empenhe para levar a frente a doutrina do divino fundador, não novas doutrinas, que o mundo nos impõe, para arrastar as almas para as profundezas dos infernos.



A Imaculada conceição de Maria sempre virgem

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Quais as razões para que Maria Santíssima seja Imaculada, sem a mancha do pecado original?
Maria Santíssima é a cooperadora da obra da redenção, Deus quando resolveu fazer a nova e eterna aliança com os homens, Ele preparou tudo, pois, Deus antevê os tempos.

Sabendo que precisava libertar seus filhos do poder do mau, reestabeleceu sua aliança com o povo, mesmo sabendo que o povo era um povo de cabeça dura, como o é até os dias de hoje, pois, esta não foi a primeira nem a segunda vez que Deus faz aliança com o povo.

Mas, para se fazer uma aliança que seja duradora, ou seja, eterna, será preciso a intervenção de Deus sobre a humanidade, porquanto das outras formas, Ele deixou que os profetas levassem a cabo sua missão, e como apesar de muitos profetas terem conseguido converter o povo, contudo, eles os mataram e outros, Deus os chamou para si, sem, contudo, morrerem, como é o caso do profeta Elias, que subiu aos céus numa carruagem de fogo, (2Rs 2, 11).

Então, a última aliança que Deus fez com a humanidade, foi aquela na qual Ele mesmo, veio viver como nós.
Ele se rebaixou, para alcançar nossa baixeza, sem, contudo, tornar-se pecador como o somos. Mas, para ser "igual" a nós, Ele precisava nascer como nós, e para isso colocou em prática seu plano de salvação, escolheu entre todas as mulheres da terra, àquela criatura que haveria de trazer seu Filho ao mundo, de uma forma extraordinária, e como é esta forma extraordinária? É a forma na qual, o nascimento do filho unigênito de Deus, não traga ao mesmo, a mancha do pecado, que todos os mortais trazem, o pecado original que veio da desobediência de Adão e Eva.

Foi desta forma, que Deus na sua onipotência, preservou Maria da mancha do pecado original, para que nela seu Filho encontrasse uma digna habitação. Nascendo de Maria, e somente dela, Jesus não herdaria a mancha do pecado original. E assim Maria Santíssima, dá ao mundo o salvador da humanidade, carne de sua carne, sangue de seu sangue.

A Igreja desde os primórdios do cristianismo, acreditou na concepção virginal de Maria Santíssima, 700 anos antes, Isaías profetizara, "uma virgem conceberá, e dará à luz a Emanuel, que quer dizer Deus conosco" (Is 7, 14 ). Crente na palavra de Deus, a Igreja sustentou esta verdade, e em 1854 proclamou o Dogma da Imaculada Conceição, embora a crença nesta verdade de fé fosse de tempos imemoriáveis, só em 1476 a festa passou a ser celebrada de forma universal, mas já existia há centenas de anos antes.

Maria Santíssima é a criatura mais esplendida da humanidade, pois fora a única criatura de Deus capaz de realizar a sua vontade, sem se desviar de seu caminho salvador. Deus encontrou em Maria Santíssima a morada que os primeiros habitantes da terra lhe negaram.

É em Maria, a virgem que sabe ouvir, que se concretiza o plano salvífico de Deus, Jesus de Nazaré, aquele que haveria de vir salvar o mundo de seus pecados. Veio, por Maria, quando o mundo estava já perdido, e ela, com sua graça alcançou-nos do Pai eterno as portas do paraíso, e Nosso Senhor sabendo da fidelidade de sua mãe para com o projeto de Deus, e num ato sublime de amor, até na última hora de sua vida terrena, Ele lembra de nós, míseros pecadores, e retribui com amor nossa ingratidão, dando-nos Maria como mãe.

Os filhos dos homens aqui na terra, têm ciúmes de seus pais para com os outros, mas, como Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus, e sendo assim não pode ter pecado, Ele num gesto de amor doação, no-la entrega como mãe, rainha e mestra na vida espiritual. Oh! Quão grande presente o Senhor nos deu: chamar de nossa a mãe que é dEle.

Por essa razão a Igreja canta, Maria pura e santa aos olhos do Senhor, por Deus foste escolhida, para seres mãe da vida, mãe do Salvador.

Nosso Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro homem, nascido da Santíssima Virgem Maria. Este Homem nascido sem pecado, santificou ainda mais a sua mãe. E nos convida a sermos santos, fugindo das ocasiões de pecado.



A Idade das trevas?

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

O senso comum muitas vezes nos engana.
A verdade não pode ser velada, deturpada e nem vilipendiada.
A deturpação da verdade é de grande prejuízo para os homens, pois a verdade deve nortear a sociedade.

Os cidadãos só tomam remédio por acreditar na verdade de que, àquela pílula servirá para resolver determinado problema de saúde enfrentado por ele, e assim temos diversos exemplos de que a verdade é o norte das decisões dos homens. Por isso faz-se necessário o cultivo da preservação da verdade.

Tudo isso para levar-nos a reflexão acerca da conhecida de todos chamada Idade das trevas. Nosso intento aqui é mostrar que essa é uma das verdades que foi deturpada, distorcida e por que não dizer, vilipendiada.

Recorrendo a registros históricos, sabemos que na chamada "Idade das trevas", repercutiu alguns dos acontecimentos mais nobres e importantes da história da humanidade, tentarei aqui trazer à tona alguns desses. Por exemplo, no período que compreende a "Idade das trevas" é o mesmo período em que foi fundado pela Igreja o sistema universitário. A Universidade Al Quaraouiyine fundada no Marrocos em 859, a Universidade de Bolonha em 1088, Universidade de Oxford em 1096 e a Universidade de Paris em 1170.

Agora abro um adendo aqui, pois, é interessante parar para pensar que numa época considerada das "trevas" se abriam universidades para estimular o pensamento. (Duvidosa essa idade das trevas).

Seguindo o pensamento, passemos adiante, agora falemos de autores produzidos pela falta de luz.
Comecemos por Santo Agostinho (354-430) numa "época de trevas", produziu obras magistrais, tais como Confissões, A cidade de Deus, Sobre a vida feliz, Sobre a potencialidade da alma, A verdadeira religião… Terei que parar aqui, pois a "Idade trevas" não se resume a Santo Agostinho.
Temos também outros autores obscuros tais como Santo Tomás de Aquino (1225- 1274) grande escritor, teólogo e filósofo, autor de numerosas obras, sua mais eloquente chama-se Suma Teológica, foi regente mestre da Universidade de Paris por duas vezes. São Bernardo de Claraval (1090- 1153) foi um monge cistenciense, uma de suas obras Sobre a Graça e o Livre Arbítrio escrita por volta de (1128). Geoffrey Chaucer (1343- 1400) considerado o pai da literatura inglesa, foi também filósofo, cortesão e diplomata inglês. Caedmon considerado o mais antigo poeta inglês, temos também o Gil Vicente (1465- 1536) este português pertenceu a Idade Média, mas faleceu já no início da idade Moderna. Francesco Petrarca (1304- 1374) italiano considerado o inventor do soneto. O papa Gregório I instituiu o canto litúrgico que posteriormente ficou conhecido por canto gregoriano, em alusão a seu nome. Johannes Gutenberg (1398 -1468) inventou a imprensa escrita, o monge alemão Tomás de Kempis (1379- 1471) escreveu uma obra chamada Imitação de Cristo, até hoje é uma luz para a espiritualidade, e não só para a espiritualidade.

Analisando esses poucos registros históricos de feitos grandiosos na "Idade das trevas", se nós conseguíssemos pensar com retidão e gosto pela verdade dos fatos, chegaremos a uma triste constatação: Infelizmente a verdadeira Idade das trevas é a que vivemos atualmente e que não começou agora.

A nossa época que é tida como o período do avanço tecnológico e humano. Pois bem, é lamentável constatar que estamos nos enganando e enganando os outros, pois uma época em que cantores não sabem passar nada de digno em suas músicas, numa época em que as músicas que fazem sucesso não dizem absolutamente nada, as músicas feitas nos nossos dias falam apenas de "poeira, beber cair levantar, tranquilo e favorável, ai se eu te pego" e assim temos uma infinidade de exemplos que não são exemplo de cultura no sentido estrito da palavra.

Nós vivemos numa época em que não há um grande autor, no sentido de um autor que produz uma obra para a posteridade, nós temos é bem verdade autores que escrevem livros que vendem muito, mas que não dizem nada. Temos autores que são considerados best sellers, mas que não oferecem ao leitor uma vírgula de profundidade em suas obras sobre anjos, sobre duendes, sobre alienígenas.

É triste constatar, mas nós estamos mergulhados numa verdadeira idade das trevas, essa sociedade de hoje sim é uma sociedade das trevas quando faz opções contrárias à cultura, como por exemplo o costume sempre crescente de abreviar as palavras, tanto faladas como escritas, os costumes novos trazem coisas velhas, como por exemplo, falar do jeito que falávamos antes de ingressar na escola.

Hoje, na época do avanço, alunos de escolas fazem protestos pelo direito de ir seminus para o ambiente de estudo, na "idade das trevas", não se perdia tempo com coisas frívolas como nos dias hodiernos, mas é aquela época que se considera como sendo a das trevas.

Hoje o protesto não é por educação de qualidade, mas pelo direito de usar o celular durante a aula, o direito de usar o computador na aula, o direito de chegar mais tarde na aula, o direito de usar qualquer tipo de roupa no ambiente de estudos, o direito de arrumar as cadeiras em forma de círculo e não mais aquele jeito "arcaico" de fileiras.

Lamento informar, mas em pleno século XXI nos encontramos na maior das idades das trevas que o mundo já pode atravessar.

O direito buscado hoje, é, o de matar o filho dentro do ventre, o direito de desligar o aparelho que mantém alguém vivo, o direito de usar entorpecentes, o direito de ensinar as crianças que elas não têm sexo, o direito de auto intitular-se "vadias", e assim temos nesta época em que vivemos, neste início do século XXI uma variedade de novos valores, valores esses que agridem a dignidade humana como nunca, mas que são vendidos para os desinformados como sendo uma luz nas trevas. Na verdade nos dão lobos com pele de cordeiros.

Realmente é lamentável chegar a essa constatação, mas, horrivelmente estamos na Idade das Trevas.
Dado a conhecer todos esses fatos, precisamos nos empenhar no resgate da Verdade, pois só no cultivo da Verdade, vamos avançar no progresso humano e intelectual.



A importância da confissão

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

O Sacramento da Reconciliação é como a segunda chance de Deus para os homens. Mas a segunda chance aqui não significa que é só uma vez; depois do primeiro perdão, você está convidado a procurar a misericórdia de Deus novamente. Deus não dorme no confessionário, ele está lá esperando por você. Aliás, Deus não dorme, como diz o salmista: "Ó, não dorme nem cochila aquele que é o guarda de Israel." (Sl 121,4).

A Igreja, aqui me refiro ao povo de Deus, precisa mergulhar na profundidade do amor de Deus manifestado na administração do sacramento da reconciliação. É necessário formar os fiéis urgentemente a respeito da dádiva para a nossa alma que este sacramento representa.

Primeiramente, é salutar fazer saber que o Sacramento da Reconciliação pode ser chamado de várias formas: sacramento da penitência, sacramento da confissão e o primeiro dito outrora. Saber que todos esses nomes têm seu valor para manifestar o que de fato representam em nossa vida. Esse sacramento é da confissão, pois nos leva a obedecer à Escritura que diz: "A quem perdoardes os pecados, eles serão perdoados; a quem não perdoardes, eles serão retidos." (Jo 20, 23). Nosso Senhor Jesus Cristo disse isso ao colégio dos Apóstolos; ele não disse isso ao povo em geral, portanto, a confissão é legitimada pela Escritura.

Em outras passagens bíblicas, pode-se encontrar outras recomendações de confissão, porém não podemos esquecer nunca que nós somos católicos e, portanto, não exigimos que tudo esteja na Bíblia, pois esta é filha da Igreja e não o contrário.

O sacramento da penitência tem razão de assim ser chamado porque neste sacramento realizamos uma penitência. Ninguém vai ao confessionário feliz da vida porque pecou; antes, vai com dor na alma, por ter ofendido a Deus, que é sumamente bom e digno de ser amado, como diz o ato de contrição.

E por fim, o nome oficial, sacramento da reconciliação. E por que esse nome? O nome já responde, porque este sacramento nos proporciona reconciliar com Deus.

Quando caímos no pecado, estamos brigados com Deus. Como é que um pai se sente quando um filho faz aquilo que ele não queria? Feliz ou triste? Se o leitor goza de boa mentalidade, com certeza responderá que é triste, pois o filho deve fazer coisas que agradam ao pai para poder reconciliar-se com ele. Assim acontece conosco, brigados com Deus, estamos privados de sua amizade, então recorremos ao tribunal da misericórdia – o confessionário – e, ali, acontece uma ação que confunde a cabeça dos homens, como é peculiar nas ações de Deus.

Mas por que confunde a cabeça dos homens? Porque neste tribunal, diferente do tribunal dos homens, o réu, tendo confessado sua culpa, ao invés de ser condenado, é absolvido. Isso soa como um completo absurdo nas mentes humanas. Onde já se viu, o culpado merece as penas e não a liberdade. Pois é, mas Deus não tem os pensamentos humanos, já dizia o profeta Isaías: "Os pensamentos de Deus estão tão distantes dos vossos pensamentos, como o céu está distante da terra." (Is 55, 8-9).

Aqui abrimos nosso entendimento e buscamos a confissão, se formos honestos intelectualmente, pois se não o formos, vamos continuar repetindo o que o satanás adora ouvir, "só Deus pode perdoar pecados", "não me confesso com um pecador", etc.

Com esse tipo de pensamento você caminha a passos largos para as profundezas dos infernos, pois não está seguindo ao desejo de Deus, que é o de que todos sejam santos, mas ao ensinamento dos homens que não são infalíveis e, portanto, nos levam à perdição.

Só uma Igreja de ensinamentos infalíveis tem o privilégio de tornar seus fiéis santos como Deus quer, e um dos caminhos é a confissão dos pecados, mediante o arrependimento dos mesmos.

Pois bem, se todo católico soubesse que quando se confessa, ele é autor de um terremoto nos infernos, jamais se esquivaria desse prêmio para a alma, pois, a alma do católico deve ser como a alma de um guerreiro com vontade de lutar, mas num combate espiritual onde os filhos de Deus lutam para que o maior número possível de almas entre no aprisco de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A grande alegria do católico deveria ser converter os hereges para que mais almas entrem em comunhão com Deus.

E a nossa luta deve começar dentro da Igreja, convertendo "católicos" que não acreditam na eficácia da confissão.

Nossa luta deve ser para que nunca a vergonha nos prive da reconciliação com Deus, mas que tenhamos em mente que não podemos deixar o juiz da misericórdia lá no tribunal nos esperando para nos dar o conforto da alma. Devemos frequentar sempre o confessionário e, em retribuição, manifestarmos nosso amor nas coisas referentes a Deus e nas pessoas que são imagens de Deus.



Onde está a autocrítica?

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Existem perguntas que parecem que vão ficar sempre sem respostas. É incrível como os detratores da tradição insistem em apresentar críticas ferrenhas ao modo tradicional de Igreja, mas não têm um modelo para apresentar que seja melhor.

Os modernistas não são honestos o suficiente para fazer uma autocrítica, para reconhecer que o que eles apresentam é uma forma de destruir a Igreja, seja com intenção ou sem ela. A verdade é que o modo como eles veem à Igreja é com um olhar maldoso e mais que isso, é maligno. Tenta de toda forma colocar na cabeça do povo que o modo tradicional da missa, por exemplo, é um modelo onde o padre aparece, e na verdade, é o outro modelo que realmente acontece isso, onde Cristo Jesus é claramente jogado a escanteio. Basta analisar o que fizeram com o sacrário, jogaram no fundo da igreja e no lugar do sacrário colocaram a cadeira do padre em cima de um pedestal.

Os inimigos da Igreja de sempre são muito ávidos em ridicularizar o padre que deseja usar os paramentos próprios de seu ofício sacerdotal, mas fazem vistas grossas ao padre que usa túnica e casula afro, isso quando usam casula. Mas pensando bem, se for para usar casula afro, é melhor que nem use, pois aquilo é uma afronta a dignidade do sacramento celebrado.

A autocrítica é importante para todos, não falo apenas dos modernistas.
Se analisarmos perceberemos que todos nós temos coisas para serem revistas e corrigidas, pois todos nós estamos em constante aprendizado.

É salutar a busca de livros espirituais. Ler livros sadios de teologia, para que nossa vida eclesial seja cada vez mais incrementada.

Mas lamentavelmente, os detratores da vida espiritual nunca farão uma autocrítica para reconhecer que a liturgia que centraliza o padre, é a liturgia que eles defendem. São eles que não admitem que sobre o altar tenha um crucificado voltado para o celebrante, são eles quem não aceitam que tenha velas no altar, são eles que agora não aceitam que tenha o crucificado nem na parede do altar, e depois vem dizer que somos nós quem não queremos ceder lugar a Cristo?

Um padre que rejeita usar batina, deseja esconder que é padre, ele não quer se mostrar disponível ao povo de Deus. Apenas quer vender a sua imagem, aquela que é exclusiva, a de um padre que anda de bermudas na rua e de sandália de dedo, aquele que usa camisa de marca, que faz academia e sai pelas ruas exibindo suas formas como se fosse um homem do mundo.

Infelizmente são os que agem dessa forma que acreditam que estão levando Cristo ao mundo.
E pior eles não acreditam que precisam levar Cristo ao mundo, ou seja, até a missão de levar Cristo a quem precisa, eles relativizam, mas creem firmemente que estão sendo o outro Cristo na terra.

O ódio à tradição só reforça a nossa adesão àquilo que é próprio de Deus, quanto mais os modernistas atacam o modo tradicional de Igreja, mais crescem sobretudo o número de jovens que desejam viver segundo os desígnios de Cristo Jesus, afrontando o mundo que tenta nos empurrar para o abismo.

Resistamos irmãos, a luta é grande, mas é Deus quem garante a vitória.
Não despreze o amor à Eucaristia, a reza do santo Rosário, a frequente confissão, as práticas de piedade, só para poder agradar aos inimigos da Igreja.
Reze pelos que nos condenam, rezem pelos que desejam ver a tradição esquecida, eles precisam muito da nossa oração.
Avante sem medo!
Nosso Senhor, Nossa Senhora e São José padroeiro universal da Igreja nos acompanham nesta luta contra o poder das trevas.


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A arte que encanta

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

Ultimamente muito se tem falado de artes no Brasil, mas lamentavelmente as "artes" exaltadas nas cidades, nos teatros, nos museus e até em praças públicas, nada tem de arte verdadeira.

O que ali se apresenta são formas de muito mau gosto numa tentativa de fazer os espectadores ganharem novos gostos pela arte. Graças a Deus, até agora, as tentativas foram frustradas. O povo brasileiro é um povo conservador e os arautos das artes dos infernos terão que nos engolir.

O papel da arte é elevar o espírito, e elevar o espírito para Deus, mesmo sendo um país "laico", o objetivo da arte não muda. É o mesmo aqui ou em qualquer parte do mundo, e não é o gosto deste ou daquele que vai fazer com que um significado universal ganhe ares particulares.

Precisamos ensinar, sobretudo para as crianças, o valor das artes. Nada mais salutar que levar uma criança num museu de arte sacra, por exemplo. Há também outras artes -não sacras- que também servem para elevar o espírito.

O bom seria que esse pequeno artigo fosse ilustrado com pequenas fotos de algumas obras de arte para melhor compreensão, mas imaginemos que estamos, por exemplo, diante da imagem da Pietá no Vaticano. Também usemos nossa imaginação e contemplemos a imagem de Santo Inácio com uma lança no pescoço de Lutero, tem obra mais linda?

As obras de artes assim como as imagens dos santos em nossas igrejas têm a missão não apenas de nos fazer enxergá-las, mas de nos fazer viajar na imaginação, quem sabe até para o tempo em que aquele santo viveu? Quem sabe imaginar a Capela Cistina sendo pintada por Michelangelo?

A verdade é que as artes não podem tomar outro rumo e passar a transmitir outros valores que não àqueles primários. No entanto, as artes podem tomar outro sentido se nós não valorizarmos o sentido primeiro.

Será que já pensamos, por exemplo, em visitar o museu do Ipiranga? Não agora, pois está fechado para reforma, mas quando estava funcionando. É um lugar espetacular, só a fachada já vale a visita.

Será que já levamos nossos filhos para conhecer igrejas católicas com arquitetura que nos falam de Deus?
Vale pensar no tema.

Quando valorizamos a arte verdadeira, ganhamos um novo impulso para muitas coisas na vida, inclusive passamos a valorizar mais a vida, o belo nos leva a Deus, não esqueçamos nunca disso. É preciso valorizar mais o belo para podermos colher os frutos desta beleza que não serve apenas para encher nossos olhos, mas para aguçar a nossa mente.

A arte nos encanta e deve nos encantar mesmo, pois ela tem a missão de exprimir o belo que há dentro de todos nós, o belo é o que devemos oferecer aos homens, não a maldade, não o desprezo. Ao expressarmos o sentido do belo que há em nós, estamos demonstrando a beleza de Deus e fazendo muitas pessoas se interessarem por esse caminho, um caminho de vida eterna.

A arte nos faz viajar na imaginação das coisas boas, ao levarmos nossos filhos num museu, por exemplo, devemos ter a certeza que estamos apresentando a ele um mundo talvez desconhecido. Aquele simples apresentar pode servir de incentivo para, quem sabe, ele se tornar um artista. Já pensou nisso?

A verdade é que não se pode subestimar o valor das artes, e nem o que ela pode levar nossas mentes a pensar.

É preciso estimular o pensar das pessoas, não podemos contribuir para que as pessoas vivam nesse mundo como se fossem zumbis, mas, mentes pensantes, não apenas pensantes, mas que pensem o bom, o belo, o correto.

Nossa mente tem sede do belo, pois nossa mente tem sede de Deus. Por isso não devemos nos desviar do belo das artes, afinal de alguma forma ela nos aproxima de Deus e o que mais precisamos, sobretudo, nos tempos hodiernos é voltar nosso pensamento para Deus. Estamos assaltados de muitas coisas ruins que vem acontecendo no mundo inteiro, devemos renovar nossas forças em Deus para poder seguir em frente nossa vida.

Feliz da pessoa que ao entrar numa igreja católica que trás arquitetura que fala de Deus, como por exemplo a Igreja da Candelária no Rio de Janeiro, não passa despercebida pela beleza arquitetônica daquele templo dedicado a Deus e à Virgem Maria. E assim eu poderia listar um número grande de belas igrejas católicas que servem de inspiração para poder enxergar a beleza de Deus, e antever aquilo que veremos no céu.

Triste da pessoa que considera arte ver outra abrir uma lata com um abridor, lastimável saber que pessoas saem de suas casas para ver tal tipo de "arte" e infelizmente isso existe aos montes no Brasil. Sobretudo, porém, a luta do bem contra o mal segue, e o Bem – que é Deus – vai vencer e teremos uma nova fase na vida social.

Outra forma de arte bela que podemos apreciar e sem precisar ir aos museus, são as pessoas bem vestidas, com roupas respeitosas. A volta da modéstia é indispensável para observarmos esse tipo de arte nas ruas, mulheres usando chapéus, com seus vestidos decorosos, homens com terno e gravata, ou pelos menos com camisa social e quem sabe de chapéu também, crianças com roupa de crianças. Se pararmos para pensar não é muito difícil fazer esse estilo de vida voltar.

É preciso revalorizar as artes, seria muito bom se as novas igrejas que serão construídas sigam o padrão das igrejas antigas, que nos levam a rezar. Seria bom que os padres tomassem conhecimento que a arquitetura da igreja também deve ser levada em conta no quesito evangelização.

Nossas igrejas não podem ser semelhantes às igrejas protestantes, nossas igrejas devem expressar a catolicidade da fé, ou seja, que elas tenham um estilo mais ou menos parecido, que sejam exploradas as artes que fazem da igreja um pedacinho do céu.

A oração frutuosa

Por Pe. Frei Marcelo Aquino, O. Carm 

O que é a oração frutuosa?

Caríssimo leitor, nesta pergunta encontra-se embutida a resposta, mas nós também podemos "explorar" mais o tema, para uma melhor compreensão.

Em linhas gerais, oração frutuosa, é aquela oração que fazemos com o corpo e com a alma, ou seja, que não é unida a urgência. Para que os frutos da oração sejam colhidos se faz necessário entrar no clima da oração, mental e vocal. Eis o caminho para progredir espiritualmente na oração pessoal: mente e boca voltados para Deus.

O exercício da oração que cada cristão, especialmente os católicos, deve se empenhar é a fonte de onde ele pode adquirir forças para vencer a batalha espiritual em que estamos imersos.

O católico consciente de que é um grande privilégio de Deus fazer parte de sua Igreja, deve procurar fazer deste exercício uma missão sublime, assim como é sublime a missão dos sacerdotes católicos, portanto, se deve buscar aprimorar os conhecimentos sobre a sã doutrina, o estudo da Sagrada Escritura, o estudo da vida dos santos, etc. Tudo isso é caminho salutar de se alcançar a vida sobrenatural que nos é proposta por meio da oração frutuosa.

Rezar deve ser um ato diário e contínuo da vida de cada católico, buscar rezar pelas intenções do santo padre, pelas pessoas que nos pediram oração e também pelos sacerdotes. Esse ato de rezar pelas intenções mais diversas nos coloca em sintonia com todas as necessidades dos outros católicos.

Uma grande graça concedida à quem alcança a oração frutuosa é esquecer-se de pedir por si mesmo e sentir grande prazer em rezar pelos outros. Alegrar-se quando, durante a oração, lembra-se de uma pessoa que lhe pediu orações.

No abandono nas mãos de Deus e confiança na Divina Providência está o sucesso da oração frutuosa. Aí se começa a de fato receber os frutos, por isso oração frutuosa. Não é uma oração estéril, mas uma comunicação profunda com Deus que produz um fruto.

No decorrer da vida dos católicos que se empenham em alcançar a vida de oração frutuosa, vai se solidificando a ideia de que não devemos pedir mais nada a Deus, pois Ele já nos deu tudo, nos deu seu Filho Unigênito para morrer por nossos pecados.

Será que obtendo, por meio deste ato, a salvação eterna, precisamos pedir mais alguma coisa a Deus? Pelo menos para nós mesmos, não.

Precisamos descobrir a grandiosidade da nossa missão de levar o amor de Deus aos corações dos homens, para fazê-los encontrar o porto da salvação desejada, pois como disse Santo Agostinho, o nosso coração busca a Deus: "Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti."

E a nossa procura pelo amor de Deus, é aquela que nos coloca em sintonia com o que realmente nós devemos nos preocupar, com as coisas do alto, nós já quebramos muito nossas cabeças gastando nosso tempo buscando os bens que passam. É hora, no entanto, de lutar para que recuperemos o tempo perdido com coisas fúteis, e nos empenhemos nas coisas que realmente nos edificam para a vida eterna.

Quando se mergulha na oração frutuosa, se tem outra visão das coisas no mundo, passamos a deixar para lá muitas coisas que antes nos consumia a energia, como as intrigas, por exemplo. Sempre aconselhei vários penitentes a não buscar rebater nada que ouviu falar de si, e nem tirar satisfação, isso faz com que a fofoca morra na raiz.

Quando se busca aprofundar o conhecimento sobre a vida frutuosa se faz um aproveitamento mil vezes mais profundo dos benefícios espirituais que Deus nos concede pelo nosso ardor em rezar. Fazemos companhia aos anjos e santos que formam a corrente de intercessão pela humanidade que se entrega aos prazeres do mundo, dando as costas para Deus.

A devoção a Nossa Senhora é uma grande aliada nessa busca, pois ninguém consegue agradar a Deus verdadeiramente se não for seguindo o exemplo da Bem-Aventurada e sempre Virgem Maria.

O salutar desejo de crescer espiritualmente deve ser alimentado diariamente, mesmo sabendo que somos de frágeis como o barro. Isso não deve nos intimidar na luta, como nos ensinou São João Paulo II: "O santo não é quem não cai, mas quem não fica caído.". Portanto, devemos sempre nos levantar e recomeçar a luta, não importa quantas quedas ocorram no caminho, lute sempre e não se renda ao mal.

Se se tem o desejo de ser melhor, já é um grande começo, daí se parte para as águas mais profundas, se busca outros instrumentos para poder fazer a luta se tornar mais corajosa e eficaz.

O amor à cruz de Nosso Senhor é também um instrumento fortíssimo.
Devemos ter amor à cruz, pois Nosso Senhor não rejeitou a dele, nós devemos fazer o mesmo: viver lutando para que não caiamos na tentação de pensar que é possível uma vida sem cruz, uma vida sem sacrifício.

É bom lembrar que em todas as aparições de Nossa Senhora, ela nos pede para fazer penitência e rezar, para a nossa conversão e para a conversão do mundo inteiro, pois o mundo jaz no maligno e se não dobrarmos nossos joelhos muitas almas se perderão.


O caminho da cruz

Por Pe. Fr. Marcelo Aquino, O. Carm. 

Existe uma compreensão errônea do seguimento de Jesus por parte de alguns de seus seguidores. Essa má interpretação, faz com que se empreguem normativas que não favorecem o encontro pessoal com Jesus que todos nós desejamos pelo impulso natural que, segundo Santo Agostinho, todos temos: o desejo do infinito.

Para poder compreender da melhor forma possível nossa missão nesta terra, se faz necessário entender que o caminho do cristão é um caminho de cruz. Compreendendo isso, tudo se tornará mais fácil no dia a dia do católico.

Nossa Igreja nasceu num contexto de Cruz, não foram fáceis, sobretudo os primeiros quatro séculos da Igreja, mesmo com a "abertura" para que a Igreja Católica fosse considerada a religião oficial do Estado, isso não foi tão fácil como parece e, assim como naqueles tempos, ainda hoje a Igreja é perseguida.

O caminho de cruz dos cristãos é assim porque seu fundador também percorreu um caminho de cruz e morreu m uma delas. Ao fazer novamente o caminho da Cruz que cada católico deve aceitar na sua vida, aos poucos vamos curando as nossas feridas.

Na verdade é o Cristo quem cura as feridas de nossa alma, corpo e coração.

Hoje chegamos à constatação de que o caminho de cruz se faz mais presente dentro da Igreja, e diferente do que muitos pensam, não é fora que se encontra a cruz mais pesada. Hoje em dia a perseguição mais atroz é direcionada aos que preferem a Cristo, esses são perseguidos e humilhados, e muitas vezes impedidos de viver catolicamente.

Nós nascemos para viver catolicamente. E o que vem a ser esse modo de vida?
Ser católico é estar pleno da graça de Deus, é também sinônimo de estar em perfeito estado de vida, por isso se dizia antigamente: "Se eu estou doente, logo eu não estou muito católico", ou mesmo, "Eu não estou católico, porque o fato de não estar perfeitamente nas condições de saúde, isso me fere a catolicidade."

Iludidos pelo mundo, muitos procuram incansavelmente um caminho de rosas, sem sofrimento, sem desentendimentos, sem desaforo, sem olhar de reprovação, mas quem fizer a experiência de Jesus, vai chegar à conclusão de que esses "caminhos" que o mundo nos oferece, nada têm a ver com a proposta de Jesus: "Quem quiser me seguir, tome sua cruz e venha pós mim."

Veja bem, ele não disse vá à frente, mas venha após mim, pois Ele, é o Caminho, e somente por Ele podemos chegar ao porto da salvação, portanto, fujamos de quem nos quer oferecer as benesses da vida sem sofrimento, pois esse caminho pode ter tudo, menos Deus, menos a vida eterna.

Mas à medida que o católico vai descobrindo que o Caminho de cruz, é um caminho redentor, conseguimos dar passos cada vez mais largos na direção do infinito, onde encontramos Deus.

O caminho de cruz nos assemelha a Cristo Jesus Nosso Senhor, pois seguimos os passos que Ele deu, e seus passos não foram na mais perfeita harmonia com o mundo, e justamente por não ter sido na mais perfeita harmonia com o mundo é que se tornou o caminho dEle, não mais um caminho, mas O Caminho, que Santa Teresa chama de Caminho de perfeição.

Só trilhando o caminho de Cristo podemos chegar à perfeição, que é a santidade, mas esse caminho é tido por muitos como um caminho impossível, por sermos pecadores. É justamente por isso que é o caminho de Cruz, se fôssemos perfeitos não precisaríamos fazer o caminho da Cruz. Alguns desejam argumentar: "e Jesus por que o fez?" Ele carregou sobre si os nossos pecados, ele não fez aquele percurso para se purificar, como nós precisamos fazer, pois Ele é a pureza.

Portanto, nós precisamos intuir o valor do caminho da cruz, para podermos nos beneficiar espiritualmente dele. Isso não é possível de conseguir, porque Deus não nos pede nada que seja impossível de realizarmos, por isso devemos lutar para conseguir compreender o significado da cruz nas nossas vidas. Ela, a cruz, precisa ser abraçada por cada um dos católicos, que desejam se unir a Nosso Senhor para poder alcançar dEle os meios necessários para fazer da nossa cruz, também um caminho redentor.

O caminho desejado por muitos é o caminho do prazer, onde não existam problemas que os aflija, mas esse caminho não leva a Deus, o caminho de Deus não é enganoso, ele é verdadeiro e sem máscaras, quem adere, sabe que não foi enganado.

Ninguém no mundo pode dizer que fora enganado por Nosso Senhor, pois Ele sempre foi verdadeiro conosco, nós é que muitas vezes não agimos com sinceridade com Ele, e, no entanto, Ele nos chama a conversão, Ele não quer perder nenhum daqueles que o Pai o confiou.

Trilhando o Caminho da Cruz sabemos que vamos chegar a Jesus, mas trilhando o caminho das flores, vamos encontrar no fim do jardim um monstro feroz que faz o maior esforço para não ser percebido enquanto é possível voltar atrás, mas quando não for mais possível ele farar todo tipo de barulhos, pois só haverá espaço para o ranger de dentes, e nada mais se poderá fazer.

Quando o cristão descobrir que o caminho dele é o mesmo caminho de Jesus, ele vai aprender a relegar muitas coisas na vida, não pedirá demissão do emprego por causa de um mau trato, ou mesmo uma falta de atenção, não terminará um casamento por causa da comida que salgou, ou mesmo a atenção que lhe é devida seja negada, não brigará com o vizinho por causa dos meninos que fazem barulho, ou mesmo pela falta de companheirismo.

Por que, onde estiver Cristo, aí estarão uma multidão de pessoas querendo seguir seus passos, os passos da cruz.